NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROFLAP


Veterano da FAB conta histórias de guerra em livro comemorativo


Força Aérea | Publicada em 03/09/2021

O Cabo Heitor Tider, veterano de 100 anos de idade, relembrou sua trajetória na Força Aérea Brasileira (FAB) e suas principais memórias da Guerra. O relato irá compor o livro de 80 anos do Comando Aéreo Sul (V COMAR), localizado em Canoas (RS). Com lucidez e bom humor, o militar condecorado pela FAB com a Medalha “Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura”, contou várias histórias de seu período na Guerra, de como se tornou auxiliar de Mecânico do 1º Grupo de Aviação de Caça (1° GAvCa) e de como foi parar no front de batalha, em Pisa, na Itália.

De acordo com o veterano, ele ingressou nas fileiras da Força Aérea aos 21 anos, em Porto Alegre, quando respondeu a um anúncio de jornal solicitando jovens para lutar na Guerra. “Eu me alistei escondido da minha mãe, pois se não teria muita choradeira, eu queria mesmo era ir para Guerra defender meu País”, relatou.

O Cabo reformado descreve-se como um autodidata com fome de conhecimento. “Eu era um cara metido mesmo, observava atentamente o trabalho do sargento na escola, me oferecia para fazer as coisas para ele, era um oferecido, eu lia todos os manuais nas horas vagas e à noite”, relembrou.

Por fim, o militar deixou uma mensagem de incentivo a todos. “O segredo para tudo na vida é muito simples: garra e determinação. Se quer fazer qualquer coisa, não pode no primeiro obstáculo recuar, tem que seguir em frente com garra e determinação”, disse.

Entre 1944 e 1945, a FAB esteve presente na Itália com duas unidades: a 1ª Esquadrilha de Ligação e Observação e o 1º Grupo de Aviação de Caça, o esquadrão Jambock, bastante conhecido pelo seu grito de guerra “Senta a Púa”.

Os trabalhos da unidade de caça foram reconhecidos pelo Governo dos EUA através da Presidential Unit Citation, comenda que até hoje é simbolicamente carregada nos caças F-5EM Tiger II do esquadrão. As ações dos grupos são celebradas anualmente pela FAB no dia 22 de Abril, o Dia da Aviação de Caça, bem como por cidadãos italianos.

Surgem imagens do primeiro T-27 com o novo padrão de pintura


Gabriel Centeno | Publicada em 03/09/2021

Na tarde desta sexta-feira (03) surgiram nas redes sociais as primeiras imagens de um Embraer T-27 Tucano da Força Aérea Brasileira ostentando o novo padrão de pintura. A aeronave foi registrada em um hangar do Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS), em Minas Gerais, organização da FAB responsável pela manutenção nível parque dos Tucanos

Nas imagens, é possível ver o T-27 de matrícula 1383 do 1º Esquadrão de Instrução Aérea (1º EIA), o Esquadrão Cometa, da Academia da Força Aérea (AFA). A unidade emprega os Tucanos na instrução avançada dos cadetes aviadores do 4º ano da AFA, última etapa da instrução aérea antes da formatura dos futuros oficiais. 

Em agosto, a FAB informou que os turboélices de treinamento receberiam o novo esquema de pintura. Segundo a Força Aérea, as novas cores apresentam um ar de atualidade, alinhada às alterações realizadas no processo de modernização dos Tucanos, cujo primeiro protótipo atualizado, o T-27M 1446, fez seu primeiro voo em outubro de 2020.

O segundo protótipo, o T-27 1426, voou em abril deste ano. A escolha da nova pintura também contou com a participação dos cadetes da AFA. 

No total, 42 aeronaves serão modernizadas no PAMA-LS até dezembro de 2022. A modernização é uma das fases previstas no ciclo de vida das aeronaves da FAB, conforme legislação específica, e tem por objetivo a introdução ou alteração de características técnicas e logísticas nos Sistemas ou Materiais em uso na Aeronáutica, tanto para atualizá-los quanto para ajustar seu desempenho às necessidades específicas não existentes à  época da adoção desses Materiais ou Sistemas.

Proposta da nova pintura para o T-27M, como será designado o Tucano Modernizado.

Imagem: FAB/Divulgação.

FAB: Futuros pilotos de caça iniciam treinamento de tiro aéreo


Da Redação | Publicada em 03/09/2021

O Esquadrão Joker (2°/5° GAV) iniciou, no dia 23 de agosto, a campanha de emprego Ar-Ar do Curso de Especialização Operacional na Aviação de Caça (CEO-CA) de 2021.

Durante três semanas, os futuros pilotos de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) aprenderão as técnicas para emprego da aeronave A-29 Super Tucano contra alvos aéreos. As missões são coordenadas a partir da sede do 2°/5° GAV, localizada na Ala 10, em Parnamirim (RN).

O voo consiste em quatro aeronaves equipadas com metralhadoras calibre .50 tendo à disposição um alvo, rebocado por outra aeronave, e um espaço aéreo restrito sobre o mar, o que permite o emprego real do armamento sem interferir com regiões habitadas no solo.

“O tiro aéreo é uma das fases que exige mais preparo e dedicação dos alunos, pois, ao mesmo tempo em que se busca conseguir bons resultados nos tiros, o piloto deve estar com boa consciência situacional, principalmente com o posicionamento das aeronaves durante os empregos”, explica o Aspirante Aviador Kaio de Carvalho Pereira.

Segundo ele, o bom desempenho só é possível com muito preparo antes do voo e dedicação dos instrutores em mostrar todos os detalhes da missão.

Para o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador José de Almeida Pimentel Neto, a fase de emprego Ar-Ar é uma das quais os pilotos em formação mais apresentam uma evolução na sua experiência operacional.

“Não estão empregando armamento em um alvo estático no solo, mas em um alvo que está em movimento, o que demanda elevado grau de percepção espacial, precisão, concentração e controle emocional, sendo, portanto, uma das que melhor representa a essência da Aviação de Caça”, afirma.

O Comandante da Ala 10, Brigadeiro do Ar José Virgílio Guedes de Avellar, explicou que, com o treinamento técnico de tiro aéreo, os estagiários terão adquirido habilidades necessárias para realizar ações de Força Aérea como Defesa Aérea, Escolta e Varredura.

“Estamos caminhando para fase final do Programa de Especialização Operacional e o objetivo de formar os pilotos de combate da FAB, principalmente em missões desse tipo, uma vez que, em breve, esses futuros pilotos de combate estarão posicionados estrategicamente nas fronteiras do País, podendo empregar suas aeronaves contra tráfegos aéreos que contrariem os interesses nacionais”, disse o Oficial-General.

No intuito de simular um alvo aéreo, a quinta aeronave decola levando consigo um “casulo” contendo o alvo em si, com dimensões de 9m de comprimento por 1,8m, chamada pelos pilotos de biruta. Ela fica presa na aeronave por um cabo com 300m de comprimento.

As munições da metralhadora calibre .50 são pintadas com cores diferentes (azul, verde, amarela e vermelha) e, ao atingirem o alvo, deixam nele a marcação com a respectiva cor,

Após o pouso da aeronave reboque, os pilotos podem conferir os seus acertos e analisar seu desempenho. A conferência da biruta após o tiro aéreo é um dos momentos mais tradicionais na Aviação de Caça.

Segundo o Comandante do Esquadrão Joker, a contagem da quantidade de acertos de cada cor serve não apenas para aferir a técnica e precisão de cada piloto, mas também para fortalecer o espírito combativo e a determinação no cumprimento da missão.

“Esse momento incita, também, uma saudável competitividade entre os pilotos de caça, no sentido de buscar um aprimoramento operacional”, concluiu o Tenente-Coronel Pimentel.

DEFESA - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS


Entenda como é composta uma Força-Tarefa de Busca e Salvamento em Combate


Agência Força Aérea | Publicada em 03/09/2021 13:35

Na segunda fase do Exercício Conjunto Tápio 2021, que acontece desde o dia 16 de agosto na Base Aérea de Campo Grande (MS), foram estabelecidas Forças-Tarefas de Busca e Salvamento em Combate (FTCSAR). Nesse treinamento, um pacote de aeronaves decola dentro de intervalos determinados, cada uma com uma missão específica, em proveito de um único objetivo comum: o resgate do pessoal isolado.

No contexto do Exercício Conjunto (EXCON), foram definidos diferentes eventos para o treinamento das ações de CSAR e CASEVAC (da sigla, em inglês, para Casualty Evacuation), um método de Evacuação Aeromédica.Cada evento possui tempo de reação e estrutura diferentes, sendo que a FTCSAR é composta pelo maior número possível de aeronaves, o que se constitui em um grande desafio a ser superado pelas Unidades da FAB que atuam num cenário mais complexo e completo.

A FTCSAR é iniciada com o planejamento e a coordenação da missão, com informações confiáveis sobre o cenário que está em conflito. Antes das decolagens são realizadas reuniões e um briefing com as tripulações envolvidas.

Decolagens

As aeronaves são acionadas para as decolagens em busca de um evasor que precisa ser resgatado em zona de conflito. O SC-105 Amazonas, o E-99 e o R-99 partem à frente para a missão com o obejtivo de prover consciência situacional para as forças amigas sobre o ambiente.

A tripulação do SC-105 localiza e autentica o evasor antes da chegada da FTCSAR. Esse vetor ainda fornece suporte ao militar que precisa ser resgatado, inclusive dando diretivas para uma zona que seja favorável ao resgate. O E-99 participa utilizando seus equipamentos de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) embarcados para auxiliar com mais informações úteis para o resgate.

A tripulação coordena o fluxo de entrada e saída de aeronaves na zona de conflito e coleta mais informações de ameaças contra a Força-Tarefa.

A Major Aviadora Débora Ferreira Monnerat, tripulante do SC-105 do Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV), tem a opinião de que o modelo de treinamento do EXCON Tápio, com foco na integração entre as Unidades, produz resultados relevantes. “É importante pela interação entre os esquadrões e as outras Forças, para aprendermos a atuar todos juntos em uma missão em tempos de conflito”, pontua.

Caças

No pacote da FTCSAR, os caças A-29 Super Tucano e A-1 AMX partem em seguida para as missões de Ataque, Apoio Aéreo Aproximado, Controle Aéreo Avançado ou Escolta, dependendo do cenário encontrado. Na maioria das surtidas do EXCON Tápio, esses vetores cumprem funções de Rescue Escort, específicas da Escolta realizada como componente de apoio direto à ação de CSAR, permitindo a proteção às aeronaves que farão o resgate.

Piloto de A-1 AMX do Esquadrão Poker (1º/10º GAV), o Tenente Aviador Diego de Almeida fala que o treinamento consegue ficar mais próximo de uma situação real por meio da figuração de tropa inimiga no terreno.

Outro piloto de caça, integrante do Esquadrão Flecha (3º/3º GAV), acrescenta que esse tipo de exercício proposto atende às necessidades de preparo dos militares para execução em caso de acionamento real.

Resgate

O ambiente torna-se mais seguro e as aeronaves de Asas Rotativas entram em ação para resgatar o evasor no território hostil. O Tenente Aviador Vitor Gaia Cardoso, do Esquadrão Puma (3º/8º GAV), pilota a aeronave H-36 Caracal. Ele explica que é feito um planejamento por parte dos vetores da Força-Tarefa. “Recebemos um briefing que especifica o último contato com o evasor e também estabelece pontos prováveis de ejeção.

Com essas informações, prevemos as ameaças, traçamos rotas que desviem delas e, se possível, implementamos medidas de emprego da aeronave para neutralizá-las”, detalha o Oficial. Após efetuar o pouso na região de conflito, a equipe de resgate faz a abordagem e autenticação do evasor, transportando-o de volta à base.

Tripulante do H-60 Black Hawk, pertencente ao Esquadrão Harpia (7º/8º GAV), o Tenente Aviador Gabriel Sampaio Duarte compara as missões cumpridas no EXCON Tápio com as atividades da Unidade Aérea. “Para nós é muito importante praticar os conhecimentos que absorvemos com todas as aviações, podendo treinar também a Busca e Salvamento em Combate, além da própria postura do evasor no terreno”, fala o militar.

O Capitão Aviador Felipe Lobo Monteiro, do Esquadrão Pantera (5º/8º GAV), participa da Força-Tarefa como homem de resgate. Ao detalhar o processo de Busca e Salvamento, ele ratifica a necessidade de exercitar a missão. “Por isso temos que treinar. Para, quando formos solicitados, em um cenário da Organização das Nações Unidas ou de combate irregular, possamos cumprir com os nossos objetivos da melhor forma possível”, conclui.

EXCON Tápio 2021

A primeira fase do EXCON Tápio ocorreu de 10 a 13 de agosto, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), em Novo Progresso (PA), na região conhecida como Serra do Cachimbo. Já a segunda fase é realizada na capital sul-mato-grossense.

As atividades operacionais ocorrem até o dia 3 de setembro e simulam um cenário de guerra.

A FAB emprega no Exercício cerca de 30 aeronaves das Aviações de Caça, Transporte, Reconhecimento e Asas Rotativas, além de quase 900 militares. São treinadas Ações de Força Aérea em uma possível participação da FAB em missões de paz da Organização das Nações Unidas, contribuindo para a ordem e a paz mundial e compromissos internacionais; garantindo a soberania, integridade territorial e defesa patrimonial; e provendo ajuda humanitária.