NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


DEFESATV


Esquadrão Joker recebe visita do comandante do 3º Distrito Naval, Vice-Almirante Noriaki Wadaem

O pai do Vice-Almirante Noriaki Wada foi, durante a Segunda Guerra Mundial, aviador naval da Marinha do Japão e voluntariou-se para ser um “kamikaze”

Por Redação Defesatv | Publicada em 05/05/2021 09:30

O Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAV – Esquadrão Joker) recebeu, no dia 22 de abril, dia da Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB), a visita do Comandante do 3º Distrito Naval (3º DN), Vice-Almirante Noriaki Wada.

Na ocasião, o Almirante teve a oportunidade de conhecer as instalações da Unidade Aérea e acompanhar uma série de palestras sobre a história e o contexto atual da Aviação de Caça Brasileira.

O Vice-Almirante Noriaki participou, ainda, de um voo a bordo de uma aeronave A-29 Super Tucano durante uma instrução da fase de formatura básica do Curso de Especialização Operacional na Aviação de Caça (CEO-CA), voando como líder com o Comandante do Esquadrão.

Na ala, com seu instrutor, estava o CT Bessa, estagiário da Marinha do Brasil que realiza o curso este ano no 2º/5º Grupo de Aviação. Após o pouso, o Com do 3º DN foi recebido pelo comandante da Ala 10, Brigadeiro do Ar José Virgílio Guedes de Avellar, e pelo comandante do 2º/5º GAV, Tenente-Coronel José de Almeida Pimentel Neto, além dos instrutores e estagiários da Unidade, aos quais dirigiu algumas sábias palavras e agradeceu pela deferência.

Filho de um piloto de caça da marinha japonesa durante a Segunda Guerra Mundial, o Vice-Almirante Noriaki comentou que a visita o fez relembrar das histórias contadas pelo seu pai acerca dos momentos pelos quais passou, uma vez que se assemelham em alguns aspectos quando relacionados à abnegação diária dos estagiários do CEO-CA para seguir em busca dos seus objetivos.

“Foi uma sensação indescritível voar a bordo dessa aeronave e poder viver algo próximo daquilo que meu pai fazia por amor. Isso me trouxe um pouco de tudo aquilo que meu pai nos contava quando eu e meus irmãos éramos crianças. São essas histórias que nos incentivaram a seguir os mesmos passos dele”, disse o Oficial-General.

Segundo o Brigadeiro do Ar Avellar, a presença do Vice-Almirante Noriaki nas comemorações do Dia da Aviação de Caça no Esquadrão Joker ganha um significado distinto à medida que se conhece suas origens. “Além de um grande amigo, recebemos um filho que traz sempre consigo a história do seu pai, repleta de valores de coragem, lealdade e dever para com sua pátria, características que estimulamos diariamente nos nossos pilotos de combate”, considerou o Brigadeiro.

Um jovem aviador da Marinha Japonesa

O pai do Vice-Almirante Noriaki Wada foi, durante a Segunda Guerra Mundial, aviador naval da Marinha do Japão e voluntariou-se para ser um “kamikaze”, ou seja, realizar uma missão suicida na qual mergulhava com sua aeronave em direção a um alvo. Contudo, a guerra findou antes que cumprisse sua última missão. Anos depois, imigrou para o Brasil, onde constituiu família.

Escreveu duas cartas para serem abertas após sua morte. Em uma delas, expressava o seu desejo de que seus restos mortais fossem jogados no oceano Pacífico, pois dizia que lá morreram os melhores amigos de sua juventude.

Todavia, encontraram um cortador de unhas que continha em um compartimento alguns pedaços de unhas e na escova de cabelo alguns fios de cabelos dele. Os familiares colocaram as partes em um envelope e combinaram que o primeiro que fosse ao Pacífico levaria os restos para lá serem atirados, como era o desejo do amado pai.

Por coincidência do destino, quando o então Capitão de Fragata Noriaki foi Comandante da Escola de Aprendizes de Marinheiros em Olinda (PE), ocorreu a visita de um grupo tarefa da esquadra japonesa, que estava passando pela costa brasileira e aportou em Recife.

Ao contar a história de seu pai ao cônsul japonês e ao comandante do navio, prontificaram-se de imediato lançar ao mar aqueles pedaços de unha e fios de cabelo, e assim se cumpriria o desejo manifestado pelo seu pai.

Quase um ano depois, o Vice-Almirante recebeu as fotos da cerimônia realizada pela Marinha japonesa no Pacífico, com parada naval, formatura geral em uniforme de cerimonial, guarda de honra e salvas, tudo em respeito a um militar que lutou pelo seu país, e estava pronto às últimas consequências em defesa da sua pátria.

Com informações do Cecomsaer, Fotos: Esquadrão Joker

PORTAL PODER AÉREO


Comandante de Preparo da FAB fala sobre o suporte operacional para o Gripen


Redação Forças De Defesa | Publicada em 06/05/2021 07:03

Entrevista com o Tenente-Brigadeiro Aguiar

Para garantir vigilância de 22 milhões de quilômetros quadrados e sustentar a soberania do espaço aéreo do Brasil, a Força Aérea Brasileira precisa estar sempre pronta para atuar na defesa do País. Um dos responsáveis por essa tarefa é o Comando de Preparo (COMPREP), que coordena a formulação da doutrina aeroespacial, define os padrões de eficiência dos militares e sistemas de armas, além de planejar o treinamento de unidades de combate e avaliar seu desempenho.

Uma das principais ações do COMPREP é a implementação do suporte operacional do Gripen no Brasil na Ala 2, em Anápolis (GO). Para falar sobre o andamento destas operações, convidamos para uma entrevista o Comandante de Preparo, o Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar. O Comandante já recebeu 19 condecorações nacionais e uma internacional, e possui cerca de 4.900 horas de voo em 12 tipos diferentes de aeronave.

1. Quais são as ações que estão sendo realizadas para a implementação operacional do Gripen no Brasil?

Nós pensamos no Gripen não só como um avião, mas sim como um completo sistema de combate, com diversas funcionalidades que extrapolam as capacidades de qualquer outra aeronave que já operamos na FAB. Além disso, a sua característica “swing-role” permite que vários tipos de missão sejam realizados quase que simultaneamente, o que também é algo novo para nós.

Para tanto, estamos revisando nossos conceitos doutrinários de modo a expandir os horizontes e criar um ambiente propício a novas estratégias, táticas e técnicas, uma vez que de nada adianta implantar um sistema tão moderno se não inovarmos também na nossa forma de operar.

Outra importante tarefa do COMPREP é preparar os militares que serão responsáveis por voar e dar suporte ao voo do F-39 E. Estamos selecionando não só os pilotos, mas também profissionais de diversas áreas que terão a responsabilidade de operar equipamentos tais como os simuladores de voo, as estações de planejamento de missão, os equipamentos de programação de guerra eletrônica, dentre outros tantos equipamentos de suporte operacional. Somado a isso, estamos desenvolvendo projetos para elevar o padrão nas áreas do conhecimento, importante para que o potencial do Gripen e seus sistemas sejam aproveitados ao máximo.

2. Como os pilotos brasileiros estão lidando com os treinamentos na Suécia? Que tipo de preparo prévio foi feito no Brasil para que estivessem preparados para esse momento?

Os nossos pilotos, rotineiramente, já passam por extensos treinamentos e, desde sua formação inicial na Academia da Força Aérea (AFA), são constantemente postos à prova para garantir um elevado desempenho operacional. Ainda assim, para aqueles que foram selecionados, tivemos o cuidado de realizar a imersão no inglês, que é o idioma que está sendo usado no curso. Demos também atenção especial para o preparo físico, uma vez que pilotarão uma aeronave da classe de 9G e, portanto, bastante exigente quanto à força e resistência muscular. Também fizemos trabalhos onde os pilotos tiveram que desenvolver táticas e técnicas que costumavam receber prontas. Fruto de todo esse preparo, temos recebido reportes bastante positivos dos treinamentos sendo conduzidos na Suécia e tudo está fluindo conforme esperado.

Ressalto que o mérito desse resultado não é somente da nossa parte. O alto nível de experiência dos instrutores da Força Aérea Sueca, aliado à fidalguia sempre demonstrada nos relacionamentos entre as nossas Forças, tem sido fator decisivo para o grande êxito que experimentamos hoje.

3. Como Comandante de Preparo, como é fazer parte deste momento histórico da aviação brasileira?

Além de uma grande responsabilidade, é um grande orgulho. A história da FAB é marcada por algumas grandes mudanças, tais como a introdução de caças a jato, seguida pela incorporação de aeronaves supersônicas e pela criação de um sistema inovador, o SISDABRA, que passou a integrar a Defesa Aérea com o Controle do Tráfego Aéreo geral.

Agora passamos por mais um desses grandes momentos, o reaparelhamento que nos coloca no topo da envergadura para entregar a capacidade de defesa que o Brasil merece. Não é todo oficial que tem a oportunidade de participar de uma implantação tão importante, e de ver o brilho nos olhos dos seus comandados refletindo a empolgação por um futuro promissor.

Ainda assim, temos pela frente grandes desafios para que o Gripen comece a operar efetivamente na FAB. Existe uma série de desenvolvimentos que precisam ser concluídos para que as capacidades operacionais almejadas sejam finalmente entregues. Como Comandante de Preparo, me sinto responsável por garantir que esses desafios serão superados. Mas, como aviador e, acima de tudo, como cidadão, tenho a satisfação de ver que a aviação brasileira, onde se inclui a indústria aeronáutica nacional, está por atingir a excelência em importantes setores.

4. Dentro da Aeronáutica, quais são as responsabilidades do Comando de Preparo (COMPREP)?

O Comando de Preparo é responsável por manter a Força Aérea Brasileira sempre pronta para atuar na defesa do Brasil. Para isso, coordenamos a formulação da doutrina aeroespacial, definimos os padrões de eficiência dos nossos militares e dos nossos sistemas de armas, planejamos o treinamento das nossas unidades de combate e avaliamos o seu desempenho. Ou seja, mantemos os nossos pilotos, mecânicos, controladores de voo e todos os demais componentes de um complexo cenário de defesa em constante prontidão para que cumpram com eficiência o seu papel.

Ressalto que não são somente os nossos militares que são constantemente lapidados, nossas aeronaves, armamentos e demais equipamentos também são submetidos a panoramas cada vez mais desafiadores. Fazemos isso para que tenhamos a certeza de que o binômio homem-máquina esteja sempre pronto para lidar com as ameaças que possamos enfrentar, hoje e no futuro.

5. Como foram escolhidos os pilotos que irão operar o Gripen no Brasil?

Como se trata da implantação de uma nova aeronave, com novos sistemas e capacidades ainda desconhecidas pelo nosso pessoal, entendemos que precisaremos dos nossos melhores profissionais para que todas as capacidades do Gripen sejam exploradas ao máximo. São eles que irão definir como o F-39 irá mudar a concepção de combate que empregamos hoje e, assim, estabelecerão a base inicial de onde se edificará toda a doutrina de emprego dessa aeronave na FAB. Portanto, tivemos o cuidado de selecionar os futuros pilotos com base na experiência de voo e no desempenho operacional.

Estabelecemos que nessa fase inicial somente aqueles que já têm certa experiência no F-5M ou o A-1M, que são os nossos caças a jato, seriam escolhidos. Nesse universo de pilotos, que já é bastante seleto, procuramos ainda aqueles que tiveram as melhores notas na atividade aérea, considerando o desempenho desde a Academia da Força Aérea (AFA) e incluindo as notas das provas teóricas e também notas de voo. São pilotos altamente capacitados e temos a certeza de que irão extrair do Gripen toda a capacidade de combate que ele pode dar. Ressalto que também os mantenedores, graduados e oficiais foram selecionados dentre os melhores, pois comporão o Sistema Gripen também.

6. Com o retorno dos pilotos ao Brasil, quais serão seus próximos passos?

Uma vez terminado o curso do Gripen C/D na Suécia, os pilotos retornarão ao Brasil para começarem, efetivamente, a implantação operacional do modelo brasileiro, o Gripen E. Apesar de serem modelos diferentes, a experiência no Gripen C/D é uma introdução para o tipo de desempenho e caraterísticas de pilotagem de uma aeronave com asa em delta, canards e comandos de voo do tipo “fly-by-wire”. Além disso, com essa experiência inicial, eles terão uma ideia mais clara dos conceitos de operação que são empregados pela Saab no “Sistema Gripen”.

Assim, ao chegarem ao Brasil, os pilotos terão o conhecimento suficiente para preparar a Unidade Aérea para a chegada do simulador de voo e dos equipamentos de suporte à operação, que serão instalados no 1º Grupo de Defesa Aérea, em Anápolis; e posterior chegada das aeronaves. Nesse ínterim, deverão assessorar o COMPREP nas adaptações que serão feitas nos conceitos operacionais e na concepção de emprego do F-39, além de preparar os planos de treinamento que serão utilizados para a formação e para a manutenção operacional no Gripen E.

7. O que representa para a aviação de caça brasileira a inclusão de um caça inteligente como o Gripen na Força Aérea Brasileira?

A modernização da arma aérea é essencial para que consigamos acompanhar a constante evolução mundial. Um mundo que aspira pela paz e harmonia entre os povos, mas que continua complexo e imprevisível. Para quaisquer ameaças futuras, é essencial que provermos uma resposta ágil e eficiente. Isso para garantirmos a defesa do nosso país, a segurança e a liberdade do nosso povo. Incorporar um caça inteligente é cumprir com essa obrigação. O Gripen garantirá primeiramente a dissuasão, desencorajando eventuais agressores e oferecendo uma resposta rápida, eficiente e precisa, frente aos mais ousados.

Cito o Gripen como um caça inteligente não só pelos modernos sistemas que ele incorpora, que favorecem sobremaneira o sucesso da missão, mas também por ter uma relação custo-benefício bastante promissora. Frente às necessidades do nosso povo, não podemos de maneira nenhuma investir mal os recursos públicos. Ter um caça com excelente capacidade de combate e relativo baixo custo de operação, aliado a todos os benefícios advindos da transferência de tecnologia incluída no programa, é também uma forma inteligente e eficiente de se atingir o bem comum.

8. Na sua opinião, qual foi o momento mais marcante em relação ao Programa Gripen?

O Programa Gripen é repleto de momentos marcantes: desde a assinatura do contrato, que formalizou o início de uma cooperação entre a FAB e a Saab, bem como entre o Brasil e a Suécia, uma vez que garante a participação nacional no desenvolvimento e na produção dos aviões, transcendendo uma simples compra de equipamento e avivando o tão esperado reaparelhamento da Força.

A partir daí, tivemos o voo do primeiro protótipo do Gripen E, em Linköping na Suécia, o que mostrou que a cooperação estava dando certo e que aquele projeto estava realmente saindo do papel. Tivemos então a produção do primeiro Gripen Brasileiro, o FAB 4100, que fez seus voos iniciais também em Linköping, sendo pilotado inclusive por um piloto de provas da Força Aérea Brasileira e, em seguida, enviado para o Brasil.

Mas, de todos os momentos, o mais marcante foi definitivamente o voo do 4100 em Brasília, no último dia 23 de outubro, data em que comemoramos o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira. Cito como o mais marcante porque esse voo simbolizou a apresentação do Gripen à nação brasileira, que é o nosso bem maior, para quem todos os nossos esforços estão voltados e a real beneficiária de todo esse investimento. Esse voo mostrou para os nossos militares e para o nosso povo que aquele futuro tão esperado já está aqui.

9. Qual é o legado que o Programa de Transferência de Tecnologia deixa para a indústria de Defesa do Brasil?

O Programa de Transferência de Tecnologia foi idealizado com diversos objetivos. Em um primeiro momento, procuramos desenvolver a base industrial do Brasil para que pudesse atuar na produção de subsistemas, peças e outros componentes do F-39, além de se tornar capaz de apoiar a cadeia logística, de fazer a manutenção dos principais sistemas e sensores e de realizar a integração de novas capacidades e armamentos. Com isso, conseguimos que a nossa indústria participe ativamente no desenvolvimento e produção do Gripen Brasileiro e, inclusive, integre a cadeia global de fornecedores da Saab, ampliando a sua capacidade de produção e suporte para atender encomendas feitas pela própria Suécia e por outros futuros operadores.

Para tanto, como beneficiários diretos, incluímos mais de 350 técnicos e engenheiros no Programa, sejam eles das diversas empresas, sejam da própria FAB. Com isso, trazemos oportunidades de negócios e de empregos, diretos e indiretos, para o Brasil, aumentamos a nossa inserção em diversas áreas de tecnologia de ponta e, futuramente, esperamos ter a capacidade de desenvolver o nosso próprio caça de última geração.

10. Gostaria de adicionar alguma informação?

Gostaria de finalizar agradecendo à Força Aérea Sueca a cooperação e a fidalguia com que estão instruindo nossos pilotos na F7 Wing, concretizando uma parceria que irá perdurar para sempre.

FONTE: Saab

REVISTA AERO MAGAZINE


Validação do plano de voo no Brasil agora é centralizado e automatizado

Projeto permite a rastreabilidade da informação em todo o sistema

Edmundo Ubiratan | Publicada em 05/05/2021 08:00

O sistema de controle de plano de voo passou por uma reformulação, sendo agora centralizado por meio do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (Sigma).

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) espera agora que o trâmite de todas as mensagens para utilização do espaço aéreo brasileiro siga uma padronização de um caminho único, com validação segura e automatizada.

De acordo com o Decea, o Centralizador de Planos de Voo é um módulo do SIGMA, que além de ampliar o apoio ao serviço de gerenciamento prestado pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, permitirá agora melhor fluidez do fluxo de tráfego.

Outra novidade é que o sistema já está em serviço desde o início de abril, com os usuários não notando grandes diferenças na maneira como utiliza o serviço. “O fato de todos os planos de voo e mensagens associadas serem obrigatoriamente submetidos ao Centralizador traz mais eficiência e segurança nas atividades do CGNA, permitindo um planejamento completo e totalmente automatizado”, destacou Marcelo Jorge Pessoa Cavalcante, coronel e comandante do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea.

Um código alfanumérico é utilizado para a identificação única de cada plano, assegurando a rastreabilidade da informação em todo o sistema. De acordo com o Comando da Aeronáutica, foram realizados todos os treinamentos com os profissionais do CGNA, CINDACTA I, II, III e IV, Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), INFRAERO e demais Órgãos envolvidos com o projeto, permitindo conhecimento amplo das mudanças e novo padrão de uso do sistema.

PORTAL METROPÓLES (DF)


Braga Netto defende vacinação: “Prioridade das Forças Armadas”

O ministro da Defesa falou durante inauguração de um posto de vacinação no Setor Militar Urbano, em Brasília

Nathalia Kuhl | Publicada em 05/05/2021 20:15 | Atualizado em 05/05/2021 21:49

O ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, afirmou, nesta quarta-feira (5/5), que a vacinação contra a Covid-19 é prioridade das Forças Armadas e do governo. A fala foi feita em um posto de vacinação inaugurado no Setor Militar Urbano, em Brasília, para imunizar a população do Distrito Federal.

Para o ministro, a imunização é um símbolo das Forças Armadas do Brasil. “Desde antes da pandemia”, afirmou. “Estamos com postos como esse espalhado pelo país. A nossa missão prioritária é a vacinação e estamos prontos para cooperar”, continuou.

Na cerimônia, Ilma Gonçalvez de Souza, de 60 anos, recebeu a primeira dose do imunizante. “Felicidade e tranquilidade de ficar imune”, disse.

O posto instalado na Praça dos Cristais irá funcionar das 18h às 23h, e o serviço é realizado por meio de drive-thru. No local, serão aplicadas a 1ª e 2ª doses, seguindo o mesmo calendário determinado pelo governo do DF.

OUTRAS MÍDIAS


DEFESA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - Força Aérea destaca atuação dos Especialistas em Comunicações


Força Aérea | Publicada em 05/05/2021 11:25

O Dia das Comunicações é instituído em 5 de maio. A data homenageia o nascimento do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, um dos principais protagonistas da difusão dos sistemas de comunicação no Brasil e Patrono das Comunicações Brasileiras. Em comemoração ao dia, a Força Aérea Brasileira (FAB) destaca a missão dos especialistas em Comunicações, Oficiais e Graduados, que aplicam as normas e os procedimentos em vigor nas redes e sistemas de enlaces de telecomunicações fixas e móveis.

Para tornar-se especialista em Comunicações na FAB, o ingresso ocorre por meio da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), localizada em Guaratinguetá (SP). Depois da formação, o militar é promovido a Terceiro Sargento, podendo chegar ao posto de Coronel, após realizar o Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE), no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Lagoa Santa (MG). Para isso, é necessário ter as promoções por merecimento e ser aprovado em concurso interno.

Atribuições na FAB

O especialista em comunicações atua em diversas Organizações Militares do Comando da Aeronáutica (COMAER), nas áreas de Ciência e Tecnologia, Controle do Espaço Aéreo, Aeroespacial, Operacional e Logística, integrando, por exemplo, as comunicações aeronáuticas militares e administrativas, além de operar e implantar sistemas de comunicações e de segurança da informação.

Ainda dentre as atribuições do Especialista em Comunicações da FAB, está a de prover a comunicação de dados e de voz, utilizando diversos sistemas e equipamentos como antenas e radares, operando enlace de satélites e provendo acesso à internet, intranet e telefonia. O profissional atua em funções no solo, fornecendo a visualização radar para o controle das aeronaves e dando suporte a equipamentos nas faixas de comunicação HF (Alta Frequência, do inglês High Frequency), VHF (Frequência Muito Alta, do inglês Very High Frequency) e UHF (Frequência Ultra Alta, do inglês Ultra High Frequency), em apoio às aeronaves das Unidades Aéreas. Nas funções em voo, opera equipamentos especiais e rádios nas aeronaves, contribuindo para o planejamento de voo.

O Major Especialista em Comunicações, Romulo Silva de Oliveira, conta que o militar desta área procura aperfeiçoar-se tecnicamente. “O presente nos revela que a guerra moderna tem-se caracterizado por uma demanda cada vez maior de troca de informações imediatas entre os comandantes e comandados no cenário operacional, necessitando continuamente de dados confiáveis sobre as capacidades de suas próprias forças e das forças inimigas, com o fito de evitar situações de fratricídio”, destaca.

Missões do militar Especialista em Comunicações

Dentre as missões que militares do quadro de Comunicações atuam, está o Projeto Link-BR2, cuja Campanha de Ensaio em Voo foi iniciada em 2020. O sistema permitirá à FAB a comunicação, em tempo real, entre vetores aéreos e estações de Comando e Controle. O sistema Link-BR2, futuramente, estará embarcado nos caças F-39 Gripen que atualmente estão sendo desenvolvidos na Suécia e no Brasil, projeto no qual o Especialista em Comunicações atua nas atividades de coordenação, gerenciamento de projeto, fiscalização de contrato e verificação de cumprimento de requisitos, bem como em diversas revisões técnicas de sistemas aviônicos, guerra eletrônica e enlace de dados.

Um exemplo de emprego dos conhecimentos da área de Comunicações em situações reais foi a Operação Ayacucho, realizada em junho de 2003, que contou com a atuação de militares do Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV) – Esquadrão Guardião, sediado na Ala 2, em Anápolis (GO). A FAB foi acionada, por meio de um pedido do governo peruano, para atuar na liberação de 71 pessoas que estavam reféns de um grupo de guerrilheiros.

Para cumprir a missão, um E-99 é capaz de fornecer dados de inteligência precisos, em tempo real, sobre aeronaves voando a baixa altura. Quando os pilotos recebem as suas ordens e decolam para as missões, essas aeronaves monitoram o espaço aéreo da região, visualizando toda a área de operação. Isso permite a participação da FAB em missões aéreas de combate aos tráfegos irregulares. Além disso, as aeronaves E-99 têm a capacidade de complementar os sinais dos radares de solo, servindo também como uma reserva de visualização radar ou de comunicações para o tráfego aéreo.

Assim, decolou de Anápolis, na noite do dia 9 de junho de 2003. À época como Operador Especial nº 01, o aeronavegante responsável pela Operação do Sistema de Exploração de Sinais de Comunicação e de Não-Comunicação das aeronaves E/R-99, Major Romulo, lembra que, sem saber detalhes da missão, decolaram com destino a Porto Velho (RO). “Nosso destino final foi Lima, quando a tripulação foi informada que funcionários trabalhavam na construção de um gasoduto e foram pegos por guerrilheiros. Por isso houve a necessidade de um Reconhecimento Eletrônico, a fim de determinar a possível posição geográfica do acampamento, já que os sequestradores possivelmente estariam comunicando-se por meio de equipamentos transmissores na faixa de VHF”, conta o Major.

Para o cumprimento da missão, diversas dificuldades foram encontradas em função do número de emissores e redes repetidoras na referida faixa de frequência na região de buscas. Porém, foi possível determinar a localização da fonte emissora dos sequestradores, que foi transmitida para o Comando de Operações em solo para as providências cabíveis. “De posse das informações, os militares peruanos começaram a sobrevoar o cativeiro com helicópteros, levando à libertação dos reféns com sucesso”, finaliza o Major, recordando-se de uma missão real, cumprida há quase 18 anos, com a participação do Especialista em Comunicações.

DEFESA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - Mais três atletas da FAB se classificam para as Olimpíadas de Tóquio


Força Aérea Brasileira | Publicada em 05/05/2021 22:00

Em menos de uma semana, quando Força Aérea Brasileira (FAB) já contava com a participação de cinco sargentos em três modalidades dos Jogos Olímpicos de Tóquio, atletas do Programa de Atletas de Alto Rendimento (PAAR) da FAB garantiram mais três vagas no Atletismo e na Natação.

A seletiva olímpica de Natação, que ocorreu entre os dias 19 e 24 de abril no Parque Aquático Maria Lenk (RJ), contou com a participação de seis sargentos da FAB, os quais disputaram os primeiros lugares do pódio junto com outros 97 atletas brasileiros, buscando a classificação para as Olimpíadas.

Os sargentos Pedro Henrique Spajari e Gabriel Santos conquistaram suas vagas em três importantes provas olímpicas: 100 metros livres, revezamento dos 100 metros livres e revezamento medley.

No Atletismo, a sargento Fernanda Raquel conquistou a vaga olímpica da prova de Lançamento de Disco, ao participar de uma competição na Califórnia (EUA), com a marca de 64,21 metros no lançamento. Agora, a atleta é a quarta militar da FAB a compor a equipe de atletismo do time brasileiro nos Jogos Olímpicos.

As dificuldades enfrentadas em consequência da pandemia pelo novo Coronavírus não foram poucas e nem todos os atletas fizeram o índice olímpico, premissa básica para receber o passaporte olímpico.  “Esse campeonato foi muito tenso porque dava uma única chance para a vaga olímpica. Foi uma temporada muito difícil, deixei a minha casa, minha família e meus amigos em São Paulo, para morar no Rio de Janeiro. Treinei muito forte todos os dias, para conquistar essas vagas.” disse o Sargento Spajari da natação.

Para o Sargento Gabriel Santos, enfrentar momentos de estresse, tensão e dificuldade tem sido uma constante em sua vida. Para ele, a pressão figura um cenário que o motiva. “A dificuldade faz parte da minha vida, mas não reclamo. Se Deus manda esses problemas, é porque o guerreiro é forte”, disse o atleta, após a conquista da vaga olímpica na prova de 100 metro livres.

A realidade no atletismo brasileiro não é diferente da natação. A Sargento Fernanda Raquel também enfrentou diversas dificuldades por conta da pandemia, como ter que montar uma academia dentro de casa e trocar de treinador. Por causa disso, passou a contar somente com o apoio recebido através do PAAR para pagar despesas com alimentação e moradia, em razão de ter seu vínculo cortado com o clube. “Nesse período, o que me ajudou até hoje, foi o apoio que recebo da Força Aérea Brasileira,” comentou a atleta.