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AGÊNCIA BRASIL


Esquadrilha da Fumaça encanta público em celebração no Alvorada

Tricampeão de Fórmula 1 dirige Rolls-Royce presidencial até o palácio

Pedro Peduzzi | Publicada em 07/09/2021 13:22

Tendo como motorista o tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet, que dirigiu o Rolls-Royce presidencial, sob escolta dos Dragões da Independência, o presidente Jair Bolsonaro deu início às festividades públicas deste 7 de setembro de 2021, dia em que se comemora a independência do Brasil.

Momentos antes, o presidente participou de um café da manhã com autoridades que, em seguida, dirigiram-se ao palco montado em frente ao Palácio da Alvorada, onde muitas pessoas o aguardavam para a cerimônia de hasteamento da bandeira nacional.

Acompanhado da primeira-dama, Michele Bolsonaro, o presidente chegou ao local às 9h, com a tradicional faixa presidencial. Após cumprimentar o público, dirigiu-se ao local onde as autoridades o esperavam para acompanhar a execução dos hinos Nacional e da Independência, pela Banda da Guarda Presidencial.

Enquanto isso, uma aeronave C105 Amazonas despejava paraquedistas, que traziam bandeiras da Forças Armadas e do Brasil. Esta última foi entregue a Bolsonaro e, então, deu-se início à execução dos hinos em meio a uma salva de 21 tiros de canhão. No ar, a fumaça verde e a amarela soltas pelos paraquedistas se misturavam dando um tom alaranjado que combinava com as cores do céu ainda em alvorada.

Uma segunda leva de paraquedistas apresentou aos presentes um exercício militar, no qual se posicionaram de forma a dominar um perímetro do gramado do palácio.

Anunciou-se, então, a chegada daquela que, em todas as apresentações do 7 de setembro, é a que mais agrada ao público: a Esquadrilha da Fumaça – que, a quase 3 mil metros do solo, já chega mostrando a que veio e escreve, no céu sem nuvens do planalto, “Ordem e Progresso”. O lema da bandeira desperta, de imediato, os aplausos da plateia.

Enquanto o público tinha os olhos voltados para o céu de Brasília, o presidente Jair Bolsonaro dirigiu-se ao Rolls-Royce e retornou ao Palácio do Alvorada para se preparar para o dia de manifestações na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e em São Paulo.

PORTAL DO GOVERNO DO BRASIL


Cerimônia no Palácio do Alvorada celebra o Sete de Setembro

Presidente da República, Jair Bolsonaro, participou da Solenidade Cívica de Hasteamento da Bandeira, no Palácio da Alvorada

Da Redação | Publicada em 07/09/2021 11:51

No dia em que o Brasil comemorou 199 anos de sua independência de Portugal, a Bandeira Nacional flamulou no céu de Brasília. Um dos principais símbolos nacionais chegou de paraquedas até a Praça das Bandeiras, no Palácio da Alvorada, para ser hasteada na cerimônia do Sete de Setembro.

O Presidente Jair Bolsonaro fez o percurso do Palácio da Alvorada até o local de hasteamento da Bandeira Nacional no tradicional Rolls-Royce, acompanhado de crianças. Na direção do veículo estava o tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet. A escolta foi feita pela Cavalaria dos Dragões da Independência.

De um avião da Força Aérea, 18 paraquedistas saltaram e pousaram em frente ao Alvorada. Das mãos de uma paraquedista, o Presidente Jair Bolsonaro recebeu a Bandeira que foi hasteada.

Enquanto a Bandeira Nacional ganhava o ponto mais alto do hasteamento, a Banda do Cerimonial do Batalhão da Guarda Presidencial executava o Hino Nacional e o Hino da Independência. A Salva de Gala de 21 tiros de canhão também fez parte desse roteiro.
Logo depois foi a hora do Esquadrão de Demonstração Aérea da FAB imprimir no céu, a três mil metros do solo, a inscrição em fumaça “Ordem e Progresso”.

A Marinha fez a demonstração de um exercício militar com uso de helicóptero e veículos anfíbios, que cortaram o Lago Paranoá, na capital federal.

O encerramento da cerimônia foi com os tradicionais aviões A-29 Super Tucano, da Esquadrilha da Fumaça, que realizaram acrobacias e muito rastro de fumaça no céu.

Símbolos nacionais

A Constituição Federal estabelece quatro símbolos oficiais da República Brasileira. São eles: Hino Nacional, Bandeira Nacional, as Armas Nacionais (ou Brasão Nacional) e o Selo Nacional. 

Hino Nacional

Até 1922, não havia uma letra oficial para o Hino Nacional. A composição musical do maestro Francisco Manoel da Silva foi definida como o Hino Nacional Brasileiro em 1890, por meio de um decreto. Mas nos 32 anos seguintes, as pessoas cantavam o hino com letras diferentes e inadequadas. Só no dia 6 de setembro de 1922, o hino ganhou uma letra oficial e definitiva, escrita por Osório Duque Estrada em 1909.

Hino da Independência

Embora não seja um símbolo nacional, o Hino da Independência faz parte do cerimonial do Sete de Setembro. Ele foi escrito pelo próprio Dom Pedro I, que proclamou a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822. A letra de Evaristo da Veiga exalta a bravura do povo brasileiro e o clamor pela pátria livre na repetição dos versos “Ou ficar a pátria livre. Ou morrer pelo Brasil”.

A Bandeira do Brasil

Outro símbolo nacional presente em todas as celebrações da Independência é a Bandeira Nacional. Diariamente, ela é hasteada no Palácio do Planalto, no Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República, e em prédios públicos.

Cercada de honras, ela traz algumas curiosidades. Se permanece hasteada durante a noite, deve estar devidamente iluminada. Quando várias bandeiras são hasteadas simultaneamente, a nacional é a primeira a atingir o topo e a última a descer. É considerado desrespeito à bandeira apresentá-la em mau estado de conservação.

Armas Nacionais

As Armas Nacionais ou Brasão Nacional representam a glória, a honra e a nobreza do país e foram criadas na mesma data que a bandeira nacional. O uso do símbolo é obrigatório nos edifícios dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e pelas Forças Armadas. Também estão presentes em todos os prédios públicos, representando as características que compõem a República Federativa.

O brasão é um escudo azul, apoiado sobre uma estrela de cinco pontas, disposta na forma da constelação Cruzeiro do Sul, com uma espada em riste. Ao seu redor, está uma coroa formada de um ramo de café frutificado e outro de fumo florido sobre um resplendor de ouro. O símbolo traz ainda a data da proclamação da República Federativa do Brasil, 15 de novembro de 1889.

Selo Nacional

O Selo Nacional, também foi criado em novembro de 1889, no governo de Marechal Deodoro da Fonseca. O selo do Brasil é baseado na esfera da Bandeira Nacional, representado por um círculo tendo em volta as palavras “República Federativa do Brasil”. Ele é usado para autenticar documentos oficiais, atos de governo, diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas.

Esquadrilha da Fumaça

Presença tradicional na comemoração do 7 de setembro, em Brasília, a da Esquadrilha da Fumaça começou a fazer acrobacias sem grandes pretensões. Os voos começaram com um grupo de jovens instrutores da antiga Escola de Aeronáutica, do Rio de Janeiro, que, nas horas de folga, treinavam acrobacias para incentivar os cadetes a confiarem em suas habilidades e na segurança das aeronaves.

Em 14 de maio de 1952, foi realizada a primeira demonstração oficial do grupo. A primeira escrita foi a sigla "FAB", nos céus da praia de Copacabana.

Reconhecida nacional e internacionalmente, desde 2013 a Esquadrilha da Fumaça faz voos nas modernas aeronaves A-29 Super Tucano. A pintura do avião tem as cores da bandeira brasileira e sua imagem está na cauda do A-29.

PORTAL AEROFLAP


FAB: militares participam de atendimento médico em cenário de desastre – AEROFLAP


Gabriel Centeno | Publicada em 07/09/2021

A destruição da infraestrutura urbana, casas e edifícios, assim como a morte de pessoas e os inúmeros feridos e desabrigados, são algumas das consequências dos terremotos. Um grande número de indivíduos necessita de assistência médica imediata, e neste cenário os militares entram como protagonistas para prestarem atendimento às vítimas.

Durante o Exercício Cooperación VII, que acontece até o próximo dia 10 de setembro, ocorrerão diversas missões no ambiente simulado que exigirão uma resposta oportuna e a integração das capacidades das Forças Aéreas, atendendo as emergências de forma unificada. Militares de vários países realizam treinamentos para atuarem em resgates de diferentes níveis de complexidade, em um cenário de terremoto de 7 graus na escala sismológica de Richter, na cidade de Palanquero, a 192 km da capital Bogotá. 

As equipes foram organizadas em módulos com integrantes militares de diferentes países. O Tenente-Coronel Médico Dalton Muniz Santos, da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), ocupa posição estratégica no Comando e Controle das atividades ligadas à saúde operacional.

Esta célula gerencia todas as ações de saúde, assim como o recebimento e atendimento às vítimas, gestão das necessidades logísticas e coordenação de evacuação aeromédica dos pacientes para outros pontos de assistência médica especializada. Essa é a primeira vez que a Força Aérea Brasileira (FAB) ocupa uma posição estratégica no Comando e Controle Médico. “Para nós, médicos da FAB, foi de suma importância a ocupação desta posição no Comando e Controle Médico do Sistema de Cooperação das Forças Aéreas Americanas (SICOFAA), como forma de reconhecimento da nossa competência e capacidade de gerenciamento e pronta resposta em salvar vidas no cenário de ajuda humanitária”, disse.

Além do Tenente-Coronel Dalton, outros médicos da FAB participam do Exercício. O Capitão Médico David Pedrosa, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropas (1° GTT), atuou em atendimentos no módulo de Assistência nos voos em conjunto com os militares americanos do Critical Care Air Transport Team (CCATT), uma equipe médica de profissionais altamente qualificados e experientes no transporte de pacientes críticos.

“Ver de perto como o time CCATT opera foi um experiência enriquecedora. Eles são a referência mundial em missões de Evacuação Aeromédica de alta complexidade. Quando vi a forma como realizam as missões, me surpreendi positivamente. Toda experiência adquirida servirá para elevar a qualidade de nossos processos durante as missões”, enfatiza.

Capacitação

O aprimoramento das atividades da área médica e a troca de experiências entre as Forças Aéreas que participam do Exercício Cooperación VII proporcionam aprendizado para que os militares da Força Aérea Brasileira possam aplicar suas técnicas em ambientes adversos.

No dia 3 de setembro, a Força Aérea Colombiana (FAC) ministrou um exercício de operações conjuntas de padronização e interoperabilidade, em conjunto com a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), organizado pelo Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA).

O treinamento objetivou a assistência a vários pacientes, utilizando-se a abordagem inicial e transferência para maca pelo comando verbal, técnicas de embarque e desembarque na aeronave, incluindo o uso de cesta, procedimentos, processos, técnicas e introdução do protocolo CCATT como padronização do tratamento de cuidados intensivos.

Para a Chefe da equipe médica da Força Aérea Colombiana, Major Angélica Ayala de la Rosa, a capacitação é muito importante para os integrantes do Exercício. “A ideia é transmitir conhecimentos entre as Forças para termos uma capacitação multidisciplinar e adquirir experiências que possamos aplicar ao prestarmos assistência aos pacientes nas missões de catástrofes”, disse.

O Capitão Médico Gustavo Costa do Grupo de Transporte Especial (GTE), que integra a equipe médica da FAB no Exercício, realizou atendimentos no módulo de triagem, local onde os pacientes foram avaliados e redirecionados para a assistência específica, durante a instrução. “Um dos aspectos mais interessantes que pude perceber, como profissional de saúde, foi a integração e a padronização das ações de saúde das diversas Forças Aéreas das Américas. A troca de experiência é o maior ganho, principalmente por aqueles que já tiveram experiências em missões reais com os equipamentos, conhecimentos e doutrinas específicas”, concluiu.

MINISTÉRIO DA DEFESA


Solenidade cívica de Hasteamento da Bandeira marca o Dia da Independência


Lane Barreto | Publicada em 08/09/2021 19:34

Em manhã ensolarada e quente na capital federal, o Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, prestigiou, ao lado do Presidente da República, Jair Bolsonaro, a cerimônia em comemoração ao 199º aniversário da Independência do Brasil. A solenidade cívica de Hasteamento da Bandeira ocorreu na Praça das Bandeiras, no Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (07). O evento, mais restrito em decorrência da pandemia provocada pelo novo coronavírus, sem o desfile tradicional na Esplanada dos Ministérios, contou com a presença de ministros e demais autoridades civis e militares.

Acompanhado por crianças, o Presidente Bolsonaro chegou ao local da cerimônia no Rolls-Royce conversível, dirigido pelo tricampeão da Fórmula 1 Nélson Piquet e escoltado pelos Dragões da Independência. Antes de seguir até o palco montado em frente ao Palácio da Alvorada, acenou para o público que prestigiava o evento. Ele estava acompanhado da Primeira-Dama Michele Bolsonaro.

Em seguida, 18 paraquedistas do Exército saltaram de uma aeronave C-105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira, aterrando no gramado em frente ao Alvorada. O grupo era composto por integrantes da equipe de Salto Livre da Brigada de Infantaria Paraquedista e do Comando de Operações Especiais. Entre eles, a Sargento Sabrina de Jesus Almeida portava a bandeira nacional, que entregou ao Presidente da República.

O hasteamento do Pavilhão Nacional ocorreu, simultaneamente, com a execução do Hino Nacional e uma salva de 21 tiros de canhão. Logo depois, foi tocado o Hino da Independência. Ambos foram interpretados por músicos da Banda da Guarda Presidencial, que trajavam uniformes históricos.

A cerca de 3 mil metros do solo, aviões do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) da Força Aérea Brasileira, conhecidos como Esquadrilha da Fumaça, entraram em cena ao escrever com fumaça “Ordem e Progresso” no céu limpo de Brasília.

Ao encerrar a solenidade, militares demonstraram a descida de um helicóptero com o auxílio de cordas, procedimento denominado “fast hope”. Eles interpretaram situação fictícia de retirada de um artefato suspeito do terreno, em conjunto com integrantes do Grupamento de Mergulhadores de Combate da Marinha.

No mesmo cenário simulado, os Fuzileiros Navais, empregando os Carros Lagarta Anfíbios da Marinha do Brasil, realizaram uma demonstração operativa, saindo do Lago Paranoá e deslocando-se para o local da demonstração na cerimônia. A simulação da ação ao objetivo é rápida e precisa, visando evitar os danos colaterais.

Após o fim da solenidade, houve a tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça. Aeronaves modelo A-29 sobrevoaram o céu de Brasília num espetáculo de alta performance com acrobacias ousadas. “A Esquadrilha da Fumaça tem como missão divulgar a Força Aérea Brasileira”, enfatizou o narrador ao iniciar a exibição das aeronaves.

PORTAL CAVOK


Operação Poseidon 2021 reúne helicópteros das Três Forças no maior navio do Brasil


Fernando Valduga | Publicada em 07/09/2021 10:15

A cerca de 50 quilômetros da costa de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, o maior navio da esquadra brasileira desloca-se pelo Oceano Atlântico. No céu aberto, helicópteros se aproximam da embarcação de 204 metros de comprimento, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico.

Esse foi o cenário de uma das atividades da Operação Poseidon 2021, treinamento conjunto das Forças Armadas iniciado em 28 de agosto e que prosseguiu até o sábado (04), com o emprego 830 militares.

Nesta edição, a Operação Poseidon 2021 contou com exercício inédito: pousos e decolagens de helicópteros com o navio em movimento. A atividade reuniu as aeronaves Pegasus, da Marinha; Jaguar, do Exército; e Caracal, da Aeronáutica; todas do modelo H225M, projeto estratégico do Ministério da Defesa.

Na quinta-feira (02), o Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto; autoridades da Pasta; e o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, acompanharam as atividades a bordo do NAM Atlântico. O Ministro Braga Netto foi informado sobre os detalhes do exercício e assistiu a algumas das atividades. Ele permaneceu embarcado no NAM de quinta para sexta-feira (03).

O Chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, lembrou que, em 2020, ocorreu treinamento semelhante, porém, com o navio fundeado no mar. “Agora, nós passamos para uma nova fase, com o navio navegando. Isso tem uma diferença sensível para os pilotos, que precisam se qualificar. Teremos outras fases a serem cumpridas nos próximos anos”, esclareceu.

Dois pilotos do Exército e três da Aeronáutica, com suas respectivas tripulações, participaram da Operação Poseidon 2021. Durante cerca de 90 minutos, cada equipe pousou sete vezes no Navio. Dentre eles, o Tenente Aviador Victor Gaia Cardoso, da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele explicou que, antes dos voos com a sua tripulação, foram feitas observações dos procedimentos praticados pelos aviadores da Marinha. “A percepção é o que mais impacta. Precisamos ter a noção do momento certo de aterrisagem. Tudo isso foi modificado, treinado e readaptado”, pontuou.

No convés de voo, chamado convoo, local do navio onde os helicópteros pousam, há demarcações denominadas pontos de pouso. “Cada um deles tem uma peculiaridade. O que fica mais à frente, por ser uma área mais aberta, recebe ventos de todos os lados e dificulta um pouco o nosso pouso, enquanto, nos intermediários, são mais tranquilos de pousar”, explicou o Tenente.

Além dos pousos, os militares praticaram exercícios de infiltração de Mergulhadores de Combate, Evacuação Aeromédica (EVAM) de feridos e tiro real sobre alvo à deriva. Na primeira atividade, chamada Homem ao Mar, houve a simulação de um náufrago, em determinado ponto do oceano.

Na demonstração, os pilotos da aeronave de busca e salvamento recebem a informação, deslocam-se ao local e dois mergulhadores saltam para iniciar o procedimento. “O enfermo é colocado em uma maca, que é içada pelos integrantes da equipe de busca e salvamento, e a aeronave retorna para o ponto de apoio, que é o navio”, detalhou o Sargento Rômulo Monteiro, da Marinha.

Navio-Aeródromo Multipropósito

O NAM Atlântico foi adquirido pela Marinha do Brasil em 2018, da Marinha Real do Reino Unido. O Navio tem capacidade para deslocar, estrategicamente, uma Força de helicópteros para atuar em diversos cenários, como em missões de paz. Transporta até 16 aeronaves de asas rotativas, ou seja, helicópteros, e pode receber o pouso de até sete aeronaves simultaneamente, e transportar até 12 aeronaves em seu hangar.

 

OUTRAS MÍDIAS


REVISTA FORÇA AÉREA - Tápio 2021 é encerrado com mais de 800 horas de voo


Da Redação | Publicada em 07/09/2021

O Exercício Conjunto (EXCON) Tápio 2021, realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) na Base Aérea de Campo Grande (Ala 5), foi encerrado na sexta-feira dia 3 de setembro. A Tápio 2021 registrou mais de 800 horas de voo, aproximadamente 330 surtidas, cerca de 30 aeronaves empregadas, 16 Esquadrões e Unidades de Infantaria, e mais de 900 militares treinados. As atividades foram marcadas pela interoperabilidade entre as Forças Armadas e pelas missões compartilhadas com aeronaves e militares da USAF.

O treinamento simulou um cenário de guerra irregular, com a composição de Forças-Tarefas e Alertas focados na Busca e Salvamento em Combate (CSAR – Combat Search and Rescue).

O Diretor do Exercício e Comandante da Base Aérea de Campo Grande, Brigadeiro do Ar Clauco Fernando Vieira Rossetto, acredita que um dos grandes desafios do EXCON Tápio 2021 esteve no fato da atividade ser combinada e conjunta, pois busca a interação entre as três Forças Armadas do Brasil, além da USAF. “Ao final, o saldo foi positivo no sentido de conhecermos novas técnicas, táticas e procedimentos dentro da máxima operacionalidade e segurança. Estamos em evolução, demonstramos isso para a sociedade. E estamos preparados para as operações de paz da Organização das Nações Unidas”, disse o Brigadeiro Rossetto.

Na quarta edição, esse conceito de interoperabilidade entre Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e FAB foi intensificado, principalmente, por meio do emprego de Força Tarefa de Operações Especiais. Militares foram integrados na execução de diversas Ações de Força Aérea, como Guiamento Aéreo Avançado, Infiltração por meio de salto livre operacional, Exfiltração de ambiente hostil e Ação Direta. As missões envolveram componentes do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) e do Batalhão de Operações Especiais dos Fuzileiros Navais (Tonelero) da Marinha do Brasil; do Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército Brasileiro; e do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) da FAB.

FAB e USAF

Militares da USAF também desembarcaram na capital sul-mato-grossense para o treinamento. Dentre outras atividades, eles participaram de adestramentos de cooperação mútua com integrantes da FAB na pista de avaliação prática do curso de Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APHT). Na simulação, um veículo aliado sofreu um atentado com explosivo e, então, foi ativada uma missão de CASEVAC (Casualty Evacuation) – método de Evacuação Aeromédica que consiste na remoção inicial dos feridos do local da ocorrência para outro onde possam receber os cuidados médicos iniciais.

O cenário fictício colocou militares gravemente feridos sob presença de paramilitares hostis. As equipes compostas por norte-americanos e brasileiros desembarcaram de helicópteros HH-60G Pave Hawk da USAF. Sob fogo inimigo, progrediram no terreno. Desencarceramento das ferragens, mobilização de sobreviventes confinados, estabilização clínica medicamentosa e escape rápido da cena foram algumas das habilidades desenvolvidas, com a supervisão técnica de médicos de Esquadrão da FAB.

Interoperabilidade

Representante da USAF, a Comandante da 105th Airlift Wing da Stewart Air National Guard Base, Brigadier General Denise M. Donnell, considera o exercício importante por conta da troca de informações e experiências entre os dois países. “Integramo-nos como uma equipe, aprendemos uns com os outros e tivemos uma frutífera troca de informações e expertise para fortalecer as duas equipes e, mais uma vez, construir essas relações entre Brasil e Estados Unidos”, completa.

O Co-Diretor do EXCON Tápio 2021 e Comandante do Grupo Operacional da Base Aérea de Campo Grande, Coronel Aviador Mateus Barros de Andrade, explica que o planejamento do exercício acontece pelo menos um ano antes, e que a Marinha e o Exército sempre têm participado do delineamento de ações, reforçando o conceito de interoperabilidade. “Treinamos bastante, atingimos todos os objetivos e temos a certeza que estamos preparados para o emprego no cenário de guerra irregular”, acrescenta.

O Chefe do Departamento de Operações Especiais do Comando Naval de Operações Especiais da Marinha do Brasil, Capitão de Fragata (FN) Cléber Pereira Marinho, opina que o EXCON Tápio é mais uma oportunidade que a Instituição tem de trocar conhecimentos e operar conjuntamente. “A interoperabilidade é trabalhada pela Marinha há muitos anos e vem incrementado sua participação em diversos exercícios, aumentando a habilidade de operar de forma efetiva com outras Forças de características diferentes”, declara.

Integrante da Direção do Exercício e Oficial do 1º Batalhão de Forças Especiais do Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro, o Major de Infantaria Frederico Ferreira de Souza, também vislumbra o adestramento como uma oportunidade de integrar. “O resultado será o teste de táticas, técnicas e procedimentos junto às outras Forças, verificando oportunidades de melhoria e aprendendo com as experiências trocadas”, conclui.

EXCON Tápio 2021

A primeira fase do EXCON Tápio ocorreu de 10 a 13 de agosto, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), em Novo Progresso (PA), na região conhecida como Serra do Cachimbo. Já a segunda fase foi realizada na capital sul-mato-grossense e simula um cenário de guerra.

A FAB empregou no Exercício aeronaves das Aviações de Caça, Transporte, Reconhecimento e Asas Rotativas. Foram treinadas Ações de Força Aérea em uma possível participação da FAB em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), contribuindo para a ordem e a paz mundial em compromissos internacionais, garantindo a soberania, integridade territorial e defesa patrimonial, e provendo ajuda humanitária.