NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROFLAP


Um F-5 da FAB que pode ter voado com MiGs nos EUA


Gabriel Centeno | Publicada em 08/05/2021

Como muitos sabem, os F-5EM/FM Tiger II que servem à FAB foram adquiridos em três lotes distintos, sendo que o segundo foi adquirido em 1988 por US$ 13,1 milhões, composto de 26 aeronaves (22 F-5E e quatro F-5F) usadas da Força Aérea dos EUA.

Dos 26 aviões, 11 serviram em Esquadrões Aggressor, mais especificamente os 64th e 65th Aggressor Squadron da Base Aérea de Nellis, em Nevada. Os esquadrões aggressor (ou adversary como são chamados na Marinha dos EUA) são unidades dedicadas a representar e simular aviões inimigos em treinamento, aumentando o realismo da instrução.

Tais unidades ainda existem atualmente, tanto na USAF quanto na Marinha e nos Fuzileiros Navais, mas seu papel vem sendo realizado cada vez mais por companhias privadas operando caças de vários modelos, como Mirage F-1, IAI Kfir, A-4 Skyhawk e até mesmo o próprio F-5. 

Mas, voltando ao que interessa. O foco é um dos F-5E ex-aggressor e uma pequena curiosidade de sua vida antes de chegar à FAB. Vamos falar do F-5 matrícula 74-01557, o atual F-5EM FAB 4875. 

A foto abaixo mostra militares do 4477th Test and Evaluation Squadron (4477th TES), Esquadrão Red Eagles, posando com o 01557 na década de 80. Criado em 1977, o Red Eagles era a unidade secreta da USAF responsável por manter e voar caças soviéticos capturados em plena Guerra Fria, principalmente os MiG-17 Fresco, MiG-21 Fishbed e MiG-23 Flogger.

Antes mesmo da existência do Red Eagles, pilotos da Força Aérea, Marinha e Fuzileiros, selecionados a dedo e voando inicialmente em Groom Lake (região que hoje abriga a infame Área 51) e mais tarde a partir do Tonopah Test Range, no deserto de Nevada, tiraram o máximo de detalhes sobre a performance dos caças mantidos em extremo segredo, além de obter informações sobre os materiais usados na sua fabricação. 

As aeronaves recebiam matrículas provisórias seguindo o padrão americano – YF-110 para os MiG-21 e YF-113 para os MiG-23, com diferentes unidades e variantes do MiG-17 usando as mesmas designações com sufixos adicionados no final – com os mecânicos fazendo milagres para manter os caças em condições de voo, já que a obtenção de manuais e peças sobressalentes era mais do que difícil, envolvendo bastante o contrabando por parte de fornecedores da CIA. 

Até hoje não se sabe ao certo quantos e quais modelos de aeronaves de origem soviética ou chinesa foram capturados e/ou adquiridos pelos EUA e, mais tarde, estudados “até os ossos” pelos membros do 4477th TES e demais unidades e comandos da USAF. 

O fato é que os trabalhos de inteligência “mudaram a cabeça” dos EUA. Dois anos antes da fundação oficial da unidade, a USAF realizou a primeira edição do mundialmente famoso exercício Red Flag, considerado o mais completo treinamento de combate aéreo atualmente, realizado em múltiplas edições ao longo do ano com a participação de diversos países. 

Evidentemente, a foto do F-5E 01557 com os membros do Red Eagles não é uma prova cabal de que ele realmente voou contra os MiGss capturados, mas pode ser considerada uma forte indicação disso. 

O 01557 foi adquirido pela FAB com outros 25 caças em 1988, na época em que a aeronave servia ao 65th Aggressor Squadron. Em 13 de outubro do mesmo ano, o 4875 chegou à Base Aérea de Canoas (RS), seu novo lar, com outros cinco Tigers acompanhando o Boeing KC-137, marcando o primeiro de seis voos de traslado trazendo os “novos” caças do Esquadrão Pampa (1º/14º GAv).

O 74-01557 pode ser visto nesse conjunto de artworks ostentando o esquema New Blue quando ainda era da USAF. Autor desconhecido.

O 4875 chegou com matrícula errada (4877), o que foi corrigido mais tarde. Pintado com a inscrição “The Old Rooster” no frame do canopy, o 75 ostentava o esquema de pintura “New Blue”, também usado pelos 4857, 4859 e 4869.

Antes do processo de modernização, os F-5 ex-aggressor foram operados exclusivamente pelo 1º/14º. Em agosto de 2006 a aeronave voltou à Canoas, agora recém modernizada pela Embraer e AEL Sistemas (Elbit Systems). Curiosamente, em 2008 o 4875 voltou à Nellis quando o Esquadrão Pampa foi enviado para participar da Red Flag 2008-03. 

O F-5EM Tiger II 4875 segue em serviço na FAB, mas, até o momento, não sabemos em qual esquadrão a aeronave está sendo operada.

OUTRAS MÍDIAS


DEFESA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - Organizações Militares da FAB distribuem kits de alimentação para alunos do PROFESP


Da Redação | Publicada em 08/05/2021 14:07

A Base Aérea de Campo Grande (BACG), em Campo Grande (MS), e o Grupamento de Apoio do Rio de Janeiro (GAP-RJ), no Rio de Janeiro (RJ), realizaram no fim do mês de abril a distribuição de 250 kits de alimentação para crianças e jovens atendidos pelo Programa Forças no Esporte (PROFESP). A ação teve o objetivo de atenuar as dificuldades enfrentadas pelas famílias dos alunos durante a pandemia da COVID-19.

Doações na BACG

Familiares e responsáveis pelos alunos da Escola Municipal Major Aviador Y-Juca Pirama de Almeida, localizada na Vila Base Aérea, em Campo Grande (MS), foram agraciados com cerca de três toneladas de alimentos. Ao todo, foram entregues 100 kits.

Para o Coordenador-Adjunto do Programa, Capitão Valesani, o PROFESP democratiza o acesso à prática e à cultura do esporte, desenvolvendo atividades psicomotoras e formando cidadãos cada vez melhores para a nossa sociedade. “O Programa tem por objetivos específicos: oferecer práticas esportivas educacionais, estimulando crianças e adolescentes a manter uma interação efetiva que contribua para o seu desenvolvimento integral; desenvolver valores sociais; contribuir para a melhoria das capacidades físicas e habilidades motoras; contribuir para melhoria da qualidade de vida (autoestima, convívio, integração social e saúde) e contribuir para a diminuição da exposição aos riscos sociais (drogas, prostituição, gravidez precoce, criminalidade, trabalho infantil), assegurando o exercício da cidadania”, declarou.

O evento contou com a presença do Comandante da Ala 5, Coronel Aviador Mateus Barros de Andrade; do Comandante da Base Aérea de Campo Grande, Coronel Aviador Leonardo Pinheiro de Oliveira; da Coordenadora do Programa, Major Aviadora Débora Ferreira Monnerat; e do Coordenador-Adjunto, Capitão Especialista em Armamento Romulo Augusto de Sousa Valesani.

Solidariedade no GAP-RJ

A ação social do Grupamento de Apoio do Rio de Janeiro (GAP-RJ) contemplou 150 beneficiários do Programa. Os kits foram adquiridos com recursos do Ministério da Cidadania, via Ministério da Defesa, para a alimentação dos alunos durante as atividades realizadas nas instalações da Força Aérea Brasileira, no contraturno escolar.

Como as atividades do Programa foram suspensas, a fim de prevenir o contágio pelo Coronavírus, as refeições não produzidas para as crianças e adolescentes foram transformadas em kits com alimentos não-perecíveis para distribuição às famílias do PROFESP GAP-RJ. Famílias da Comunidade Parque Alegria, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro compareceram à sede do PROFESP nas instalações da DS-2 (Seção de Transporte) do GAP-RJ, para receber os kits com o apoio dos militares do GAP-RJ.

O Chefe do Grupamento de Apoio do Rio de Janeiro, Coronel Intendente Roberto Sérgio do Nascimento Pinheiro, disse que o PROFESP tem o objetivo de promover a valorização da pessoa, reduzir riscos sociais e fortalecer a cidadania, e a integração social dos beneficiados por meio do acesso à prática de atividades esportivas e físicas saudáveis e de atividades socialmente inclusivas. “Por ocasião da pandemia, fica ainda mais evidente a carência de algumas famílias e a necessidade de reforço alimentar aos alunos participantes em substituição temporária as atividades lúdicas, esportivas e de reforço escolar”, afirmou.

Estiveram presentes o Chefe do GAP-RJ, Coronel Intendente Roberto Sérgio do Nascimento Pinheiro; o Chefe da DS-2 (Seção de Transporte), Capitão Carlos Luiz Rodrigues da Silva; e o Coordenador Geral de Núcleo do PROFESP GAP-RJ, Tenente Educação Física Marcello Morone.

DEFESA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - Ministro das Comunicações visita Centro de Operações Espaciais da FAB


Da Redação | Publicada em 08/05/2021 11:29

A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu, nessa quinta-feira (06), a visita do Ministro das Comunicações, Fábio Faria, ao Centro de Operações Espaciais (COPE), localizado em Brasília (DF). O evento faz parte da programação da Semana Nacional de Comunicações, que ocorre de 5 a 7 de maio, e é promovida pelo Governo Federal e Ministério das Comunicações.

A visita contou com a presença de Oficiais-Generais da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira; da Diretoria Executiva da Telebras; de parlamentares e de autoridades do Governo.  

A comitiva do Ministério das Comunicações conheceu a estrutura do COPE. Dentre as diversas atribuições, o Centro atua por meio do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), para a operação dos mais de 13 mil pontos de Wi-Fi Brasil instalados no País, promovendo o acesso à internet gratuita e de alta velocidade a mais de 2,5 milhões de alunos em escolas públicas e rurais, além de conectar unidades de saúde, postos de fronteira, telecentros e comunidades indígenas e quilombolas entre outros.

Para o Ministro das Comunicações, a intenção é demonstrar, na Semana Nacional das Comunicações, a excelência que o Brasil possui na operação, confiabilidade e segurança de suas comunicações civis e militares por meio do Centro de Operações. “Sabemos que nossa atuação, ao servir o Brasil, tem levado cidadania, informação e esperança para muitos brasileiros por meio do acesso à internet. Isso tem mudado a vida de muitas pessoas, fazendo a diferença para quem está em regiões remotas”, destaca.

Segundo o Chefe do Centro de Operações Espaciais, Brigadeiro Engenheiro Luciano Valentim Rechiuti, a parceria entre o Comando da Aeronáutica (COMAER) e a Telebras para a implantação e operação do SGDC possibilita o uso dual do satélite, ou seja, para emprego em fins civis e militares. “Como consequência, amplia-se a capacidade operacional das Forças Armadas e fica garantida uma maior segurança nas comunicações militares, ao mesmo tempo em que se viabiliza o acesso à conexão de banda larga para acesso à Internet em todos os locais do País”, finaliza o Oficial-General.