NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


SBT


Gabriel Cartolano vê o mundo de cabeça para baixo


Gabriel Cartolano | Publicada em 16/07/2021 10:00

Patricia Abravanel e Gabriel Cartolano comandam o Vem Pra Cá. Sob a direção de Marcelo Kestenbaum, o programa é exibido de segunda a sexta-feira. A atração tem a missão de levar ao telespectador notícias do cotidiano contadas de maneira simples, conversas sobre saúde, dicas de moda que cabem no bolso, receitas de comida saborosas, orientações de jardinagem para valorizar as plantas de casa e matérias de entretenimento para diversão de quem assiste.

PORTAL AEROIN


DECEA realiza 1º voo de inspeção e ajuste de ILS com intervenção remota


Murilo Basseto | Publicada em 16/07/2021 17:52

Na última semana, mais uma etapa foi cumprida rumo à Gestão Integrada de Ativos Técnicos (GIAT) da Navegação Aérea. O projeto, implementado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), tem concepção, planejamento e acompanhamento do Subdepartamento Técnico (SDTE).

Em julho, a prova de conceito (POC) inicial de gerenciamento remoto de equipamentos não só ganhou uma nomenclatura, mas vem obtendo avaliação positiva nos testes realizados em Roraima, nos sítios de Jundiá e Boa Vista, subordinados ao Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), em Manaus.

No período de 5 a 7 de julho, a visita de inspeção do DECEA ao CINDACTA IV, com participação do Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini, foi o momento oportuno para conhecer os avanços que têm sido alcançados.

No dia 6 de julho foi feito um voo teste pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), com a presença do Diretor-Geral e dos oficiais-generais do DECEA (chefes dos Subdepartamentos Técnico, de Administração e de Operações), além do comandante do CINDACTA IV, Coronel Aviador Alexander Santopietro de Souza.

Na ocasião, o piloto-inspetor do GEIV, Major Aviador Carlos Eduardo Azevedo Alvares, e sua tripulação estavam no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Boa Vista, em Roraima, sem a presença da equipe de manutenção do CINDACTA IV.

Em Manaus, estava a postos, para a comunicação com o piloto do GEIV, o técnico de manutenção de auxílios à navegação aérea do CINDACTA IV, Suboficial BET Marcos de Oliveira Valença Sobrinho.

Durante o voo teste em Boa Vista, a informação do Major Alvares sobre o Sistema de Pouso por Instrumentos (ILS) foi passada via rádio para o Suboficial Valença, que, imediata e remotamente, fez a correção de parâmetros do auxílio.

Neste caso, não houve a necessidade de deslocamento da equipe de manutenção de Manaus para Boa Vista, que percorreria mais de 800 quilômetros de carro e, em boas condições climáticas, cerca de dez horas de viagem. A missão demonstrou que a otimização de recursos humanos e a economia de combustível e diárias podem ser alcançados.

“Fazer medição e correção de dados remotamente é melhor, os técnicos são muito experientes, temos mão de obra especializada que é referência no Brasil. São estes profissionais que ministram instrução no curso de capacitação do GEIV. A comutação de parâmetros e o monitoramento de Boa Vista e Jundiá é um grande progresso”, opinou o Major Alvares.

O GEIV é a organização militar responsável pela aferição dos equipamentos de auxílio à navegação aérea, aproximação e pouso. É na inspeção que é verificada a qualidade dos sinais emitidos pelos equipamentos, com análises, medições e, quando necessário, correções.

Plano de implementação da prova de conceito

A Diretriz do Comando da Aeronáutica (DCA 66-3) fornece atribuições aos diversos agentes envolvidos no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e propõe um novo modelo de manutenção com o objetivo de otimizar processos e serviços, reduzir custos e aumentar a disponibilidade de sistemas e equipamentos.

Neste sentido, a POC está sendo realizada em ambiente reduzido para avaliação dos resultados e eventual ajuste do novo modelo. O CINDACTA IV possui 24 Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) e 17 Estações de Apoio ao Controle do Espaço Aéreo (EACEA) sob sua responsabilidade.

Deste total, apenas quatro sítios (Manaus e Eduardo Gomes, na capital amazonense, e Boa Vista e Jundiá, em Roraima) possuem acesso via terrestre, os demais apenas por meios aéreos ou fluviais.

De acordo com o comandante do CINDACTA IV, as características geográficas da Amazônia, com áreas de difícil acesso, distantes da sede, demandam maior atenção no aprimoramento dos processos de manutenção. “O monitoramento vai nos permitir pronta resposta para corrigir eventuais falhas, considerando a redução de custos dos deslocamentos”, pontuou o Coronel Santopietro.

O CINDACTA IV é responsável por uma área correspondente a 60% do território nacional, ou seja, 5,2 milhões de quilômetros quadrados. São mais de 1.800 equipamentos, entre auxílios visuais, radares e sistemas de telecomunicações, essenciais para o controle do espaço aéreo brasileiro. O gerenciamento remoto destes equipamentos, com ferramentas de supervisão, controle e aquisição de dados, trará ganhos substanciais para todo o SISCEAB.

“No modelo atual vamos visitar uma localidade uma vez a cada três ou cinco meses. Com a nova concepção poderemos acessar virtualmente as informações do sítio e fazer o monitoramento uma, duas, três ou quatro vezes ao dia. Isto significa o aumento da operacionalidade porque poderemos fazer um melhor acompanhamento dos equipamentos instalados”, explicou o chefe do SDTE, Brigadeiro Engenheiro Dalmo José Braga Paim.

O oficial-general pontuou que os resultados preliminares que estão sendo alcançados vão constituir, nos próximos três meses, números consistentes e uma estratégia para a replicação nos outros 39 sítios do CINDACTA IV.

Navegação Aérea

O DECEA é responsável por mais de dez mil equipamentos espalhados por toda a extensão territorial brasileira em oito milhões e meio de quilômetros quadrados, em organizações espalhadas em todas as unidades da federação.

Para o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Fiorentini, a aviação é ligada ao uso da tecnologia, o que se traduz em evolução. “No momento, estamos trabalhando para a redução da necessidade de o militar precisar se deslocar para todas as regiões, porém, sem diminuir a segurança da navegação aérea”, explicou.

Para corroborar seu posicionamento, o oficial-general citou empreendimentos que demonstram a diligência da Força Aérea Brasileira para com a sociedade, a aviação e as organizações nacionais e internacionais. A primeira menção feita pelo Tenente-Brigadeiro do Ar Fiorentini foi a inauguração da primeira torre de controle remota da América Latina, em funcionamento na Base Aérea de Santa Cruz, zona oeste no Rio de Janeiro.

Ele também trouxe como exemplo a atividade remota do Serviço de Informação de Voo (AFIS) prestada em Manaus em dois sítios: o Serviço Remoto de Informação de Voo (R-AFIS) de Vilhena (Rondônia) e o de Oiapoque (Amapá). A ativação do serviço nestas áreas trouxe êxito na aplicação de tecnologia de Estações Remotas nos aeródromos da Região Amazônica.

Por fim, o Diretor-Geral do DECEA, detalhou a missão de manutenção de inspeção da aeronave do GEIV em Boa Vista, sendo monitorada pelo especialista na sala técnica de Manaus. “É uma tendência, é uma área que vamos continuar explorando, considerando prioritariamente a segurança da navegação aérea”, reiterou.

DEFESA - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS


DECEA implementa novo espaço aéreo offshore na Bacia de Santos


Agência Força Aérea | Publicada em 16/07/2021 12:28

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) deu início, no último dia 15, à primeira fase de um projeto especialmente dedicado às operações aéreas na região de plataformas petrolíferas da Bacia de Santos.Parte do empreendimento “Melhoria dos Serviços de Navegação Aérea nas Bacias Petrolíferas – Áreas Oceânicas – PFF-008” do Programa Sirius Brasil, a Fase 1 do projeto entrega uma série de benefícios aos usuários da região, a partir da estruturação de um espaço aéreo offshore com novas rotas aéreas especialmente destinadas às operações das aeronaves de asa rotativa.

Na ocasião, o voo inaugural da aeronave PR-BGN, da empresa CHC Táxi Aéreo, recebeu as boas-vindas, ao novo espaço aéreo offshore, do Segundo Sargento Jhonathan Gabriel de Oliveira Pinheiro, controlador de tráfego aéreo do Controle de Aproximação do Rio de Janeiro (APP-RJ): “a partir deste momento, está sendo implantada a primeira fase do Projeto PFF-008 do Programa Sirius Brasil. A Fase 1 do projeto proporcionará o aumento da segurança operacional e da consciência situacional entre os voos offshore, por meio da utilização da carta aeronáutica especial da Bacia de Santos e da disponibilização de três frequências para a auto coordenação na região. Ao ingressar no portão DILBIL, sua aeronave será a primeira a utilizar o conceito derrotas RNAV para a navegação offshore VFR na Bacia de Santos”, anunciou na fonia.Desenvolvido pelo DECEA, a coordenação do projeto ficou a cargo da Divisão Operacional do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, (CINDACTA II), que contou com a participação, sobretudo na fase de planejamento, de todos os atores envolvidos nas operações cotidianas da região, como Petrobrás, Infraero, NAV Brasil, exploradores de petróleo, empresas aéreas, pilotos, entre outras organizações.

Entre os objetivos da iniciativa, estão o incremento da segurança operacional e a estruturação do espaço aéreo na Bacia Petrolífera de Santos, com modernas técnicas de circulação aérea, visando atender à crescente demanda offshore e o desenvolvimento dessa área  estratégica do pré-sal brasileiro.

De início, uma análise prévia das demandas de serviços de navegação aérea na região, realizada pelas equipes do DECEA, identificou as necessidades da indústria e dos operadores. Entre outras, o estabelecimento da navegação por meio de cartas aeronáuticas. Com o número de movimentos aéreos já elevado, tornou-se imprescindível a organização desses tráfegos a curto prazo, de modo a prover mais segurança às operações.

Do mesmo modo, tomando por referência os aeródromos mais atuantes nesse tipo de operação (aeródromos de Cabo Frio e de Jacarepaguá) e as principais unidades marítimas (cerca de 100 plataformas), foram criadas cartas aeronáuticas especiais, no intuito de melhorar a consciência situacional dos pilotos e reduzir a incidência de conflitos, sobretudo aqueles com rumos opostos, onde o piloto possui menos tempo de tomada de decisão.

Para assegurar a separação entre as aeronaves durante essa primeira fase, quando ainda não há uma infraestrutura completa de comunicação aeronáutica, serão estabelecidas altitudes específicas para realização dos voos.

A definição de altitudes para os voos de ida e retorno às unidades marítimas garantirá a separação vertical na maioria dos cruzamentos durante o deslocamento, além de evitar os conflitos em rumos contrários, chamados proa a proa. A nova circulação aérea na Bacia está pautada na Circular de Informações Aeronáuticas AIC N 27/21, que entrou em vigor no próprio dia 15.

Para o gerente do empreendimento, Tenente Coronel Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Marcus Luiz Pogianelo a iniciativa “é de suma importância ao aprimorar a segurança dos operadores aéreos da região e prover maior eficácia às operações aéreas nessa região estratégica do pré-sal”. Ainda segundo o oficial, em continuidade ao projeto, já estão previstas outras iniciativas,  como o início dos estudos para implementação do Sistema de Vigilância ADS-B e das Estações Meteorológicas de Superfícies Automáticas (EMS-A), a serem entregues na inauguração da segunda fase do projeto, prevista para 2023.

Bacia Petrolífera de Santos

As atividades de prospecção e exploração de petróleo no litoral do País são desenvolvidas nas unidades marítimas (plataformas) localizadas nas áreas oceânicas, suportadas por infraestruturas de apoio baseadas na área continental. A grande maioria das unidades marítimas são equipadas com helipontos para viabilizar o transporte de passageiros e cargas com agilidade.

A Bacia Petrolífera de Santos, em particular, abrange uma extensão de área de aproximadamente 350 mil quilômetros quadrados, o que impõe novos desafios operacionais e logísticos aos gestores. Atualmente, a circulação aérea nesta região é realizada por helicópteros modernos e velozes, em rotas de até 200 Milhas Náuticas (370 km).

A maior bacia sedimentar offshore do país é também a maior produtora de petróleo e gás natural do Brasil. Em números relativos, a participação da Bacia de Santos equivale a 63% da produção de petróleo e de 64% do gás natural da produção nacional.

Comandante da Aeronáutica recebe homenagem do Corpo de Bombeiros Militar do DF


Agência Força Aérea | Publicada em 16/07/2021 15:25

Ocorreu nesta sexta-feira (16), em Brasília (DF), a solenidade da Ordem do Mérito Bombeiro Militar do Distrito Federal “Imperador Dom Pedro II”, realizada no pátio central da Academia de Bombeiro Militar. A Ordem é a mais elevada comenda da corporação. Recebem a honraria os militares que se distinguiram no exercício da profissão e cidadãos civis que, direta ou indiretamente, contribuíram para o crescimento institucional da corporação.

O reconhecimento também é destinado aos servidores militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB), bem como às organizações militares e instituições civis nacionais ou estrangeiras que, pelos serviços prestados, tenham se tornado credores da homenagem. Na ocasião, foram agraciados civis e militares com as insígnias, entre eles, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior.

História

A Ordem do Mérito Bombeiro Militar do Distrito Federal “Imperador Dom Pedro II” é uma homenagem ao sétimo filho do imperador Dom Pedro I e da imperatriz Leopoldina, considerado patrono da corporação. Nascido em 2 de dezembro de 1825, Dom Pedro II foi criador do Corpo de Bombeiros da Corte, primeira unidade da corporação no Brasil e embrião dos Bombeiros do DF. A Ordem do Mérito foi instituída por meio do Decreto n° 24.275, de 8 de dezembro de 2003.

Dia do Veterano é celebrado pela Força Aérea Brasileira


Agência Força Aérea | Publicada em 16/07/2021 09:29

A Força Aérea Brasileira (FAB) comemora, no dia 16 de julho, o dia do Veterano. O termo “Veterano” é comumente utilizado para designar alguém experiente, especificamente no meio militar, uma pessoa que serviu por muitos anos nas Forças Armadas. A palavra também tem a conotação de uma pessoa de notório saber.

Tais homens e mulheres colocaram em evidência o Patriotismo, a Disciplina, o Comprometimento, o Profissionalismo e a Integridade, que são princípios que norteiam a Instituição.

A FAB tem atuado em várias áreas para valorizar seus Veteranos, exemplos que ajudaram a moldar os valores da FAB em todos os seus períodos e estruturas, trabalhando em prol do aperfeiçoamento contínuo, em defesa dos princípios constitucionais que motivam o cumprimento da missão de “manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria”.

Novas funcionalidades digitais

Diariamente, o Sistema de Assistência aos Veteranos e Pensionistas da Aeronáutica (SAVPAR), por meio dos diversos postos de atendimentos distribuídos pelo território nacional, realiza um trabalho continuado na busca de aprimorar a gestão das necessidades administrativas dos Veteranos e Pensionistas.

Por isso, o SAVPAR trabalha para automatizar os processos de concessão de direitos e de pagamento, facilitar a prova de vida e agilizar o acesso à informação, motivado em possibilitar atendimentos com mais qualidade.

Pensando sempre no bem-estar dos Veteranos, o Comando-Geral do Pessoal (COMGEP), a Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica (SEFA) e a Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) têm atuado na transformação digital dos serviços disponibilizados aos Veteranos a fim de facilitar, com segurança, a vida daqueles que honraram a história da Força Aérea.

Atualmente, o Veterano pode se conectar ao Portal do Militar pela internet, usando o computador ou o celular, e ter acesso a diversas funcionalidades, como consulta aos beneficiários de pensão; validação de Declaração de Beneficiários; consulta ao contracheque; realizar requerimentos via Formulário Eletrônico de Pessoal (FEP) e marcar e acompanhar consultas médicas.

Outro serviço digital disponibilizado é a Prova de Vida por meio do aplicativo meugov.br. Essa facilidade traz comodidade ao Veterano, que não precisa sair da sua casa para comparecer a uma Organização Militar, muitas vezes distante do seu lar. Em breve, será possível, também, realizar a prova de vida nas agências bancárias: inicialmente, no Banco do Brasil e, posteriormente, em todos os bancos conveniados à FAB.

A Diretoria de Administração do Pessoal (DIRAP) está trabalhando também na melhoria dos processos. Atualmente, a transferência para a reserva remunerada a pedido foi automatizada, gerando os efeitos financeiros a partir do desligamento do militar. Em breve, outros processos como os de isenção de Imposto de Renda e de concessão de Auxílio Invalidez serão automatizados.

Essas inovações são fruto da visão do Comando da Aeronáutica (COMAER) e estão alinhadas com o objetivo de valorizar e reconhecer a contribuição de todos os integrantes da FAB que deixaram o serviço ativo, desde a sua criação até os dias atuais.

OUTRAS MÍDIAS


BRAZILIAN TIMES - Olimpíadas: 301 brasileiros participarão da competição internacional

A marca anterior havia sido registrada nos Jogos de Pequim, em 2008, com 277 vagas

Redação | Publicada em 16/07/2021 08:30

Contagem regressiva: Faltam 10 dias para as Olimpíadas de Tóquio e o Brasil estará presente com sua maior delegação em Jogos Olímpicos fora do território nacional. Estão confirmados os nomes de 301 atletas de 35 modalidades que vão disputar medalhas entre os dias 23 de julho e 8 de agosto. A marca anterior havia sido registrada nos Jogos de Pequim, em 2008, com 277 vagas.

Dos atletas titulares convocados, 240 (79,7%) fazem parte do Bolsa Atleta, o programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. “Se tirarmos da conta o futebol masculino, que não faz parte do Bolsa Atleta, o percentual de bolsistas é de cerca de 85% dos atletas que estarão representando o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio”, disse o ministro da Cidadania, João Roma.

A maior parte dos bolsistas classificados para Tóquio integra a categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta. Com repasses mensais de R$ 5 mil a R$ 15 mil, a categoria é voltada para atletas que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades.

“O Bolsa Atleta é o maior programa de patrocínio individual de atletas do mundo”, destacou o secretário nacional de esporte de alto rendimento, do Ministério da Cidadania, Bruno Souza. “Ele é baseado em resultados obtidos. Então, é um programa de mérito esportivo, muito diferente de um programa de assistencialismo esportivo”.

Bolsa Atleta nas Olimpíadas:

Das 35 modalidades, em 19 delas, 100% dos atletas recebem o Bolsa Atleta. São elas: badminton, canoagem slalom, canoagem velocidade, ciclismo BMX, ciclismo Mountain Bike, esgrima, ginástica artística, hipismo de adestramento, levantamento de peso, maratona aquática, pentatlo, remo, saltos ornamentais, surfe, taekwondo, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo e vôlei de praia.

Já no atletismo, 49 dos 53 esportistas fazem parte do programa e dos 26 atletas da natação, 25 integram o Bolsa Atleta.

“É um auxílio que, óbvio, dá uma segurança muito maior para o bolsista de utilizar esse recurso como ele bem entender, seja na suplementação alimentar, seja na sua equipe multidisciplinar, às vezes em viagens e participações. Então, hoje é um recurso que acho que o esporte brasileiro não saberia viver sem, principalmente, o esporte de alto rendimento, que é o caso dos bolsistas atletas”, afirmou o secretário Bruno Souza.

Bolsa Atleta em números:

O edital de seleção do Bolsa Atleta publicado em 2021 chegou a 7.197 esportistas, a maior marca da história do programa. Com edital separado, foram contemplados ainda outros 274 pela categoria Pódio, a mais alta do programa. Com isso, são 7.471 atletas diretamente patrocinados, com uma previsão orçamentária da Secretaria Especial do Esporte de R$ 145 milhões.

O investimento direto do Governo Federal nos 240 bolsistas é de R$ 55,8 milhões no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021.

O Governo Federal é o maior patrocinador do esporte olímpico e paralímpico no país. O investimento anual é superior a R$ 750 milhões. Além do Bolsa Atleta, entram nessa conta o a Lei das Loterias e a Lei de Incentivo ao Esporte.

Atletas militares:

Também vão às Olimpíadas de Tóquio esportistas do Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento (PAAR) às Forças Armadas. Criado em 2008, é uma iniciativa do antigo Ministério do Esporte, hoje Cidadania, em parceria com o Ministério da Defesa. O programa conta com 540 atletas, dos quais 88 estão classificados para os Jogos Olímpicos, em 21 modalidades. Dos 88 esportistas, 42 pertencem à Marinha, 26 ao Exército e 20 à Força Aérea Brasileira.

Dentre as modalidades que eles vão disputar estão o atletismo, esgrima, ginástica artística, hipismo, judô, natação, maratona aquática, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais e tiro com arco.

A boxeadora Beatriz Ferreira, da Marinha do Brasil, é uma das atletas militares que vai ao Japão em busca de uma medalha nos Jogos Olímpicos. “Minha expectativa para Tóquio, é positiva, me sinto pronta. Na pandemia, estive sempre focada e tinha os melhores ao meu lado. É um orgulho para mim participar dos Jogos Olímpicos. Orgulho ser da Marinha. Minha meta é trazer a medalha, estar no pódio, levantar a bandeira do meu país”, disse.

O 3º Sargento do Exército Gabriel Constantino participará da prova dos 110 metros com barreiras. Ele afirma que integrar o PAAR, em meio à pandemia, foi fundamental para manter o alto desempenho. “Tivemos diversas adaptações e não seria possível eu treinar com tão alta performance. Continuei mantendo meus treinos, fisioterapia, acompanhamento médico e com nutricionista. Graças ao Programa, chegou para representar o Exército e o Time Brasil nas Olimpíadas de Tóquio”, destacou.

O ginasta Caio Souza, da Força Aérea Brasileira, também espera representar bem o Brasil no Japão. “Faço parte deste programa desde 2018. Poder representar o meu país nos Jogos Olímpicos é um sonho que sempre tive. Trabalhamos muito firmes para isso. Chegar lá nos Jogos e desempenhar o meu trabalho da melhor forma possível”, afirmou.

Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR):

Os militares atletas que integram o PAAR têm à disposição todos os benefícios da carreira, como soldo, 13º salário, férias, direito à assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de disporem de todas as instalações esportivas militares adequadas para treinamento. O Ministério da Defesa investe aproximadamente R$ 38,3 milhões por ano no PAAR.

O diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, Major-Brigadeiro do Ar, Isaías Carvalho, explicou a finalidade do programa. “Fortalecer a equipe militar brasileira e cooperar com o desporto nacional de alto rendimento. O atleta que ingressa no nosso programa pode se dedicar exclusivamente aos treinamentos”, detalhou.

O alistamento para incorporar ao PAAR é feito de forma voluntária através de edital público e o processo de seleção leva em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e internacionais. Dessa forma, as medalhas já conquistadas na carreira transformam-se em pontuações nos concursos para preenchimento das vagas. Além disso, os atletas do PAAR são elegíveis à Bolsa Atleta.