NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


DEFESA AÉREA & NAVAL


Pilotos brasileiros treinam para a estreia do F-39 Gripen


Sonia Racy E Luiz Padilha | Publicada em 26/04/2021 20:57

Pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) estão em Linköping, na Suécia, aprendendo a operar o caça Gripen E, encomendado pelo Brasil para renovar sua frota. No intercâmbio, os brasileiros convivem com os professores da força aérea sueca e voam no avião de alta performance no país europeu.

Para Luiz Fernando de Aguiar, tenente-brigadeiro do ar, o Gripen é pensado não apenas como um avião, mas como um sistema de combate, com diversas funcionalidades que extrapolam as capacidades de qualquer outra aeronave já operada pela FAB. Na prática, o Gripen permite uma pilotagem intuitiva, além de evitar que limites operacionais sejam ultrapassados. Segundo os pilotos, isso facilita o trabalho na cabine da aeronave e os deixa focados na missão a ser realizada, contribuindo para que sejam tomadas melhores decisões com incremento do desempenho em combate.

Os brasileiros na Suécia treinam pela primeira vez em uma centrífuga (simulador dinâmico semelhante à forte pressão da cabine de pilotagem), além de sobrevivência no mar à noite, o que é feito em uma piscina.

Os caças, que voam em altitudes acima de 5 mil metros, serão usados para controlar o espaço aéreo, em missões para interceptar aviões de contrabando de armas e tráfico de drogas. As negociações para a escolha de um novo modelo de aeronave para a FAB atravessaram os governos Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff – sendo selada em 2014 a um custo de 39, 3 bilhões de coroas suecas (R$ 25,6 bilhões se fossem pagas hoje), com previsão da última aeronave ser entregue em 2026.

A escolha pelo governo Dilma Rousseff aconteceu após episódios marcantes. Quase que o Brasil leva o modelo francês, o caça Rafale, o que não ocorreu por uma inconfidência. Após uma reunião entre Lula e Nicolas Sarkozy, o ex-presidente brasileiro deixou claro que tinha fechado com Sarkozy, e aquilo gerou um mal-estar e um problema jurídico porque as concorrentes poderiam contestar o processo. Depois, pilotos da FAB passaram a defender o modelo F-18 da Boeing que nunca tinha sido abatido em guerras, mas havia um impasse na transferência de tecnologia que os norte-americanos conseguiram resolver. Bem nesta hora, porém, estoura o escândalo da NSA mostrando que o governo Obama estava grampeando Dilma. Ela tinha uma visita de Estado marcada, em que anunciaria a compra do caça da Boeing. Cancelou tanto o encontro quanto todos os acordos que seriam firmados.

Apesar das idas e vindas, a escolha do Gripen agrada especialistas em tecnologia militar. As especificações do painel da versão brasileira da aeronave acabaram sendo adotadas pela Suécia.

Dos 36 caças, 15 serão construídos pela Embraer, já que o trato com a Saab inclui a transferência de tecnologia para fabricação das aeronaves no Brasil. Um já está em fase de testes nos céus de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, causando estrondos: “Voar mais rápido do que a velocidade do som cria uma onda sonora diferente, um estrondo sônico, que pode parecer mais um trovão do que o som de uma aeronave passando. Temos o cuidado de garantir que esses voos sejam realizados em áreas de teste designadas, em coordenação com as autoridades aeronáuticas e seguindo os procedimentos da Força Aérea Brasileira”, explica Sven Larsson, diretor do Centro de Ensaios em Voo do Gripen, da Saab.

PORTAL AEROIN


Aeroporto de Guarulhos conta com novos equipamentos de pouso de precisão


Carlos Ferreira | Publicada em 26/04/2021

A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) finalizou recentemente a substituição de todos os Sistemas de Pouso por Instrumentos (ILS, do inglês Instrument Landing System) do Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU Airport), em Guarulhos (SP).

O que é

O  ILS é um sistema de aproximação por instrumentos que dá uma orientação precisa ao avião que esteja na fase de aproximação final de uma determinada pista, principalmente em condições meteorológicas adversas. O ILS consiste em dois sistemas distintos; um deles mostra a orientação lateral do avião em relação à pista (localizer); o outro mostra o ângulo de descida, ou orientação vertical (glide slope).

O sistema é baseado na transmissão de sinais de rádio que são recebidos, processados e apresentados nos instrumentos de bordo das aeronaves.

Além dos ILS, foram instalados Equipamentos Medidores de Distância (DME, do inglês Distance Measuring Equipment), que permitem a substituição de Marcador Externo (OM) e  Marcador Médio (MM), eliminando problemas de segurança e de manutenção nestes sítios, uma vez que estas instalações ficam em locais remotos e isolados, sujeitos a atos de vandalismo.

O aeroporto de Guarulhos, o maior complexo aeroportuário da América do Sul e a principal porta de entrada e saída de passageiros e cargas do Brasil, teve os seus quatro ILS substituídos por modelos mais modernos.

Trocas

As substituições, coordenadas pela Divisão Técnica da CISCEA, foram iniciadas em 2019 e contaram com o apoio do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), do Subdepartamento de Operações (SDOP) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), de representantes da empresa Thales, da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) e da concessionária do aeroporto GRU Airport em um longo processo que envolveu um gerenciamento operacional de modo a minimizar o impacto nas operações aeroportuárias, além de treinamento específico para a equipe de manutenção.

“Por uma questão de segurança e confiabilidade, todo auxílio à navegação aérea é submetido à uma série de testes técnicos antes de ser homologado e disponibilizado para a aviação geral”, explicou o engenheiro Carlos Eduardo Moreira Ramos Schaefer, da Divisão Técnica da CISCEA.

O Aeroporto Internacional de São Paulo já contava com a operação ILS nas categorias I, II e III, para aproximações de precisão. O upgrade na categoria dos equipamentos admitirá um incremento na segurança das operações de aproximação e pouso, tendo em vista que os novos permitem que o ponto de decisão do piloto seja feito a 30 metros (100 pés) de altura e visibilidade horizontal sobre a pista de 175 metros, no caso categoria III, acarretando o dobro da confiabilidade permitida para os equipamentos anteriores categoria I, desde que haja adequações de infraestrutura no aeroporto e a aprovação pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Além disso, os novos ILS, mais modernos, agregarão novas funcionalidades. Uma delas é a capacidade de supervisão técnica à distância, outrora inexistente, que possibilitarão às equipes de manutenção em terra o acompanhamento online do status operacional do equipamento, bem como a realização de ajustes dos seus parâmetros remotamente.

Obsoletos

Para o coordenador de Manutenção de Sistemas de Navegação Aérea da Infraero, Marcelo Citrangulo, a substituição dos ILS antigos, que já estavam obsoletos por falta de peças no mercado, facilita muito o gerenciamento. “As manutenções preventivas também são feitas como menos intervenção física no equipamento, visto que muitos estão informatizados e podem ser acessados pelo sistema de controle remoto instalado no prédio da Torre de Controle.  Os novos ILS com DME possibilitaram também a desativação do marcador médio e do marcador externo, que são sítios localizados a uma distância muito grande do aeroporto e que trazem frequentes problemas de manutenção e segurança local. 

Além disso, o equipamento novo, por possibilitar um ajuste via rede de computadores, facilita também a logística dos voos do GEIV, pois é possível fazer o voo de check com menor número de técnicos presentes nos equipamentos” – explicou Marcelo.

Para interferir o mínimo possível no cotidiano de operações do aeroporto mais movimentado do País, os especialistas efetuaram uma análise do histórico de tráfego aéreo e da meteorologia de Guarulhos, de forma a definir o período do ano com as melhores condições climáticas e o menor movimento de aeronaves, para as substituições dos ILS, que ocorreram uma de cada vez.

“Os ILS instalados pela CISCEA são sistemas de última geração que utilizam o mais recente projeto de tecnologia de estado sólido, com maior confiabilidade e estabilidade de sinal. Estamos mantendo a regularidade da atualização e aprimoramento dos sistemas de auxílio à navegação aérea e restringindo ao máximo a possibilidade de inoperância por parte de algum equipamento”, afirmou o chefe da Divisão Técnica da CISCEA, Tenente-Coronel Engenheiro Gustavo Erivan Bezerra Lima.

Modernização

Dentro do Programa de Modernização do Espaço Aéreo Brasileiro, a CISCEA, desde 2009, vem substituindo ou implantando ILS/DME em vários aeroportos, principalmente naqueles onde o movimento de aeronaves é maior, tais como Congonhas (SP), Galeão (RJ), Brasília (DF), Salvador (BA), Curitiba (FL), Recife (PE), entre outros.

Para o Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, o DECEA, por meio da CISCEA, está otimizando o fluxo aéreo, gerando maior economia de combustível para os usuários, além de uma significativa contribuição ao meio ambiente, uma vez que serão mitigadas as necessidades de possíveis alternativas das aeronaves em nosso espaço aéreo. “A substituição dos ILS por modelos mais modernos permite manter a confiabilidade e a segurança nas operações aéreas dos aeroportos, além da maior disponibilidade destes sistemas nos pousos, devido a menor quantidade de intervenções nos equipamentos para manutenção”, disse o presidente da CISCEA.

Com essas modernizações, o DECEA ratifica sua missão de contribuir para a garantia da soberania nacional, por meio do gerenciamento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

Esquadrão da FAB resgata marinheiro que estava infartando em alto mar

A missão foi cumprida por uma tripulação do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV) e por profissionais de saúde do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO), nesse domingo (25)

Carlos Ferreira | Publicada em 26/04/2021

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, nesse domingo (25), por intermédio do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV), uma missão de Busca e Salvamento, a bordo do helicóptero H-60L Black Hawk. Os militares resgataram um marinheiro brasileiro que estava com suspeita de infarto, além de fortes dores no peito e nas pernas. A embarcação estava a cerca de 130 milhas (240 km) da costa, nas proximidades da cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.Após notificação, o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (SALVAERO), unidade da FAB responsável por coordenar buscas aéreas na região, e o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), realizaram o acionamento do Esquadrão. A tripulação do helicóptero, juntamente com um médico e um enfermeiro do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO), efetuaram o socorro. Para tanto, os profissionais de saúde utilizaram um ultrassom em voo, caracterizando Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea avançada.

O paciente foi resgatado por meio da técnica de içamento tipo convés e transportado para o Aeroporto de Rio Grande, onde uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) aguardava para encaminhá-lo ao hospital. A equipe proveu apoio de UTI avançada na ambulância e coordenou um leito de Centro de Terapia Intensiva (CTI) no Hospital de Cardiologia da Santa Casa de Rio Grande.

O Tenente Aviador Matheus da Rocha Machado conta que o resgate ocorreu em um momento com pouca visibilidade e por causa disso a missão foi mais difícil.

“Após o acionamento, decolamos de Santa Maria (RS) para Canoas (RS), onde embarcaram dois militares do HACO, um Oficial e um Graduado, que dariam o suporte aéreo médico de apoio à vida e auxiliariam no momento do içamento. Chegamos à embarcação por volta de 18 horas (horário de Brasília), muito próximo do pôr do sol, que seria às 18h05. Não tínhamos espaço para erro e a sinergia de toda a equipe foi muito importante”, lembra. O procedimento ocorreu em aproximadamente 15 minutos, sem uso de maca.

O militar, que possui habilitação em técnicas de resgate, foi infiltrado para realizar o içamento do marinheiro do convés. “Fizemos a análise da situação e percebemos que a embarcação estava balançando muito. Foi mais uma missão gloriosa para a nossa Força Aérea Brasileira. Afinal, treinamos dia após dia, para isso. Ou seja, quando alguém precisa, mostramos que estamos prontos. Cada um fez a sua parte e temos mais uma vida salva”, comemorou.

 

PORTAL AEROFLAP


Akaer envia para a FAB asas revitalizadas do avião de patrulha P-3AM Orion


Pedro Viana | Publicada em 26/04/2021

O programa de revitalização do P-3AM Orion atingiu um importante marco na última semana: o primeiro par de asas revitalizadas deixou a sede da Akaer, em São José dos Campos/SP, com destino ao Parque de Material Aeronáutico do Galeão (PAMA-GL) da Força Aérea Brasileira no Rio de Janeiro/RJ, onde será instalado na aeronave.

O P-3 Orion é uma aeronave concebida na década de 1950, que agora ganha um novo fôlego para realizar suas missões de vigilância nas águas azuis brasileiras. A aeronave é responsável pela vigilância da Zona Econômica Exclusiva do Brasil, que pode chegar a 4,5 milhões de km², por isso esse trabalho de readequação às novas tecnologias é fundamental para essa missão.

A ZEE é uma faixa situada para além das águas territoriais, sobre a qual cada país costeiro tem prioridade para a utilização dos recursos naturais do mar, tanto vivos como não vivos, e responsabilidade na sua gestão ambiental, se estendendo por até 200 milhas náuticas.

Quando se somam às áreas internacionais de responsabilidade para operações de Socorro e Salvamento (SAR – Search and Rescue), de compromisso junto à Organização Marítima Internacional (International Maritime Organization – IMO), a área de vigilância chega a 10 milhões de km².

Essa tarefa cabe constitucionalmente à Marinha do Brasil, que conta com o apoio total do esquadrão de vigilância e reconhecimento da Força Aérea Brasileira (FAB), que até 2010 inventariava somente as aeronaves P-95 (EMB-111, Bandeirantes ou Bandeirulha) dedicada à patrulha marítima. A partir de dezembro de 2010, no entanto, a FAB iniciou o recebimento da primeira aeronave P-3AM Orion, uma mudança total de paradigma.

O P-3 Orion é uma aeronave de características únicas para realizar as diversas missões de vigilância marítima. O perfil da maioria das missões de patrulha marítima exige voo à baixa altitude e baixa velocidade.

Esse perfil privilegia as aeronaves com propulsão a hélice, pois nestas condições consomem menos combustível e com isso conseguem permanecer em voo por muito mais tempo, diferentemente dos jatos, que são mais econômicos em alta altitude e velocidade de cruzeiro também alta, quando comparada com as aeronaves turboprop.

O P-3 é campeão de vendas na sua categoria. Entre 1961 e 1990 foram produzidas mais de 750 unidades, e em 2012 entrou para o restrito clube dos aviões com mais de cinquenta anos de serviço contínuo com o mesmo utilizador, neste caso a Marinha Norte-Americana.

Novos sensores e sistemas foram instalados, tornando o P-3AM compatível às necessidades operacionais da FAB. De acordo com a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), os P-3AM Orion brasileiros são vetores poderosos em consonância com as diretrizes estabelecidas na Estratégia Nacional de Defesa, pois incrementam a capacidade do Brasil na busca de proteger os interesses nacionais.  

O projeto de revitalização da Akaer iniciou-se no final de 2018, quando equipes da empresa participaram de treinamentos em uma empresa americana, parceira do projeto.

A revitalização estenderá a vida útil das aeronaves. Para isso, a Akaer fez a substituição de diversos elementos da asa, como revestimentos superiores, longarinas dianteiras e traseiras, painéis superiores dos caixões centrais asa/fuselagem, entre outras ações. Esse projeto evita a fadiga estrutural das asas, o que limitaria o tempo de uso das aeronaves.

A Akaer tem a inovação tecnológica como parte integrante do dia a dia e, no caso da revitalização das asas do P-3, não poderia ser diferente. Desde o primeiro momento, o projeto também era visto como uma plataforma para integrar conceitos e ferramentas de Indústria 4.0: o gêmeo digital, a manufatura avançada, a integração de sistemas, entre outros.

Esquadrão da FAB resgata marinheiro em alto mar


Pedro Viana | Publicada em 26/04/2021

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, nesse domingo (25/04), por intermédio do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV), uma missão de Busca e Salvamento, a bordo do helicóptero H-60L Black Hawk.

Os militares resgataram um marinheiro brasileiro que estava com suspeita de infarto, além de fortes dores no peito e nas pernas. A embarcação estava a cerca de 130 milhas (240 km) da costa, nas proximidades da cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Após notificação, o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (SALVAERO), unidade da FAB responsável por coordenar buscas aéreas na região, e o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), realizaram o acionamento do Esquadrão.

A tripulação do helicóptero, juntamente com um médico e um enfermeiro do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO), efetuaram o socorro. Para tanto, os profissionais de saúde utilizaram um ultrassom em voo, caracterizando Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea avançada.

O paciente foi resgatado por meio da técnica de içamento tipo convés e transportado para o Aeroporto de Rio Grande, onde uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) aguardava para encaminhá-lo ao hospital.

A equipe proveu apoio de UTI avançada na ambulância e coordenou um leito de Centro de Terapia Intensiva (CTI) no Hospital de Cardiologia da Santa Casa de Rio Grande.

O Tenente Aviador Matheus da Rocha Machado conta que o resgate ocorreu em um momento com pouca visibilidade e por causa disso a missão foi mais difícil.

“Após o acionamento, decolamos de Santa Maria (RS) para Canoas (RS), onde embarcaram dois militares do HACO, um Oficial e um Graduado, que dariam o suporte aéreo médico de apoio à vida e auxiliariam no momento do içamento. Chegamos à embarcação por volta de 18 horas (horário de Brasília), muito próximo do pôr do sol, que seria às 18h05. Não tínhamos espaço para erro e a sinergia de toda a equipe foi muito importante”, lembra.

O procedimento ocorreu em aproximadamente 15 minutos, sem uso de maca.

O militar, que possui habilitação em técnicas de resgate, foi infiltrado para realizar o içamento do marinheiro do convés.

“Fizemos a análise da situação e percebemos que a embarcação estava balançando muito. Foi mais uma missão gloriosa para a nossa Força Aérea Brasileira. Afinal, treinamos dia após dia, para isso. Ou seja, quando alguém precisa, mostramos que estamos prontos. Cada um fez a sua parte e temos mais uma vida salva”, comemorou.

OUTRAS MÍDIAS


DEFESA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - FAB e Embraer firmam cooperação com foco em desenvolver aeronaves não tripuladas


Força Aérea Brasileira | Publicada em 26/04/2021 17:51

A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Embraer realizarão um estudo conjunto para o desenvolvimento de um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) de classe superior, com tecnologia nacional e de múltiplas capacidades. O documento que estabelece a cooperação foi assinado na sexta-feira (23), no Comando da Aeronáutica, em Brasília (DF). Com alto teor tecnológico, esse projeto tem por objetivo aumentar a capacidade da FAB na manutenção da soberania do Espaço Aéreo, com custos e riscos reduzidos.

A cerimônia de assinatura do acordo contou com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior; do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno; de Oficiais-Generais da Aeronáutica; do Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Jackson Schneider; dentre outros representantes da Embraer.

Segundo o Comandante da Aeronáutica, essa parceria é um evento histórico, por estar concretizando um projeto iniciado há 15 anos, rumo à realização de um requisito operacional, que é um Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) de classe superior. “Na guerra moderna é imprescindível a utilização de plataformas aéreas não tripuladas, operando isoladamente ou em conjunto com aeronaves tripuladas, no cumprimento das missões atribuídas à Aeronáutica”, completou o Tenente-Brigadeiro Baptista Junior. 

De acordo com o Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, esse estudo é de fundamental importância para a manutenção e a expansão das competências da Embraer no desenvolvimento de sistemas aéreos de defesa com alto teor tecnológico e grande complexidade de integração. “Estamos dando o primeiro passo na concepção de um produto que nos coloca o Brasil na primeira dimensão de domínio tecnológico do que vem por aí. Estamos no estado da arte do que há de conhecimento mais avançado no mundo para esse tipo de solução de defesa, vigilância aérea e acompanhamento de ameaças”, frisou Jackson Schneider.

O desenvolvimento de um Veículo Aéreo Não Tripulado superior com tecnologia nacional contribui, ainda, para fomentar a Base Industrial de Defesa (BID) e suas empresas estratégicas, ao mesmo tempo em que atende as necessidades brasileiras na área.

Sistemas e Veículos Aéreos Não Tripulados na FAB

O Comando da Aeronáutica (COMAER) possui vasta experiência em operações com Sistemas e Veículos Aéreos Não Tripulados para aplicação nas ações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR).

Em estudos internos e por meio de seu Planejamento Baseado em Capacidades, foi identificado que o uso desse tipo de sistema aumentaria a eficiência das operações de IVR, se operados em quantidades adequadas e a partir de diferentes bases aéreas do território nacional.

Somado a isso, o aumento de eficiência das operações de IVR também viria com o uso de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas com a performance e o desempenho adequados para a dimensão territorial, fronteiriça e costeira brasileira, bem como da zona econômica exclusiva e da área onde a Força Aérea Brasileira cumpre missões de busca e salvamento para localizar e salvar pessoas em perigo, na terra ou no mar, totalizando 22 milhões de km².