NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL DEFESANET


Militares da FAB se destacam em cursos nos Estados Unidos

O Major Flaminio e o Sargento Nery receberam o reconhecimento por seus desempenhos acadêmicos

Tenente Camila | Publicada em 28/05/2020 16:00

O militar da Força Aérea Brasileira (FAB), Sargento Thiago Mendes Nery Especialista em Material Bélico (BMB), recebeu o Diploma de Honra como primeiro colocado no Curso denominado “Explosive Ordnance Disposal” (EOD). O curso ocorreu no estado da Flórida, nos Estados Unidos (EUA), no período de 11 de julho de 2019 a 28 de janeiro de 2020, na Naval School Explosive Ordnance Disposal, situada na Base da Força Aérea de Eglin.

Formado pela Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR) no ano de 2006, o  Sargento Nery é graduado em Física pela Universidade de Taubaté (2018) e também possui diversos cursos operacionais no âmbito da FAB, tais como: Curso de Inspetor de Material Bélico (CIMBE), Curso de Manipulação de Material de Demolição (CMMAD), Curso de Neutralização e Destruição de Artefatos Explosivos (CNDAEX), dentre outros.

O militar do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) se sentiu motivado ao realizar o curso, por se tratar da capacitação de maior reconhecimento no que diz respeito a artefatos explosivos. “Empenhei-me para obter esse respeitado diploma ao adquirir  conhecimentos e experiências ímpares”, afirmou o Sargento Nery.

O Curso EOD é importante para todo o Sistema de Material Aeronáutico e Bélico (SISMAB) da Força Aérea Brasileira (FAB), pois o militar com essa qualificação tem habilitação para responder sinistros com quaisquer tipos de artefatos explosivos encontrados em regiões de combate, incluindo dispositivos improvisados, químicos e biológicos e, ainda, contribuir para a atualização e manutenção de toda a doutrina de manuseio e trato com explosivos dentro do SISMAB.

O Sargento Nery diz que foi realmente uma honra ter sido escolhido para esta missão e ter trazido para o Brasil, e para a FAB, o Diploma de Honra de primeiro colocado do Curso. “Espero poder contribuir para a atualização dos procedimentos adotados pelo SISMAB”, destacou.

Major Flaminio

Já o Major Aviador Felipe Flaminio João, do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), cursou mestrado em Engenharia de Sistemas com concentração em C4I (Comando, Controle, Comunicações, Computação e Inteligência). O curso foi realizado na George Mason University, na cidade de Fairfax-VA, região metropolitana de Washington-DC, durante o período de julho de 2018 a maio deste ano.

O Major Flaminio recebeu, do Departamento de Engenharia da Universidade, o aproveitamento máximo no curso. Em razão do seu rendimento, conquistou a “Outstanding Academic Achievement Award”, uma premiação aos alunos que obtiveram desempenho elevado em todas as atividades acadêmicas.

O curso é importante para a FAB porque proporciona conhecimentos atuais sobre assuntos relevantes dos níveis tático, operacional e estratégico de uma força militar moderna. "Aplicar corretamente métodos consagrados de planejamento, análise e gerenciamento de sistemas e projetos militares fará toda a diferença para o futuro da Força Aérea, tendo em vista que os novos sistemas d’armas são cada vez mais complexos e exigem capacitação adequada por parte do operador", detalhou o Major Flaminio

“Para mim, o curso proporcionou ferramentas para a concepção, gerenciamento, análise e avaliação de sistemas diversos com foco na área de Comando e Controle e sistemas d'armas. Agora, espero poder contribuir para os novos sistemas operados pela FAB, como o F-39 Gripen e KC-390”, completou o Major Flaminio.

 

PORTAL TERRA


Segurança dos jatos Gripen F-39 E/F motiva contrato do Instituto de Aeronáutica e Espaço do Brasil com a Kryptus

Projeto permitirá que o Brasil avance no desenvolvimento do primeiro aviônico de IFF com tecnologia 100% nacional

Da Redação | Publicada em 28/05/2020 14:51

Prioridade número um do Comando da Aeronáutica Brasileira (Comaer) para desenvolvimento tecnológico, a Fase 2 do Programa Soberano do sistema IFF brasileiro entrou em execução contratual no último dia 28 de abril de 2020, quando a Kryptus recebeu a ordem de serviços emitida pela Fundação Casimiro Montenegro Filho.

O programa, que deverá ser executado em 24 meses, resultará em todos os componentes necessários (terrestres e aeroembarcados) para o Brasil ter seu sistema soberano de IFF - do inglês Identification Friend or Foe, ou Identificação de Amigo ou Inimigo. Os produtos serão utilizados no Programa F-X2, responsável pelo desenvolvimento e aquisição de 36 caças F-39 Gripen E / F para a Força Aérea Brasileira (FAB). 

Uso do sistema IFF

Nas últimas décadas, o avanço dos sistemas de armas, principalmente em torno da missilística, mudou o paradigma de identificação de plataformas (aeronave, navios, carros de combate) de visual e baseado em assinaturas, para um sistema ativo, baseado em criptografia. Essa evolução foi necessária para se automatizar a resolução de alvos, evitando fogo amigo. Ao mesmo tempo, era essencial alavancar os avanços, como os sistemas de armas BVR, do inglês Beyond Visual Range, ou além do alcance visual. 

"Em conflitos, é fundamental que o subsistema criptográfico do IFF seja de domínio nacional, já que a subversão deste componente crítico pode permitir, por exemplo, que aviões inimigos sejam identificados como amigos em um ataque aéreo, penetrando profundamente nas linhas de Defesa", comenta Roberto Gallo, diretor geral da Kryptus, empresa estratégica de Defesa.

Atualmente, poucos países possuem tecnologia de IFF própria, dentre eles, alguns  integrantes da OTAN, como China, Rússia e África do Sul. "Em particular na OTAN, a entidade responsável pela geração de chaves criptográficas nas operações é a NSA, dado o nível de criticidade da aplicação. No Brasil, por força de Lei, a criptografia empregada deve ser nacional, e a entidade que fará a gestão das chaves será o próprio COMAER", adiciona Gallo.

O Major Aviador  Guilherme Moreira, gerente de projetos no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), comenta que "este projeto visa atender uma demanda genuína da FAB e lançou o IAE numa importante jornada rumo ao desenvolvimento do primeiro aviônico de IFF com tecnologia 100% nacional. Contamos com a Kryptus como parceira e pretendemos entregar o estado da arte em termos de classificação segura para o emprego nas Forças Armadas. É um passo imprescindível rumo a uma interoperabilidade harmônica entre as Forças". 

OUTRAS MÍDIAS


RÁDIO CULTURA FOZ- Grupo Especial de Inspeção em Voo da FAB faz operação em Foz do Iguaçu

Avião da FAB realiza inspeção e calibração de sistemas em aeroportos brasileiros

Dante Quadra | Publicada em 28/05/2020 10:40

O espaço aéreo de Foz do Iguaçu será inspecionado a partir desta quinta-feira (28) pelo avião do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), da Força Aérea Brasileira. O avião realiza voos baixos em aeroportos, enquanto realiza inspeção e calibração de diversos sistemas, incluindo o sistema de pouso por instrumentos – ILS.

A aeronave-laboratório tem a missão de verificar diversos parâmetros do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) para proporcionar a todas as aeronaves a operação segura em todas as fases do voo, principalmente sob condições meteorológicas adversas.

Planejamento

Mesmo com a queda dos movimentos aéreos registrados no Brasil, em consequência das restrições impostas pela COVID-19, o Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) da Força Aérea Brasileira, responsável pela aferição dos auxílios à navegação aérea em todo o país, continua desempenhando suas atividades, quase que na totalidade. O objetivo é permitir que todas as aeronaves que cruzam os céus do Brasil se movimentem com segurança.

“Com a diminuição do efetivo, houve um decréscimo nas atividades de solo, mas o GEIV foi pouco impactado pela natureza da missão, que não pode parar. Nosso aproveitamento é de 90%, com pouco ou nenhum prejuízo”, descreveu o Comandante do GEIV, Tenente-Coronel Aviador José Evânio Guedes Júnior.

A operação de aeronaves em qualquer trajetória de voo dentro da cobertura de auxílios à navegação, ou dentro dos limites das possibilidades dos equipamentos autônomos, ou a combinação de ambos (PCA 351-3) é a definição do que é a navegação aérea, essência do trabalho desenvolvido pelo GEIV.Clique aqui para baixar a imagem original

Para não haver impacto, nem prejuízo em quaisquer atividades fundamentais neste momento extraordinário, foi feito um planejamento levando em consideração tanto a necessidade de isolamento social, com a consequente diminuição do efetivo em sede, quanto o cumprimento do calendário de inspeções programado para o ano.

Calendário e medidas de proteção

Clique aqui para baixar a imagem originalPara atender ao calendário, a elaboração de escala foi dividida contemplando o revezamento de três grupos. De modo geral, as missões contam com quatro tripulantes, os dois pilotos, o mecânico de voo e o operador de sistema de inspeção em voo (OSIV).

A divisão de equipes levou em consideração a segurança como principal fator. A orientação do Comandante aos tripulantes é a utilização de máscara, inclusive a bordo, em todo o território nacional, independente dos decretos regionais. O pernoite, quando houver, restringe-se à impossibilidade de regresso à sede. Outro cuidado indispensável é a completa higienização da aeronave após cada voo.

Diário de bordo

PaClique aqui para baixar a imagem originalra o piloto inspetor Capitão Aviador Gabriel Brandello de Oliveira Haguenauer Moura, o cumprimento das inspeções em tempos de pandemia exige atenção redobrada, da fase de planejamento, logística até a previsão de término. “Independente de fatores externos, os auxílios precisam ser inspecionados para que o funcionamento dos aeroportos seja mantido em sua normalidade”, destacou.

Quando são acionados, os pilotos fazem uma análise do local de pernoite e verificam se haverá disponibilidade de hotel e como será o deslocamento na cidade. Em sua missão mais recente, a integração de um radar em São Luís, no Maranhão, foi um bom exemplo de como o planejamento exige coordenação e comunicação.

A decolagem do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, no dia 5 de maio, coincidiu com a data em que teve início o bloqueio total (lockdown) em quatro municípios da Região Metropolitana de São Luís (MA).

Clique aqui para baixar a imagem originalCom os bloqueios, qualquer deslocamento considerado não essencial foi proibido. Dessa forma, a tripulação teve de ser apoiada pelo Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de São Luís (DTCEA-SL), organização militar subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

“Nossa rotina está sendo a realização da inspeção, a ida para o hotel, o retorno para a aeronave, e o prosseguimento das atividades, com todos os cuidados necessários, como a higienização da aeronave e o uso de máscaras de proteção, de modo que consigamos cumprir a missão e manter as orientações para evitar o contato e o contágio”, descreveu o Capitão Brandello.

A missão de integração radar teve a duração de dois dias e foi finalizada no dia 7 de maio, com sucesso. “O trabalho que o GEIV realiza é fundamental para o Brasil, a inspeção em voo permite que as companhias aéreas, a aviação geral e militar continuem realizando suas atividades, principalmente no momento em que vivemos. Nosso objetivo é sempre realizar o previsto com o menor impacto possível”, finalizou o Capitão Brandello.