Assim como em todo mundo, a pandemia de coronavírus foi o principal assunto do ano em Goiás. O estado teve seus primeiros casos confirmados em março, mas atraiu os holofotes para a Covid-19 ainda no mês anterior. A Base Aérea de Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi escolhida para receber os brasileiros repatriados de Whuan, na China, epicentro do surto naquela ocasião.

Esses e outros fatos estão nesta retrospectiva feita pelo G1 sobre as consequências em Goiás da pandemia. Mês a mês, um resumo do que aconteceu de mais importante sobre o assunto no estado.

Em meio às mortes - atualmente mais de 6,7 mil - de famosos e anônimos, fechamento do comércio, medidas de isolamento e cancelamentos de grandes eventos, a pandemia impôs mudanças. O setor artístico, por exemplo, inovou e passou a realizar "lives", que são shows transmitidos ao vivo pela internet, gerando milhões de visualizações.

Fevereiro

No início de fevereiro, quando o coronavírus já causava medo e incertezas, um apelo de brasileiros residentes em Wuhan - epicentro do surto - fez com que o governo federal anunciasse uma operação para trazê-los de volta ao Brasil. No dia 4, a Base Aérea de Anápolis foi escolhida para recebê-los para um isolamento de 18 dias.

O local foi preparado exclusivamente para receber o grupo, composto por 34 passageiros e 24 integrantes da equipe de apoio. Os dois aviões vindos da China pousaram em Anápolis no dia 9 de fevereiro. No período em que estiveram no complexo, nenhum deles testou positivo.

No dia 27, o Ministério da Saúde informou que investigava três casos suspeitos no estado.

O Diário Oficial da União publicou, na quinta-feira (24), decreto que confirma a criação da empresa NAV Brasil, para assumir atribuições relacionadas à navegação aérea, atualmente a cargo da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O Congresso autorizou a criação da empresa ao aprovar o projeto de lei de conversão (PLV 4/2019), oriundo da Medida Provisória  866/2018.

Esta é a primeira empresa pública criada na gestão de Jair Bolsonaro. Segundo o governo, a intenção é diminuir o prejuízo da Infraero, que perdeu receita após a privatização de aeroportos rentáveis, e concentrar na nova empresa os serviços que não serão privatizados. A nova estatal incorpora todos os ativos e passivos relacionados à navegação aérea hoje concentrados na Infraero. A lei que permitiu a criação da NAV Brasil (Lei 13.903, de 2019) foi publicada em novembro do ano passado.

Inicialmente, serão transferidos para a NAV Brasil os empregados da Infraero ligados à navegação aérea, que incluem serviços como telecomunicações, estações de rádio, torres de controle e medição meteorológica. A lei prevê que a NAV Brasil poderá contratar em regime celetista, mas com seleção por concurso público. Também inclui os serviços de navegação aérea entre os serviços considerados essenciais para efeitos da lei que regula a greve (Lei 7.783, de 1989). Essa lei prevê restrições de paralisação nesses casos.

A empresa será subordinada ao Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica, e, por decreto, o Executivo poderá transformar a empresa em sociedade de economia mista. A Força Aérea continuará responsável pela área de infraestrutura de navegação vinculada à defesa e soberania nacionais.

Segundo a lei, a nova empresa, em razão de suas atribuições e da estrutura integrada do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, atuará de forma complementar à manutenção da soberania sobre o espaço aéreo brasileiro.

Tramitação

Editada no final do governo Michel Temer, a MP 866/2018 chegou a ser revogada pela MP 883. A primeira proposta estava trancando a pauta de votações, e a suspensão da tramitação foi necessária para a votação de outra medida, a MP 870/2019, da reforma administrativa. Como a MP 883 perdeu eficácia por não ter sido analisada no prazo de 120 dias de sua edição, a MP original voltou a valer até ser confirmada pelo Congresso. A MP da NAV foi relatada por senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Brasília (DF), 29/12/2020 – Em 2020, ações interministeriais da Defesa e da Saúde alcançaram os brasileiros que moram em locais distantes dos centros urbanos. Foram realizadas 19 missões, sendo 16 voltadas aos povos indígenas. Essas, ocorreram de maio a dezembro em estados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste do País. Além disso, foram transportadas mais de 54,5 toneladas de insumos de saúde no apoio a essas populações.

Ao todo, 401 profissionais de saúde de diferentes estados brasileiros participaram das operações e realizaram mais de 63 mil atendimentos. As equipes foram compostas por clínicos gerais, cardiologistas, ginecologistas, pediatras, infectologistas, enfermeiros, técnicos em enfermagem, veterinários, entre outros.

As ações ocorreram no Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Roraima, Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As principais etnias abrangidas foram yanomami, kanamarí, macuxi, tiryós, xavante, karajás, terenas, guajajara, kaxinauás, kayapó, wai-wai e ticunas.

As missões contaram com extenso apoio logístico, pois envolveu militares de Norte a Sul do Brasil, bem como transporte aéreo, naval e terrestre para deslocá-los até as aldeias de difícil acesso. O Tenente Enfermeiro Albino Gelsdorf Júnior viajou mais de 3 mil quilômetros para chegar às comunidades indígenas. Integrante da equipe oriunda de Canoas, no Rio Grande do Sul, o militar da Força Aérea, serviu na Missão Alto Solimões, a última do ano, que ocorreu de 7 a 14 de dezembro, em aldeias dos arredores de Tabatinga, no Amazonas.

Ele diz que a vivência nas aldeias foi marcante. “Poder levar cuidado junto com as especialidades médicas a brasileiros que estão tão distantes foi uma experiência incrível e muito importante para mim”, assegurou.

A Tenente Enfermeira Camila Reis, da Marinha, participou da missão Guamá Tocantins, de 23 e 30 de novembro, nas aldeias do noroeste do Pará. Para ela, servir em ações como essa é fundamental para quem trabalha com saúde. “É uma experiência única na nossa vida, recebemos a cultura e o conhecimento dos nossos povos originários. Trazer um pouco de saúde e prevenção é muito satisfatório”, sintetizou.

A Major Médica Silvana Cavalcante, que serve no Exército, falou com entusiasmo das missões indígenas. Ela participou da Missão Guamá-Tocantins. “É uma experiência extremamente enriquecedora. Todo o médico recém formado tinha que ter uma vivência como essa”, considerou.

Todas as comunidades indígenas atendidas no contexto da Covid-19 foram selecionadas pelo Ministério da Saúde.

Primeira missão
A primeira missão indígena de 2020 no contexto da Operação Covid-19 de mitigação aos efeitos do novo coronavírus foi em maio. Nessa ação, dez profissionais de saúde do Hospital Militar de Área de Brasília seguiram para dois hospitais militares conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) de São Gabriel da Cachoeira, município do extremo oeste do Amazonas. Na ocasião, além dos profissionais de saúde, foram transportados aparelhos para apoio aos tratamentos e equipamentos de proteção individual (EPIs), disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

Com o objetivo de atender quem precisa, diversas Organizações Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) realizaram ações sociais alusivas ao Natal. Crianças, atendidas por entidades, receberam donativos que auxiliaram na data festiva, bem como, participaram de momentos especiais, como apresentações culturais. As campanhas de arrecadação contaram, também, com o envolvimento dos militares, prestando sua solidariedade e apoio. 

EPCAR proporciona natal inédito às crianças do CAIB

O Centro de Acolhimento Institucional de Barbacena (CAIB) possui como entidade mantenedora a Prefeitura Municipal e é responsável pelo acolhimento de jovens e crianças para que sejam garantidos os direitos constitucionais e mais àqueles que não são descritos no papel, como amor, carinho, entre outros. Dentro desta intenção, a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), através de uma ação promovida pela Seção de Comunicação Social e pela Banda de Música, promoveram no dia 22 de dezembro, um Concerto de Natal. Todas as orientações das autoridades sanitárias, acerca da pandemia, foram cumpridas.

A Banda de Música da EPCAR preparou canções natalinas que foram apresentadas para as crianças, além de breves momentos de interação entre os músicos e os presentes. “Deus nos deu um dom. Temos o privilégio de trabalhar com este dom e, diariamente, fazermos o que amamos. Levar a música, a alegria e marcar a vida destas crianças é um grande presente para nós também. Agradeço à Força Aérea por mais este presente,” comentou o Tenente Músico Jadir das Chagas Junior.

Por mais que os discursos acerca da época natalina sempre se voltem para um momento mais sentimental, com demonstrações de afeto, carinho e amor ao próximo, numa circunstância como esta é impossível não pensar em eternizar também com presentes materiais. Assim aconteceu a entrega de mais de 400 brinquedos, arrecadados por meio da servidora civil Eliane Loschi da Silva, que é pedagoga no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, campus de Barbacena.

PAMA SP realiza Campanha Solidária de Natal

Entre os dias 23 de novembro e 14 de dezembro, o Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA SP) realizou a sua quarta campanha solidária, com o objetivo de ajudar as pessoas que sofrem com os impactos causados pela pandemia do novo Coronavírus. Durante o período da campanha foram arrecadados 200 quilos de roupas; 200 quilos de alimentos e produtos de higiene e limpeza e 400 brinquedos. Nessa campanha três comunidades carentes foram beneficiadas com as doações.

O Diretor do PAMA SP, Coronel Aviador Marcos Dias Marschall, destacou a importância da ação. “Passamos por menos de um mês de arrecadação e para este Natal conseguimos levar muita alegria e alguns donativos a essas Comunidades. O PAMA SP está presente e cumpre importante ação social, graças a todos os colaboradores que contribuíram para mais este marcante ato de solidariedade”, completou.

Os militares realizaram a entrega das doações nos dias 17 e 21 de dezembro. As Comunidades beneficiadas nessa campanha foram: Aldeia Indígena Tekôa Pyau, localizada no Pico do Jaraguá; Comunidade Última Esperança, localizada no bairro Armênia; e Comunidade do Guga, localizada no bairro Penha. Foram tomados todos os cuidados e as orientações do Ministério da Saúde relacionadas à prevenção da COVID-19.

GUARNAE-AN realiza Campanha Natal Voluntário

Nos dias 22 e 23 de dezembro, na cidade de Anápolis (GO), militares da Ala 2 realizaram a distribuição dos alimentos arrecadados da campanha “Natal Voluntário” do Programa “Pátria Voluntária”. No total, foram arrecadados mais de uma tonelada em alimentos nos postos de arrecadação na Guarnição de Aeronáutica de Anápolis (GUARNAE-AN), incluindo 36 cestas básicas e diversos alimentados utilizados para a ceia de Natal das instituições.

As instituições Asilo São Vicente de Paulo, Associação Missionária Esperança e Missão Vida receberam as doações da campanha. A Chefe do Serviço Social do Grupamento de Apoio de Anápolis, Tenente Assistente Social Alessandra Dias Peixoto, exaltou o envolvimento do efetivo na campanha. “O engajamento do efetivo da GUARNAE-AN nas doações ajudou sobremaneira no sucesso da campanha. Isso fez com que tanto a coleta quanto as entregas das doações fossem realizadas com muito entusiasmo, por atender instituições que realizam com excelência o acolhimento dos que necessitam”, disse.

GUARNAE-CG promove Natal Solidário

A Guarnição de Aeronáutica de Campo Grande (GUARNAE-CG), por meio da Assessoria de Comunicação Social da Ala 5, promoveu nesse final de ano a Campanha “Natal Solidário” visando atender ao Asilo São João Bosco. Na Campanha, foram arrecadados 120 “kits”, compostos de um panetone e um pacote de fralda geriátrica. Além das doações, a Banda de Música da Ala 5 fez uma apresentação especial, em vídeo, para os idosos.

O Asilo São João Bosco tem por missão promover, resgatar, restaurar e defender a dignidade de seus assistidos, através de um serviço que considere a pessoa idosa em todas as suas dimensões biológica, psicológica, social e espiritual, oferecendo aos idosos em estado de vulnerabilidade diversos serviços como nutricionista, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, pedagogia e atividades lúdicas em regime integral, de acordo com suas necessidades priorizando sempre que possível, o vínculo familiar e a integração com a comunidade. 

O Asilo atende hoje 80 idosos em regime de internato e de acordo com a Superintendente Executiva da Instituição, Cléo Shamah, a ajuda chega em excelente momento. “Com o advento da pandemia as doações diminuiriam e as necessidades materiais para atendimento aos idosos aumentaram muito. É com grande alegria e com sentimento de gratidão que recebemos essas doações da Força Aérea e a apresentação da Banda de Música mesmo em vídeo trouxe alento e alegria a todos, disse ela.