INSTRUÇÃO
Cadetes participam de Instrução de Salto de Emergência na AFA
A Academia da Força Aérea (AFA), sediada em Pirassununga (SP), realizou, de 13 a 25/03, a Instrução de Salto de Emergência (ISE) para os cadetes do primeiro ano dos Cursos de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria. A atividade, prevista no currículo da AFA e obrigatória para todos os cadetes, consiste no preparo para que o militar possa realizar com segurança o abandono de uma aeronave militar em voo, utilizando o paraquedas militar.
Toda preparação e salto são conduzidos por militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) da Força Aérea Brasileira (FAB), o PARASAR, como é popularmente conhecido, e pelos militares paraquedistas da AFA. Para isso, toda a coordenação é realizada pela Seção de Instrução Militar do Corpo de Cadetes da Aeronáutica (CCAER).
Para que tudo transcorra dentro dos mais rígidos padrões de segurança, a preparação ocorre durante uma semana inteira antes do salto, com exercícios de massificação dos procedimentos dentro e fora da aeronave, durante o salto e na aterragem, tudo isso ainda em solo. Após a conclusão deste treinamento, os cadetes realizam o salto em voo a partir de uma aeronave C-105 Amazonas, oriunda do Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1º/15º GAV) - Esquadrão Onça.
“A atividade de Salto de Emergência, além de marcar o início da jornada do Cadete da Aeronáutica, é uma oportunidade para que exercite, na prática, um dos atributos mais nobres do nosso Código de Honra: Coragem. Nós, Oficiais do Comando, ao podermos participar com eles deste feito, saltando junto com a turma, além de encorajá-los para superarem o medo, testemunhamos mais uma vitória da Turma Athos”, explicou o Capitão de Infantaria Raphael de Almeida Leitão, que saltou com os Cadetes.
O Cadete Aviador Kalil Lopes dos Santos, um dos primeiros participantes a realizar o treinamento e o salto, relatou sua desafiadora experiência. “Na semana de Instrução do Salto de Emergência, vivenciamos uma rotina intensa, com exercícios repetitivos, para que os procedimentos adotados na aeronave e durante o salto fiquem bem consolidados. Os instrutores do PARASAR são muito profissionais e os conhecimentos passados nunca serão esquecidos”, expressou.
A mesma vivência foi manifestada pela Cadete Aviadora Suzana Aparecida Vieira Cordeiro, que disse que a prioridade foi realizar os procedimentos ensinados sem deixar o nervosismo tomar conta. “Assim que abandonei a aeronave, me deparei com o abismo gigante da paisagem da zona de lançamento. Não demorou quatro segundos para que o paraquedas estivesse completamente aberto e uma paz inexplicável me dominasse. Saltar, em pleno voo de uma aeronave militar, junto com meus companheiros de turma, foi uma experiência que não poderia encontrar em nenhum outro lugar senão na Academia da Força Aérea”, concluiu.
Fotos: Soldado Adher e Soldado H. Pereira / CCAER