O câncer, termo genérico que engloba mais de 100 tipos diferentes de doenças, é atualmente a segunda maior causa de mortes no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a expectativa é que até 2030 o câncer se torne a principal causa de morte no país. O Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado em 27 de novembro, foi instituído em 1988 pela portaria MS/GM nº 707/1988 com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença, seus fatores de risco, formas de prevenção e tratamento.

Em 2024, o tema escolhido para marcar a data é o Câncer Hereditário, que representa de 5% a 10% dos casos totais de câncer. O Câncer Hereditário ocorre quando o indivíduo nasce com alterações genéticas que aumentam significativamente o risco de desenvolver tumores e essas mutações são transmitidas de geração em geração. Um caso notório de repercussão internacional é o da atriz Angelina Jolie, que optou por realizar cirurgias preventivas após identificar, por meio de exames genéticos, mutações que elevavam seu risco de desenvolver câncer de mama e ovário. Entre os tipos de câncer hereditário mais comuns estão o de mama, ovário, intestino e próstata, todos causados por mutações genéticas específicas.

A prevenção do Câncer Hereditário exige uma combinação de estratégias, envolvendo avaliação de risco, análise do histórico familiar, testes genéticos, vigilância intensiva, uso de medicamentos e cirurgias profiláticas. Além dessas medidas específicas, práticas de vida saudáveis são recomendadas, como não fumar, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, adotar uma alimentação balanceada, manter a prática regular de exercícios físicos, evitar alimentos ultraprocessados, controlar o peso corporal e limitar a exposição prolongada ao sol.

Estudos mostram que, embora a predisposição genética exerça um papel importante no risco de câncer, a adoção de hábitos saudáveis pode ter um impacto positivo na redução desse risco, reforçando a importância de ações de conscientização e educação para toda a sociedade.

Foto: Cecomsaer