NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


DEFESATV


Caça Gripen NG Chegando: A Esperança do Novo Poder Aéreo


Felipe Moretti | Publicada em 14/09/2020 19:30

No final dos anos 90, a Força Aérea Brasileira (FAB) ansiava pelo reaparelhamento de alguns dispositivos aéreos muito próximos do encerramento do ciclo operacional na próxima década.

Notavelmente, em julho de 2000, foi aprovado o Programa de Fortalecimento do Controle do Espaço Aéreo brasileiro que previa um investimento na casa dos US$ 3,3 bilhões entre 2000 a 2007.

Dentre os tópicos de financiamento do Programa sublinhava um projeto que substituiria as aeronaves Mirage e F-5, da década de 1970, e o AMX, dos anos 1990, o Projeto FX de US$ 700 milhões.

Os oficias da FAB sabiam que o próximo século exigiria um caça de superioridade aérea capaz de se adaptar a diferentes climas, regiões e missões conforme o momento do cenário nacional na economia e os desafios do contexto internacional frente às relações diplomáticas e econômicas.

Entretanto, o projeto FX era limitado no tocante à tecnologia industrial e ao financiamento, exatamente por esses fatores que em 2007 o projeto acelerou com novas imposições, conferindo maior investimento na ordem inicial de US$ 2,2 bilhões e, principalmente, a transferência de tecnologia do equipamento contratado, dando origem ao Projeto FX-2.

Assim, em 18 de dezembro de 2013, foi definido o caça de quarta geração Gripen NG da empresa sueca Saab como o vencedor da longa e disputada concorrência contra o Francês Dassault Rafale, que pesou no preço orçado em US$ 8 bilhões, e o norte-americano Boeing F/A-18 que, segundo especialistas, tornou-se inviável após o escândalo de espionagem dos EUA e a dificultosa transferência de tecnologia.

Em 2014, a Saab assinou um contrato com o governo brasileiro para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F.

Em setembro de 2019, a primeira aeronave brasileira Gripen E foi entregue em Linköping, na Suécia, para iniciar o programa de ensaios em voo, e contou com a participação do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez.

Este evento marcou o início da fase de ensaios em voo do F-39 Gripen brasileiro. As etapas iniciais da produção estrutural do Gripen NG no Brasil, o cone da cauda e a fuselagem dianteira do Gripen E, a versão monoposto, são as primeiras aeroestruturas fabricadas em São Bernardo do Campo, em SP.

Os ensaios de voo do Gripen foram outorgados, a produção em escala no Brasil agraciada, e a aeronave pilotada pela primeira vez por um brasileiro, Major Aviador Cristiano de Oliveira Peres, no dia 20 de agosto, resta definitivamente a entrega do F-39 Gripen E em solo brasileiro, ou melhor, em ares brasileiros.

A DefesaTV anunciou recentemente o trânsito marítimo do Gripen brasileiro pelo oceano Atlântico acoplado no navio Elke de bandeira Antígua e Barbuda, uma nação do Caribe.

Conforme a última posição destacada pelo MarineTraffic, o navio encontrava-se nas águas a oeste do Continente Africano, especificamente entre a Mauritânia e Senegal, rumo ao Porto de Itajaí, em Santa Catarina, sob velocidade de 24 Km/H e previsão de chegada em 20 de setembro, mas situações diversas de mar e embarcação podem variar o prazo estimado.

A saga do Gripen E brasileiro trouxe muitas esperanças à FAB em manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional frente às ameaças potenciais do novo cenário internacional.

Com o Gripen NG instituído, programado para ocorrer em 2021,  o poder aéreo brasileiro visará a defesa dos 22.000.000 Km² de território que compreende a Dimensão 22 na busca em salvaguardar assim os interesses da nação.

Antes que isso aconteça, ao passo que o primeiro caça Gripen “pousar” em solo brasileiro, o trabalho da FAB será intenso na certificação completa do dispositivo que será submetido a diversos ensaios de voo em Gavião Peixoto (SP), e nos diferentes climas e situações reais de combate no Brasil.

Segundo a própria FAB na revista Aerovisão de 2018, a Ala 2, em Anápolis (GO), subordinada ao Comando de Preparo (COMPREP), é uma das unidades que passou pelo processo de Reestruturação e será a sede da moderna aeronave Gripen NG.

A implementação quanto a doutrina é de responsabilidade do Grupo FOX sediado no COMPREP, um grupamento criado em 2016 e composto por seis militares da aviação de caça experientes em voar as aeronaves F-5, Mirage e A-1.

A transferência de tecnologia do Gripen fomentará o setor industrial aeroespacial brasileiro, e o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen da Saab em Gavião Peixoto, a partir de 2021, será a gênese do processo de construção.

Segundo a tenente Jussara Peccini, da Agência Força Aérea, quando o Centro do Gripen estiver em pleno funcionamento, cerca de 300 engenheiros e técnicos estarão trabalhando no desenvolvimento da aeronave.

Das 36 unidades adquiridas pelo Brasil, 23 serão produzidas pela Embraer, sendo 15 totalmente fabricadas no país, entre elas a versão E, monoposto, e F, biposto, com a previsão já conformada de entrega de todas as unidades para até 2024.

Só em 2017, a FAB interceptou cerca de 12 aeronaves por mês. Em junho deste ano, durante a operação Ostium, dois A-29 Super Tucano forçaram uma pequena aeronave do narcotráfico a pousar com 450 Kg de drogas à bordo.

Em agosto, duas aeronaves contendo ao todo 1.005 Kg de drogas também foram acompanhadas e interceptadas por nada mais e nada menos que quatro Super Tucanos.

Essas ações ímpares e fundamentais no controle do espaço aéreo e do combate ao contrabando e ao tráfico internacional de drogas evidenciam a inclusão e operacionalização do caça inteligente multimissão F-39 Gripen no real cenário brasileiro para readequar e expandir o poder aéreo.

PORTAL AEROFLAP


Esquadrão Pelicano e PARA-SAR realizam treinamento de resgate na água


André Magalhães | Publicada em 14/09/2020

O Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico atua em uma área de 22 milhões de Km², grande parte sobre o Oceano Atlântico e sobre os rios da Amazônia. Com o objetivo de treinar a pronta-resposta em casos de acionamento para resgate em meio aquático, o Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), sediados na Ala 5 – Base Aérea de Campo Grande (MS), realizam, de forma conjunta, o Exercício Técnico (EXETEC) Içamento na Água. Sob a coordenação do Comando de Preparo (COMPREP), o adestramento ocorre, de 10 a 19 de setembro, na Base Aérea de Santos (BAST), no litoral paulista.

Visando identificar as potencialidades e as necessidades de aperfeiçoamento no preparo da Ação de Busca e Salvamento na água, o treinamento ocorre no Canal do Estuário de Santos-Guarujá, através de içamentos com equipamento guincho do helicóptero H-60L Black Hawk. Mais de 40 militares participam da instrução, contemplando pilotos, operadores de equipamentos especiais e homens de resgate, além dos militares que atuam como vítimas, possibilitando uma condição mais próxima do real. Além disso, apoiam as equipes do adestramento militares da Base Aérea de Santos (BAST) e do Grupamento de Apoio de São Paulo (GAP-SP).

Durante o Exercício, antes e depois das práticas de resgate, inclusive com uso de maca, são realizadas reuniões para aprimoramento do conhecimento. A Operadora de Equipamentos Especiais, Sargento Raphaela da Costa Rocha, faz lançamento de fumígenos (acessório de sinalização), opera o guincho e também é transportada como vítima. “A capacitação é essencial. O nosso preparo é para salvar vidas. Diversas vezes, somos a esperança de alguém e por isso o preparo é tão importante”, disse.

Adaptação

De acordo com o Chefe da Seção de Operações do 2°/10º GAV, Major Aviador Tiago Gomes de Sales, o Exercício Técnico Pelicano ocorre ao término do processo de implantação do novo vetor H-60L Black Hawk no Esquadrão. Segundo ele, é necessária a retomada das capacidades operacionais para a total prestação de serviço de Busca e Salvamento. “Uma destas capacidades é o resgate de vítimas em meio aquático por meio do içamento utilizando o guincho da aeronave. Essa operação tem o intuito de realizar a manutenção operacional dos tripulantes, buscando o adestramento necessário para uma operação segura e eficiente”, afirmou.

O Sargento Luigi Schacker, homem de resgate do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV), com dez anos de atuação na área, também participa do Exercício, mas como auxiliar na manutenção operacional dos resgateiros do Esquadrão Pelicano nos procedimentos de içamento na água. De acordo com o militar, após a unificação dos procedimentos, haverá um manual. “Um ponto importante deste treinamento é que, após a conclusão, será elaborado um manual de procedimentos padronizando as ações nos três Esquadrões da FAB que operam os helicópteros H-60L Black Hawk (5°/8° GAV, 7°/8° GAV e 2°/10° GAV)”, disse.

O acionamento para uma missão de Busca e Salvamento pode ocorrer de duas formas: via ordem emitida pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) ou em atendimento aos procedimentos previstos no Plano de Emergência Aeronáutica em Aeródromo (PEAA).

Preparativos

Antes do início do EXETEC Içamento na Água, o Comandante do Comando Aéreo Leste (III COMAR), Major-Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, acompanhado de comitiva, visitou as instalações da Base Aérea de Santos, com o objetivo de verificar os preparativos finais para a execução do adestramento.

Com Vídeo: FAB realiza despedida operacional de Oficial-General


André Magalhães | Publicada em 14/09/2020

Com 46 anos na Força Aérea Brasileira (FAB), o Tenente-Brigadeiro do Ar José Magno Resende de Araujo despediu-se, nesta sexta-feira (11), do serviço ativo. A cerimônia de despedida operacional foi realizada na Ala 2 – Base Aérea de Anápolis (GO), e contou com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez.

Estiveram presentes, também, integrantes do Alto-Comando da Aeronáutica; Oficiais-Generais; o Comandante da Ala 2, Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez; além de Comandantes das Organizações Militares da Guarnição de Aeronáutica de Anápolis (GUARNAE-AN). 

Antes da cerimônia em solo, em aproveitamento a um voo de treinamento de interceptação com um KC-390 Millennium, pertencente ao 1º Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT), e duas aeronaves F-5M, uma do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), e outra do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Bermudez, que estava a bordo do KC-390 Millennium, enviou, por rádio, uma mensagem de agradecimento e sucesso ao Tenente-Brigadeiro Araujo.

O Comandante da Aeronáutica lembrou a bem-sucedida carreira do Oficial-General, resultado de muita dedicação. “O caráter singular dessa despedida, representa uma breve e importante homenagem que prestamos aos 46 anos de jornada vitoriosa na Força Aérea Brasileira”, disse.

O discurso de despedida do Oficial-General foi baseado no agradecimento a tudo que viveu na Instituição ao longo da carreira militar. “Ser agraciado com esse presente, de poder retornar à lida operacional, fazendo um voo na aeronave que há mais de 30 anos não voava, dessa vez modernizada, e poder interceptar e voar junto do KC-390, o avião mais moderno de transporte da Força Aérea, é uma emoção única. Estou muito feliz e honrado com essa homenagem prestada”, finaliza.

Na cerimônia de despedida, em gesto de reconhecimento e respeito, o Oficial-General recebeu, do Cadete Aviador Siro Augusto Alvin, para custódia definitiva, o espadim de Cadete da Aeronáutica, marco inicial da carreira. E recebeu, também, do Tenente-Coronel Aviador Vitor Hugo Tunala, que o acompanhou como assistente nos últimos dois anos da carreira, a insígnia de Tenente-Brigadeiro do Ar.

Currículo do Tenente-Brigadeiro Araujo

O Tenente-Brigadeiro do Ar José Magno Resende de Araujo é natural de Belo Horizonte (MG). Ingressou na Força Aérea Brasileira em 27 de fevereiro de 1974, foi declarado Aspirante a Oficial aviador em 10 de dezembro de 1980 e atingiu o atual posto em 31 de março de 2016.

Dentro os principais cargos que assumiu, cita-se: Comandante do Corpo de Alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR); Comandante do 1º/4º Grupo de Aviação (1º/4º GAV) – Esquadrão Pacau; Comandante da Base Aérea de Brasília (BABR); Adido Aeronáutico no Paraguai; Chefe da Assessoria Parlamentar e de Relações Institucionais do Comando da Aeronáutica (ASPAER); Comandante do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR); Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica (GABAER); Secretário de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica; e Comandante do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Possui 4.400 horas de voo, 27 condecorações nacionais e três condecorações estrangeiras.

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Cadetes da Academia da Força Aérea participam de Simpósio das Aviações e da Infantaria

O encontro, promovido pelo COMPREP, apresentou informações sobre o contexto atual das Aviações e da Infantaria da FAB

Tenente Letícia Faria E Major Monteiro | Publicada em 14/09/2020 10:20

Cadetes do Curso de Formação de Oficiais Aviadores e de Infantaria da Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), participaram na quarta-feira (9), do Simpósio das Aviações e da Infantaria 2020, promovido pelo Comando de Preparo (COMPREP). O objetivo foi proporcionar aos Cadetes do 4º e 3º Esquadrões, informações e conhecimentos sobre o contexto atual da Força Aérea Brasileira (FAB). 

O evento contou com a presença do Chefe da Subchefia de Segurança e Defesa do Comando de Preparo, Brigadeiro de Infantaria Marcelo Rosa Costa; do Comandante da Academia da Força Aérea, Brigadeiro do Ar Ramiro Kirsch Pinheiro; do Chefe da Divisão de Preparo Operacional do COMPREP, Coronel Aviador Ricardo Guerra Rezende; comitiva do COMPREP; além de Comandantes de Esquadrões e Chefes de Organizações Militares participantes do Simpósio. 

Oito aeronaves, pertencentes aos esquadrões da FAB, ficaram em exposição no pátio da AFA, para que os cadetes pudessem observar cada uma delas, bem como manter contato com os pilotos e tripulação. Estiveram presentes o Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus, com a nova aeronave multimissão da FAB, o KC-390 Millennium; o Primeiro Grupo de Defesa (1º GDA) – Esquadrão Jaguar, com o F-5M; o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV) – Esquadrão Guardião, com o E-99; o Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAV) – Esquadrão Flecha, com o A-29; o Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1º/9º GAV) – Esquadrão Arara, com o C-105 Amazonas; o Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAV) – Esquadrão Puma, com o H-36; o Primeiro Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (1º/6º GAV) - Esquadrão Carcará, com o R-35A Learjet; e o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano, com a aeronave H-60L Black Hawk.

A FAB conta, atualmente, com as Aviações de Caça, Transporte, Asas Rotativas e IVR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento). O cadete define em qual aviação deseja atuar somente ao final do curso, de acordo com sua classificação e habilidades. Após esta etapa de formação, segue para a Ala 10 - Base Aérea de Natal, localizada em Parnamirim (RN), para o Curso do Programa de Especialização Operacional (PESOP). Na Infantaria, os futuros militares atuarão nas áreas de Segurança e Defesa, Defesa Antiaérea e Operações Especiais.

Para o Comandante da AFA, Brigadeiro do Ar Ramiro Kirsch Pinheiro, o simpósio proporciona, aos cadetes, a realidade da Força Aérea. "A mensagem que os Comandantes e Oficiais das Unidades Aéreas do COMPREP trouxeram foi de que o Oficial necessita ter profissionalismo, comprometimento e que as Unidades são fecundas em oportunidades profissionais", destaca o Oficial-General.

O Chefe da Divisão de Preparo Operacional do COMPREP, Coronel Aviador Ricardo Guerra Rezende, lembrou que o simpósio foi idealizado pelo Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, por considerar que no Ninho das Águias, a AFA, estão os futuros líderes da FAB.

"Serão aqueles que irão conduzir nossas aeronaves por todo território nacional, fazendo a defesa do nosso espaço aéreo e integrando todas as regiões do País. Por isso, resolvemos fazer este simpósio e tivemos a oportunidade de mostrar o futuro que os aguarda nas nossas Unidades Aéreas operacionais, além de reforçar os valores que esperamos dos futuros Oficiais da FAB", explicou.

O Simpósio foi importante para esclarecer aos cadetes detalhes referentes a cada Aviação e atuação no Quadro da Infantaria. O Cadete de Infantaria João Pedro Pinheiro, do 4º ano, comentou sobre a importância da participação no simpósio. “É um momento interessante, por poder vislumbrar a área que quero seguir, entender como atua o militar de Infantaria e a partir disso traçar plano de carreira para seguir meu futuro”, comenta.

Para o Cadete Aviador Ayrton de Figueiredo Miranda, do 4º ano, que está próximo da conclusão do curso, essa foi uma oportunidade de conhecer mais a estrutura operacional da Instituição. "Conseguimos ver um pouco do trabalho de alguns Esquadrões da Força Aérea e assim perceber os detalhes operacionais que vamos viver no futuro bem próximo", salienta. 

Já o Cadete Aviador Samuel de Almeida Andrade enfatizou a satisfação de ter a oportunidade de obter mais conhecimentos. "Isso é o que estamos buscando desde nosso ingresso e do que sonhamos fazer parte, além de conversar com os pilotos, ouvir histórias", finaliza. 

No encontro, que ocorreu durante todo o dia, os cadetes foram orientados, ainda, sobre as missões que atuarão a bordo das aeronaves, as características de atuação dos Esquadrões, bem como as perspectivas para o futuro, progressão operacional e rotina das Organizações Militares (OMs).

OUTRAS MÍDIAS


MINISTÉRIO DA SAÚDE - Instituto Nacional de Cardiologia salva a vida de sete pacientes com transplantes durante a pandemia

INC, referência no Rio de Janeiro, já fez um total de 13 cirurgias este ano e é responsável por 90% dos transplantes cardíacos no estado

Bruna Bonelli | Publicada em 14/09/2020 10:39

Ao longo deste ano, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), do Ministério da Saúde, manteve o programa de transplantes e realizou até agora 13 cirurgias. Durante a pandemia, ocorreram cinco transplantes em adultos e dois em crianças. Para referência, em 2019, um total de 18 transplantes foram realizados no instituto. A diretriz do instituto está baseada na assistência a pacientes que já não tem mais a possibilidade de tratamento terapêutico. É uma questão emergencial.

Um dos casos foi o adolescente Matheus Guimarães, de 15 anos que passou por um retransplante em 17 de fevereiro, deste ano. Ele nasceu com uma doença cardíaca genética e chegou ao instituto com 11 anos de idade. Foi avaliado pelo médico Alexandre Cauduro, coordenador de transplantes de coração pediátrico da unidade. “A situação do Matheus era bem delicada e ele teve que entrar na fila de urgência”, explicou Cauduro. O primeiro coração doado apareceu em 2018, em Curitiba, e foi transportado pela Força Aérea Brasileira. Em no máximo quatro horas, após uma grande operação, o coração novo batia no peito do adolescente.

Mas a história ainda estava longe de um final feliz. Após dois anos, o novo coração apresentou uma periocardite -- uma inflamação na membrana que envolve e protege o coração –  levando o garoto a uma nova cirurgia. No hospital, ele teve uma parada cardíaca súbita e ficou por duas horas sendo reanimado pela equipe médica, até poder ser ligado a uma máquina chamada “ECMO”, que cumpre a função do órgão em bombear o sangue para o corpo.

Matheus foi ressuscitado com sucesso, sem sofrer nenhum déficit neurológico. O coração que ele precisava apareceu no segundo dia de internação. Após quatro meses de internação, o adolescente teve alta do hospital. De acordo com a mãe de Matheus, Elisangela Guimarães, o INC salvou a vida do filho. “Eu só tenho a agradecer à equipe do Dr. Alexandre, ao Instituto, pela assistência de qualidade, rapidez no atendimento prestado ao meu filho. Graças a Deus ele está bem, em casa e melhor a cada dia.”

O INC atua há mais de 40 anos no Rio de Janeiro no tratamento de alta complexidade em doenças cardíacas, e hoje é responsável por 90% dos transplantes de coração no estado. Os outros dois hospitais que realizam transplantes são particulares e juntos realizam 10% dos procedimentos.

Para o Dr. João Manoel Pedroso, diretor-geral do Instituto, o INC e o Estado do Rio de Janeiro estão em terceiro lugar em número de transplantes dentre os estados, principalmente pela dedicação e treinamento intenso da equipe e o posicionamento da atual gestão em aprimorar ainda mais este serviço nestes últimos dois anos. “Hoje, no Brasil, são realizados apenas 20% dos transplantes cardíacos necessários para a população e é muito importante o trabalhado contínuo de ampliação dos transplantes. No caso de transplantes de pulmão, são realizados apenas 6% da real necessidade dos pacientes”, disse. Neste ano, o Instituto foi credenciado como a primeira unidade do SUS no Rio de Janeiro para a realização de transplantes de pulmão.

A equipe de cirurgiões do hospital é composta por seis especialistas. O serviço de transplantes funciona 24 horas por dia, 365 dias do ano. Cada cirurgia envolve o trabalho conjunto e simultâneo de três médicos.

Os doadores são selecionados pelo Programa Estadual de Transplante (PET). O órgão é ofertado ao INC e um dos cirurgiões da equipe destacada visita o doador para fazer a avaliação e a captação do órgão. Enquanto isso, os outros dois preparam o paciente receptor que se encontra na unidade.

Os pacientes de transplante são atendidos por uma equipe multidisciplinar do Instituto, composta por terapeutas ocupacionais, psicólogos, psiquiatras, farmacêuticos clínicos e fisioterapeutas tanto antes como depois da cirurgia.

Até o final de 2020, o INC pretende ampliar o número de transplantes, superando o número das 18 cirurgias do ano passado. O INC está concluindo a fase de aquisição de equipamentos específicos para transplantes de pulmão e o ambulatório de transplante de pulmão já está atendendo os pacientes que estão na fila de espera.

JARUÁ EM TEMPO - Operação Gota é realizada em Tarauacá e imuniza mais de 500 pessoas em quatro comunidades rurais


Da Redação | Publicada em 14/09/2020

O município de Tarauacá recebeu no sábado, dia 12, a “Operação Gota”, uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde, Prefeitura de Tarauacá e a Força Aérea Brasileira (FAB). A partir desse esforço conjunto, foi possível realizar a vacinação de dezenas de famílias que vivem em quatro comunidades isoladas do município. Mais de 500 pessoas foram imunizadas.

De acordo o secretário municipal de Saúde, Raimundo Nonato (Déy) “a meta é garantir o envio de vacinas para áreas de difícil acesso, aonde só é possível a chegada de avião, helicóptero ou barco”, disse.

As comunidades de Tarauacá contempladas com a operação foram: Timorim, Ibuaçu, Ocidente e Cachoeira.