NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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PORTAL AEROFLAP


Conheça a atuação dos helicópteros AH-2, H-60 e H-36 da Força Aérea Brasileira na simulação de guerra irregular

As aeronaves realizam missões conjuntas, que já são rotina no Exercício Operacional Tápio 2020

Redação Defesatv | Publicada em 26/08/2020 14:00

As decolagens são diárias dos helicópteros AH-2 Sabre, H-60L Black Hawk e H-36 Caracal da Força Aérea Brasileira (FAB), para realizar missões conjuntas, que já são rotina no Exercício Operacional Tápio 2020.

Ao todo, são cerca de 10 surtidas por dia para missões que incluem Busca e Resgate em Combate (CSAR), Infiltração e Exfiltração. O exercício que teve início no dia 17 de agosto e acontece até 04 de setembro está sendo realizado na Ala 5 – Base Aérea de Campo Grande.

Todos os esquadrões operacionais de Asas Rotativas da Força Aérea Brasileira (FAB) estão participando do Exercício Operacional Tápio 2020, que é um dos principais treinamentos realizados pelo Comando de Preparo (COMPREP).

O objetivo é alinhar a doutrina e aperfeiçoar procedimentos das Ações de Força Aérea nos cenários similares aos encontrados nas missões de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), em que as tropas inimigas são países insurgentes, guerrilheiros ou paramilitares.

Nesse contexto, os helicópteros são empregados de forma furtiva, em conjunto com militares de Operações Especiais.

“As aeronaves de asas rotativas possuem a característica de poder voar o mais próximo do solo, utilizando a técnica de navegação entre obstáculos. Nesse caso, o terreno e os obstáculos são utilizados literalmente para se esconder do inimigo”, explica o Comandante do Esquadrão Harpia (7°/8° GAV), Tenente-Coronel Aviador Leonardo Ell Pereira.

No Exercício Operacional Tápio 2020, em voos de formatura, uma aeronave H-60L Black Hawk e uma aeronave H-36 Caracal decolam para realizar as missões de resgate, em conjunto com dois AH-2 Sabre, os quais possuem alta capacidade bélica, para realizar a missão de escolta. As quatro aeronaves se complementam para concluir uma tarefa comum.

O AH-2 Sabre possui características essencialmente ofensivas, com elevado poder de fogo e blindagem.

De acordo com o Oficial de Operações do Esquadrão Poti (2°/8° GAV), Major Aviador Carlos Vítor Palhão Machado, quando a aeronave atua em conjunto com outras que possuem características mais relacionadas ao resgate em combate, a importância reside em alinhar procedimentos doutrinários e buscar a sinergia das equipagens no cumprimento da missão.

As preparações, os briefings e os voos realizados na Tápio permitem que os Esquadrões avancem juntos no desenvolvimento doutrinário da FAB nas Ações de CSAR e Escolta com os AH-2.

“No caso do AH-2 Sabre, as tripulações treinam a proteção das aeronaves do pacote CSAR durante toda a rota e aplicam as TTP (Táticas, Técnicas e Procedimentos) treinadas em sede, consolidando a doutrina ou registrando os fatos observados para propor estudos e mudanças se necessário”, ressaltou o Major Vítor.

Já o H-60L Black Hawk é uma aeronave com a concepção voltada para realizar CSAR, infiltração e exfiltração.

“O H-60 possui características de voo e robustez bastante alinhadas com o tipo de missão encontrado na Tápio, o que dá uma segurança operacional bastante elevada para as tripulações”, explica o Tenente-Coronel Ell.

O H-36 Caracal possui emprego similar aos do H-60, pois, ambos são empregados primariamente como veículos de resgate pela FAB.

“O treinamento conjunto é importante para que os elementos possam operar de forma coordenada e eficiente, aproveitando as vantagens e cobrindo as desvantagens que cada um possa ter”, explica o Comandante do Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), Tenente-Coronel Aviador Délcio Claudio Santarém Junior.

Ele explica que participar do Exercício Operacional Tápio é determinante para a manutenção da capacitação operacional dos tripulantes.

“Os treinamentos fazem parte de uma das etapas da progressão operacional dos pilotos. Os pilotos adquirem habilidades como saber operar coordenadamente com os diversos elementos que podem cumprir uma missão de CSAR, como identificar, autenticar, prover suporte e resgatar os evasores em meio a possíveis ameaças”, complementa o Tenente-Coronel Santarém.

 

 

PORTAL DEFESANET


Aviação - ITA realiza ações de prevenção para os alunos contra a COVID-19

Todos os procedimentos foram realizados conforme recomendações da Diretoria de Saúde de Aeronáutica (DIRSA)

Publicada em 26/08/2020 10:50

Os 128 alunos do 1º ano do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) se apresentaram no dia 16 de agosto para iniciar o curso militar no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica (CPORAer), em São José dos Campos (SP).

Os meios para o transporte dos estudantes foram devidamente preparados, mantendo as regras de distanciamento social vigentes. Alguns optaram por realizar o trajeto até o Instituto por meios próprios.

Antes do embarque, os alunos passaram pela triagem pré-clínica que verificava a apresentação dos sintomas típicos da COVID-19. Ao desembarcarem em São José dos Campos, foi realizada a desinfecção de suas bagagens e pertences pessoais, passando, após, pela triagem clínica para a realização do teste sorológico do padrão ELISA. Três alunos que reportaram sintomas passaram pelo teste RT-PCR e foram prontamente isolados. Todos os procedimentos foram realizados conforme recomendações da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA).

No total, 21 alunos apresentaram alterações nos testes ELISA, sendo 13  positivos e 8 indeterminados. Com a detecção, foram submetidos ao período de isolamento padronizado pelo protocolo da DIRSA.

A Capitão Médica Rafaela Carolina Ferreira de Sousa Coelho, do Esquadrão de Saúde de São José dos Campos, explicou sobre os sinais da doença por meio de teste sanguíneo. “É sabido que a imunoglobulina (IGA), depois de exposição ao patógeno, demora, em média, sete dias para ter seu aparecimento na corrente sanguínea. Sendo assim, deduz-se que estas pessoas não se contaminaram no percurso de retorno ou no Campus do DCTA, pois no decorrer de algumas horas não há tempo hábil para este anticorpo se apresentar nos testes”, declarou .

Os estudantes detectados pelos testes permanecerão em isolamento pelo período mínimo de 14 dias, sendo acompanhados diariamente por equipe médica e psicológica. Todas as refeições serão realizadas no interior dos apartamentos.

Aqueles que passaram pelos exames e foram liberados, terão sua rotina mantida junto ao Curso de Preparação de Oficiais da Reserva e as aulas em ambiente virtual do ITA.

Como medida protetiva adicional, todos os estudantes permanecerão no interior do Campus do DCTA até novas orientações.

As aulas do CPORAer que possam migrar para o ambiente virtual serão ministradas desta forma. As instruções militares necessariamente presenciais, condição básica ao cumprimento da formação no curso de Oficial da Reserva da FAB e parte integrante da progressão acadêmica e militar dos alunos, serão realizadas com o atendimento aos protocolos previstos.

“O ITA e o CPORAer, com o apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), continuarão fazendo o acompanhamento contínuo dos estudantes, seguindo as orientações dos órgãos de saúde, as medidas protetivas e o apoio médico hospitalar necessário para a manutenção da segurança sanitária no interior do campus”, afirmou o Reitor do ITA, Professor Doutor Anderson Ribeiro Correia.

Volta às aulas

Integrando um conjunto de ações planejadas estrategicamente pelo Comitê de Risco e Combate ao Coronavírus do ITA, o Instituto definiu o retorno às aulas de parcela dos estudantes. Retornaram às aulas, no dia 16 de agosto, alunos do primeiro ano do curso de graduação em Engenharia, para as atividades inerentes ao Curso de Preparação de Oficial da Reserva da Aeronáutica. A retomada das atividades presenciais do primeiro ano tem o objetivo de garantir o cumprimento dos conteúdos curriculares não substituíveis pelo ensino on-line.

Indígenas de Mato Grosso do Sul recebem missão humanitária


Maristella Marszalek | Publicada em 26/08/2020 11:11

Em prosseguimento às ações conjuntas dos Ministérios da Defesa e da Saúde para o combate ao novo coronavírus junto às populações indígenas, teve início, no domingo (23), a Missão Miranda. O foco é reforçar os atendimentos de saúde e levar insumos médicos para aldeias localizadas no município de Miranda e em seu entorno, no Estado de Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste.

O Polo Base da Secretaria de Saúde Indígena de Miranda é responsável pelo atendimento à saúde de mais de 8 mil indígenas, em sua maioria da etnia Terena. A equipe de saúde das Forças Armadas, composta por médicos clínicos gerais, ginecologistas obstetras, infectologista, além de enfermeiros e técnicos de enfermagem, apoiará com atendimentos especializados durante toda a semana. Serão assistidas as aldeias de Moreira, Passarinho, Babaçu, Maraóxapá/Charqueado, Kinikinaw/Boa Esperança, Cachoeirinha, Lagoinha, Morrinho, Argola/Mãe-Terra e La Lima.

São 23 militares das Forças Armadas, oriundos de Organizações Militares de várias regiões do País. O Tenente do Exército Eldo de Brito Ferreira Chaves é médico do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Petrolina, Pernambuco. Para chegar na Base Aérea de Brasília, Ala 1, de onde partiu a missão, viajou para Recife, depois para Natal e, de lá, finalmente, para a capital federal.

A distância percorrida não desanimou o Oficial: “Acredito que será um grande desafio para todos nós, devido às particularidades, inclusive culturais, da população indígena. Já participei de Ações Cívico-Sociais em comunidades de baixa renda, mas, de missão humanitária dessa proporção, é a primeira vez. Uma grande oportunidade", avaliou.

A Tenente da Aeronáutica Leandra Ferreira do Nascimento Rodrigues, ginecologista obstetra do Hospital da Força Aérea de Brasília (HFAB), já com experiência nesse tipo de atividade, não esconde a emoção de participar da Missão Miranda.

“Um trabalho que, verdadeiramente, mostra a nossa função como militares e como profissionais de saúde, afinal, fomos treinados para atuar nas adversidades que o cenário exige e temos que honrar o nosso juramento de médico”, completou a Oficial.

A Capitão de Fragata Daniella Nogueira, encarregada da Divisão de Medicina do Hospital Naval de Brasília, como integrante mais antiga, será a chefe da equipe de saúde da Missão Miranda. A médica participou de missões humanitárias no Chile, Haiti e em outros países da América Central, mas é sua primeira ação em terras indígenas brasileiras.

“Atuei em várias situações calamitosas pelo mundo afora, mas, agora, terei a oportunidade de participar de uma ação humanitária com os indígenas do nosso País. Para mim é um presente, e acredito que será extremamente engrandecedor. Estamos com uma equipe multidisciplinar, de todas as Forças, para atuar nessa guerra contra a Covid”, disse entusiasmada.

Para os atendimentos, e também para abastecer o Polo Base de Miranda, foram enviadas cerca de 2,5 toneladas de insumos, entre eles equipamentos de proteção individual (EPI), materiais, medicamentos e testes da Covid-19.

Protocolos de Segurança

Como forma de assegurar a saúde e a integridade dos indígenas, os integrantes da missão são submetidos a protocolos rígidos de saúde em relação, principalmente, à COVID-19. Todos precisam apresentar o exame molécular de RT-PCR negativo e, imediatamente antes do embarque, são realizados testes rápidos imunológicos (IgM e IgG) e inspeção sanitária, para comprovar a ausência de sinais e sintomas que possam sugerir a doença. Além disso, durante todas as ações e atendimentos, os profissionais de saúde estarão paramentados com EPI, concretizando a proteção total aos indígenas atendidos.

“Estamos levando todos os nossos profissionais testados, para assegurar a saúde das populações indígenas e a da própria equipe. Queremos garantir que embarquem com saúde e retornem com saúde”, enfatizou o Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, General Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, durante o embarque da Missão em Brasília.

A coordenação da Missão Miranda é de responsabilidade do Comando Conjunto Oeste e a base será no 9º Batalhão de Engenharia de Combate (9º BE Cmb), em Aquidauana, município vizinho à Miranda e distante 140 Km da capital, Campo Grande.

Operação Covid-19

O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate ao novo coronavírus. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), de funcionamento permanente.

A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia. As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas podem ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determina a melhor forma de atendimento.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL TECNODEFESA - Tapio 2020 – a defesa antiaérea da FAB


João Paulo Moralez | Publicada em 26/08/2020 11:34

Durante o exercício operacional Tapio 2020, a Força Aérea Brasileira (FAB) empregou não somente aeronaves, mas colocou no contexto outras forças para manter o seu adestramento num ambiente de operação e atuação integrada.

Neste sentido cabe destacar a presença do 1º Grupo de Defesa Antiaérea (GDAAE), que participou como força irregular oponente, simulando grupos de guerrilheiros. Entretanto, o 1º GDAAE aproveitou a oportunidade para adestrar novas equipagens, capacitar e desenvolver doutrinas.

Atualmente o Brasil possui uma Brigada de Defesa Antiaérea composta por três Grupos. O 1º GDAAE em Canoas (RS), o 2º GDAAE em Manaus (AM) e o 3º GDAAE em Anápolis (GO).

Tendo a missão de fazer a defesa antiaérea de pontos e áreas sensíveis do País, os grupos são equipados com os MANPADS de curtíssimo alcance de fabricação russa Igla-S, míssil guiado por infravermelho com alcance máximo aproximado de 6km e podendo atingir alvos voando a 3.500m de altura.

Durante o exercício o 1º GDAAE participou com frações, composta por um Sargento comandante de unidade e um Cabo atirador.

O Sargento recebe as informações do alvo, como a sua direção, de um Centro de Operações através de canais de comunicação VHF, HF ou telefone satelital, orientando o Cabo na direção do alvo.

A fração pode ser reforçada com a presença de um soldado remuniciador, figura essa que não estava presente no exercício. Os GDAAE também possuem radares de solo SABER M60 para a busca de alvos.

Para o âmbito da Tapio, os Igla-S receberam o módulo DART de treinamento que, através de georreferenciamento, registra as informações de posição e azimute no momento do engajamento simulado por parte da fração. Esses dados são posteriormente inseridos no software de Planejamento Aéreo de Missão da FAB, que compara os parâmetros do envelope de operação do míssil com os das aeronaves. Assim, é possível saber se houve o engajamento do alvo, se o míssil foi usado corretamente dentro do seu envelope, se atingiu o alvo e se as aeronaves, nesse tempo, conseguiram cumprir a sua missão.