A Operação Ponte Aérea, coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e envolvendo a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da Força Aérea Numerada 34 (FAN 34), completou dois meses de atuação em 5 de janeiro, coincidindo com o período de maior movimento nos aeroportos devido às festividades de final de ano. Esta operação, marcada pelo reforço de militares e cães farejadores nos Aeroportos Internacionais do Galeão (RJ) e Guarulhos (SP), demonstra a eficiência e a importância da segurança aeroespacial.

Ações Preventivas e Repressivas de Sucesso

Durante o Natal e Ano Novo, a Operação resultou em 13 apreensões, fruto da colaboração entre a FAB, Polícia Federal (PF), e Receita Federal (RF). Essas apreensões, que incluíram drogas e outros ilícitos encontrados em malas, no corpo de passageiros e em cargas, são evidência do impacto positivo das ações preventivas e repressivas no combate ao tráfico de drogas, armas e condutas ilícitas.

Estatísticas Impressionantes da Operação

A FAB realizou um total de 649 missões, somando 2.800 horas de emprego de militares e cães farejadores. Essas ações resultaram na interceptação de 250 quilos de drogas, na prisão de 23 pessoas, e em revistas abrangentes de passageiros, veículos e aeronaves. A presença dos cães farejadores, em particular, foi fundamental, com mais de 495 horas de missões de faro.

Cooperação e Amadurecimento das Agências

A Operação destacou a cooperação e o amadurecimento das relações entre as agências envolvidas, fortalecendo a confiança mútua e a eficácia no combate ao crime organizado. O Major-Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme da Silva Magarão, Comandante da Operação, enfatizou a sinergia entre a FAB e as demais agências como chave para o sucesso da missão.

Impacto nos Aeroportos do Galeão e Guarulhos

Os aeroportos do Galeão e Guarulhos experimentaram um aumento significativo no movimento de passageiros, com o Galeão registrando cerca de 530 mil passageiros e Guarulhos cerca de 1,5 milhão. A presença da FAB foi destacada pelos diretores dos aeroportos como um fator crucial para elevar a segurança e a experiência dos passageiros.

Conclusão Prevista da Operação

Deflagrada pelo decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em 1º de novembro de 2023, a Operação Ponte Aérea está programada para encerrar em 3 de maio de 2024. Sua atuação reforça o compromisso das forças de segurança brasileiras com a proteção dos cidadãos e a integridade dos espaços aeroespaciais.

Equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) retomaram, na manhã deste sábado, 6, as buscas pelo helicóptero que desapareceu com quatro pessoas a bordo, quando se dirigia para Ilhabela, no Litoral Norte paulista, no dia 31 de dezembro, véspera do réveillon. Os trabalhos, que entraram no sexto dia, chegaram a ser interrompidos durante três horas, na sexta-feira, 5, em razão do mau tempo. Nesta manhã, o céu estava encoberto na região, mas sem chuva.

As buscas cobrem uma área de 5 mil quilômetros quadrados, entre o Planalto paulista, a Serra do Mar e o litoral. A varredura atinge os territórios de Caraguatatuba, Natividade da Serra, Paraibuna, Redenção da Serra, Salesópolis e São Luiz do Paraitinga. Neste sábado, as operações estão concentradas entre a Represa de Paraibuna e Caraguatatuba.

De acordo com a FAB, a região montanhosa, o céu com muitas nuvens e a cor da aeronave - cinza e preto - dificultam as buscas. Já são mais de 40 horas de operações, que contam com o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Neste sábado, uma aeronave do 2º Batalhão de Aviação do Exército, sediado em Taubaté, se juntou às equipes de buscas. Segundo o Comando de Aviação do Exército (Cavex), o helicóptero Pantera K2 tem equipamentos de visão noturna e pode operar à noite.

O helicóptero, de prefixo PR-HDB, modelo Robinson 44, decolou às 13h15 do dia 31 de dezembro do Aeroporto Campo de Marte, na zona oeste da capital, mas não chegou a Ilhabela. O último contato com a aeronave ocorreu às 13h15. Cerca de nove horas depois foi gerado um alerta sobre o possível desaparecimento do helicóptero ao Comando de Aviação e ao Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

De acordo com informações confirmadas pela Polícia Militar, estavam a bordo Luciana Rodzewics, de 46 anos, e sua filha Letícia Rodzewics Sakumoto, de 20. O helicóptero levava também o piloto, identificado como Cassiano Teodoro, e um amigo da família Rodzewics, Rafael Torres.

Segundo a FAB, o Segundo Esquadrão do 10º Grupo de Aviação (Esquadrão Pelicano) foi acionado para realizar as buscas. A aeronave SC-10 Amazonas, mobilizada para a varredura, possui radar capaz de realizar buscas sobre terra e mar, com alcance de até 360 quilômetros. O avião dispõe também de um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho, que detecta sinais de calor, podendo localizar uma pessoa encoberta pela mata ou sob as águas do mar.

Em uma operação integrada de busca e salvamento, a Aviação do Exército Brasileiro (BAvEx) disponibilizou uma aeronave modelo Pantera K2 para auxiliar na localização do helicóptero Robinson R44, desaparecido desde 31 de dezembro. Decolando de Taubaté (SP) em 05 de janeiro, a equipe do BAvEx se une aos esforços da Força Aérea Brasileira (FAB), demonstrando a eficácia da colaboração inter-forças em missões críticas de busca e salvamento.

Sinergia entre Exército e Força Aérea

A operação, sob coordenação da FAB, ressalta a importância da sinergia entre as diferentes forças armadas. A integração de recursos e expertises especializadas de ambas as forças proporciona uma resposta mais eficiente e abrangente em situações de emergência. A participação da Aviação do Exército nesta missão não apenas fortalece a cooperação inter-forças, mas também sublinha a versatilidade e capacidade operacional do BAvEx em missões de busca e salvamento.

Equipe e Equipamentos Especializados

A equipe da Aviação do Exército, composta por dois pilotos, um mecânico de voo e três militares especializados em Busca e Salvamento, está equipada para operações diurnas e noturnas. O uso de Óculos de Visão Noturna (OVN) é um diferencial significativo, permitindo a continuação das buscas mesmo sob condições de baixa visibilidade, uma capacidade crucial em operações de busca que se estendem ao período noturno.

Área de Busca: Vale do Paraíba e Litoral Norte

A região do Vale do Paraíba e do Litoral Norte, onde as buscas estão sendo concentradas, apresenta desafios únicos devido à sua diversidade geográfica e condições climáticas. A experiência e o preparo da equipe de busca do Exército, aliados à capacidade tecnológica da aeronave Pantera K2, são fundamentais para superar esses desafios e maximizar as chances de localização da aeronave desaparecida.

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) da Força Aérea Brasileira desempenha um papel vital na segurança dos voos no Brasil, gerenciando o tráfego aéreo de aeronaves de asas fixas e rotativas, incluindo helicópteros. A organização, combinando recursos humanos qualificados, equipamentos de ponta e infraestrutura adequada, assegura a segurança e a fluidez dos voos, abrangendo a aviação civil e militar.

Regulação Rigorosa para Helicópteros

Os helicópteros no Brasil estão sujeitos a regras e regulamentos rigorosos estabelecidos pelo DECEA, que incluem planejamento de voo detalhado e considerações meticulosas como peso da aeronave, quantidade de passageiros, nível de combustível, altitude de decolagem e pouso, e condições meteorológicas. Este rigor assegura a segurança e eficiência de suas operações no espaço aéreo nacional.

O Brasil possui a maior frota de helicópteros do mundo, com mais de dois mil helicópteros registrados, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). São Paulo, em particular, destaca-se com mais de 410 helicópteros e 260 helipontos, evidenciando a importância de um controle de tráfego aéreo eficiente e especializado.

Inovação com o Sistema HELICONTROL

A FAB desenvolveu o HELICONTROL, um sistema único no mundo, operado na Torre de Controle de Congonhas, São Paulo. Este sistema garante a coexistência segura de aviões e helicópteros, especialmente na aproximação do aeroporto de Congonhas, o segundo mais movimentado do Brasil.

Gestão Especializada na Região Metropolitana de São Paulo

O Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE) e o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de São Paulo (DTCEA-SP) administram com excelência as rotas especiais para helicópteros na Terminal São Paulo. Essas rotas organizam o tráfego de asas rotativas na região, assegurando a segurança e fluidez do tráfego aéreo sob regras de voo visual (VFR) em espaço aéreo classe G.

Tecnologia Avançada e Procedimentos Rigorosos

O DECEA utiliza softwares e ferramentas avançadas, como o SAGITARIO e o TATIC, além de sistemas de comunicação como o ADS-B, para gerenciar o tráfego aéreo. Essas tecnologias e procedimentos rigorosos são essenciais para manter os altos índices de segurança operacional no controle do tráfego de helicópteros.

Melhorias no Espaço Aéreo Offshore

Com a recente alteração na classificação do espaço aéreo da Terminal Macaé de “D” para “C” e a mudança dos limites verticais e horizontais da área offshore, o DECEA implementou melhorias significativas para incrementar a segurança das operações aéreas na região oceânica.