NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROIN


Comunidade aeronáutica se reúne em encontro institucional promovida pelo DECEA para estreitar laços


Juliano Gianotto | Publicada em 06/02/2024 23:32

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realizou, nesta terça-feira (06/02), uma reunião com diretores das companhias aéreas, associações, concessionárias aeroportuárias, órgãos governamentais, instituições e empresas parceiras, para discutir os desafios e as oportunidades diante das novas demandas do setor. O encontro, realizado no Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), no Rio de Janeiro (RJ), contou também com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, e demais autoridades militares e civis.

Na abertura, o Tenente-Brigadeiro Damasceno deu as boas-vindas aos participantes e destacou a importância do evento. “Considero um dia de grande importância para o Brasil, especialmente, para o Comando da Aeronáutica, pois marca não apenas a nossa constante preocupação com o aumento da capacidade de controle do nosso espaço aéreo, a melhoria da fluidez do tráfego aéreo e o aumento dos níveis de segurança operacional, como também ratifica o quão diligente é a atuação da Força Aérea Brasileira no cumprimento de sua missão constitucional”, pontuou o Oficial-General.

O Comandante da Aeronáutica ressaltou também a relevância dos principais dados e indicadores da aviação apresentados no Boletim de Performance ATM, disponibilizados, de forma transparente e ágil, para a comunidade aeronáutica.

Após a apresentação de um vídeo sobre importantes ações em parceria com a comunidade aeronáutica, o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, destacou os grandes avanços tecnológicos e operacionais realizados pela FAB, por meio do DECEA, além da parceria necessária entre os stakeholders para atingir os resultados esperados. “O Brasil presta um serviço de excelência em prol da aviação. O trabalho colaborativo da FAB com a comunidade aeronáutica contribui para a segurança e a fluidez do tráfego aéreo no nosso País”, afirmou

Em seguida, o Chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, apresentou as importantes realizações do DECEA em benefício do usuário do transporte aéreo e da comunidade aeronáutica.

Entre os diversos empreendimentos em andamento, o Oficial-General destacou a implantação do Projeto Eficiência de Rotas, que inclui a reestruturação da rede de rotas fixas das regiões de Informação de Voo (FIR) de Brasília e de Recife, e a ativação do Projeto Agile, iniciativa que prioriza a tomada de decisão colaborativa e proporciona maior eficiência das operações aéreas, redução no consumo de combustível e de emissões de poluentes.

A melhoria dos serviços de navegação aérea nas bacias petrolíferas (áreas oceânicas) também foi um dos assuntos tratados na reunião. “Um dos objetivos é adequar os serviços de navegação aérea nos espaços aéreos das Bacias Petrolíferas de Campos, Campos Sul, Santos e Espírito Santo, visando elevar os níveis de segurança operacional com a prestação de serviços de controle de tráfego aéreo”, afirmou o Brigadeiro Peçanha.

Ao final do evento, o Tenente-Brigadeiro Barbacovi se colocou à disposição para se reunir com a comunidade aeronáutica e reforçou a importância de estabelecer um canal de comunicação com todos os setores envolvidos com aviação.

PORTAL TECNOLOGIA E DEFESA


FAB inicia a despedida do C-130 Hercules


João Paulo Moralez | Publicada em 06/02/2024

A Força Aérea Brasileira (FAB) está se preparando para o fim de uma era nas suas fileiras. Em fevereiro, o clássico, venerável e consagrado Lockheed C-130M Hercules será desativado após 60 anos de operação, caracterizando-se, assim, como a aeronave mais longeva em serviço na instituição. A chegada do Hercules, em 1964, transformou as capacidades de transporte aerologístico da FAB.

Do transporte de pessoas, de cargas, de tropas, o lançamento de paraquedistas, combate a incêndio, reabastecimento em voo, o reconhecimento, a busca e salvamento e os voos antárticos foram os leques de missões das quais esse lendário turboélice quadrimotor realizou no Brasil e no exterior. 

A sua história e operação transcende à Força e se mistura com a integração nacional, nas quais o Hercules contribuiu apoiando missões humanitárias, de misericórdia e em diversas situações que fundiram a sua imagem aos mais variados cenários e regiões brasileiras.

Internacionalmente, contribuiu levando assistência e esperança ao fazer o resgate de pessoas, o combate a incêndios e levando alimentos e medicamentos onde era solicitado. Nessa fase de despedida, um momento tocante foi o último lançamento de 64 paraquedistas da Brigada de Infantaria Pára-quedista do Exército Brasileiro, realizado sem muitas pompas e circunstâncias, mas com um significado muito profundo. O voo aconteceu em 30 de janeiro passado com o FAB 2476, que dota o 1º/1º Grupo de Transporte “Esquadrão Gordo”, da Base Aérea do Galeão. A aeronave voou até a Base Aérea dos Afonsos e, sob muita emoção, comandada pelo major-brigadeiro do ar josé Madureira Júnior, comandante do III Comando Aéreo Regional (RJ), fez a sua derradeira missão com o Exército, talvez a última operacional da sua carreira. Muitos velames coloridos marcaram esse acontecimento.

Na FAB, o C-130 está sendo substituído pelo KC-390, outro projeto da Embraer que está gradativamente alcançado sucesso comercial e de operação. Hoje, tanto o 1º/1º GT quanto o 1º Grupo de Transporte de Tropas, este sediado em Anápolis (GO), estão operando com o Millenium.

Os C-130 verde-amarelos

Os três primeiros C-130E Hercules chegaram ao Brasil em agosto de1964 dotando o 1º/1º GT, seguido por outros dois em 1965. Entre 1967 e 1968 vieram mais três aviões, seguidos por outros três SC-130 em 1969 que passaram a equipar o 1º/6º GAv, o “Esquadrão Carcará”, em Recife (PE), passando a realizar voos de busca e salvamento e aerofotogrametria.

Em 1974, três C-130H e dois KC-130H foram comprados iniciando mais uma tarefa na FAB, a de reabastecimento em voo. Os tipos tinham motor mais moderno e potente comparado ao C-130E, além de APU (“auxiliary power unit”) e novos aviônicos. Essas aeronaves equiparam o 2º/1º Grupo de Transporte de Tropas, nos Afonsos.

Em 1983 foram iniciados os voos para a Antártica, com o primeiro pouso acontecendo no continente gelado em 23 de agosto daquele ano. Em 1986, mais três C-130H foram comprados e, finalmente, em 2001, o lote final de 10 C-130H adquiridos da Itália fechando a frota de 29 aeronaves. Em 2003, 18 exemplares em operação passaram por um profundo processo de modernização que substituiu os instrumentos analógicos por tipos telas coloridas de cristal líquido, novos sistemas de navegação, de comunicação e a instalação de uma suíte de guerra eletrônica.

REVISTA ASAS


FAB e Marinha demonstram capacidade SAR do País com resgates de longo alcance


Humberto Leite | Publicada em 06/02/2024 11:15

Por conta de acordos internacionais, o Brasil é responsável pela realização de missões de busca e salvamento (SAR) em uma área de mais de 22 milhões de km², quase três vezes mais que o território nacional. Isso significa a necessidade de ter meios aéreos e navais capazes de cumprir a missão, algo que a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira (FAB) provaram nas últimas semanas com resgates realizados a centenas de quilômetros da costa.

Eram aproximadamente 11h30 da manhã do dia 28 de janeiro, um domingo, quando o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil (SALVAMAR Brasil), recebeu um pedido de ajuda do Serviço de Busca e Salvamento da Espanha (MRCC Madri), relatando que um tripulante de 39 anos necessitava ser retirado de um barco pesqueiro espanhol que navegava a cerca de 2.350 km da costa do Brasil. O homem precisava receber auxílio médico emergencial com suspeita de estar com peritonite (inflamação abdominal).

A Marinha acionou a fragata Defensora, que estava nas proximidades de Vitória (ES), e contava com um helicóptero UH-12 Esquilo a bordo. Enquanto o navio de guerra rumava para o local de encontro, o mercante C Force, de bandeira de Ilhas Marshall, que estava a cerca de sete horas da embarcação espanhola e seguiria para o Brasil, foi contatado e prontamente se colocou à disposição para ajudar. O C Force encontrou a embarcação espanhola por volta das 2h da madrugada do dia 29, recebeu o enfermo a bordo e iniciou o seu deslocamento para um ponto de encontro com a fragata Defensora.

Na tarde seguinte, o UH-12 decolou da fragata e realizou a evacuação aeromédica. O navio da Marinha seguiu direto para o Rio de Janeiro, enquanto o médico de bordo já cuidava do paciente.  Já em terra firme, o tripulante indonésio resgatado recebeu assistência médica em uma ambulância de atendimento móvel de urgência e foi transportado para a Casa de Saúde Pinheiro Machado. Foram cinco dias de operação, em que o SALVAMAR Brasil mostrou a capacidade de articular meios militares e civis, nacionais e estrangeiros.

Força Aérea em mar aberto

Também no fim de janeiro, mais precisamente no dia 24, foi a vez de a Força Aérea Brasileira mostrar sua capacidade SAR de longo alcance. O acionamento do SALVAERO ocorreu após um cidadão turco, embarcado em navio de bandeira das Ilhas Marshall, estar com suspeita de infarto a cerca de 260 km da costa brasileira.

Para cumprir a missão, um helicóptero H-36 Caracal decolou de Natal (RN) com direção a Recife (PE) e, posteriormente, seguiu ao encontro da embarcação, alcançando-a depois de cerca de 50 minutos de voo. A evacuação aeromédica foi concluída às 18h13 (horário local). O paciente, em condição estável, foi entregue aos cuidados de uma equipe médica, no Aeroporto Internacional do Recife, sendo deslocado de ambulância ao Hospital Jayme da Fonte, na capital pernambucana.

Neste caso, destacou-se a capacidade de navegação em mar aberto, algo também possibilitado pelos sistemas de navegação da aeronave e pelo apoio do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo da região. O H-36 também se destaca por possuir a capacidade de ser reabastecido em ar, medida que vai ampliar o alcance das aeronaves em caso de necessidade.