A fabricante aeroespacial Saab informa hoje, 18 de janeiro, que a aeronave brasileira Gripen E com matrícula FAB 4100, dedicada a testes no Brasil, participou de uma campanha de testes de voo em Anápolis (GO) para avaliar o sensor de Busca e Rastreamento por Infravermelho (Infrared Search and Track – IRST), um sensor passivo de detecção de alvos de longo alcance.

Para o teste, outro caça F-39 Gripen E e um F-5, ambos da Força Aérea Brasileira (FAB), simularam uma batalha aérea. A aeronave de teste, pilotada pelo piloto de testes da Saab, Jonas Jakobsson, tinha a missão de localizar as outras duas aeronaves por meio do IRST.

O segundo Gripen foi pilotado pelo Tenente Coronel Cristiano de Oliveira Perez, piloto de testes do Instituto de Pesquisas e Testes da Força Aérea Brasileira (IPEV). O F-5 estava sob o comando do Coronel Bettega, também piloto de testes do IPEV.

Foram realizados três voos, com duração entre 1 e 1,5 horas cada. Profissionais brasileiros da Saab e Embraer, juntamente com engenheiros suecos da Saab, estiveram envolvidos em toda a campanha de testes.

Martin Leijonhufvud, chefe do Centro de Ensaios em Voo do Gripen (Gripen Flight Test Centre – GFTC) no Brasil, disse: “O objetivo dos testes foi garantir que o sistema possa localizar ameaças dentro dos parâmetros especificados e faz parte da campanha global de testes do Gripen E, envolvendo todas as aeronaves deste modelo, não apenas as da Força Aérea Brasileira”.

O piloto sueco Jonas Jakobsson comentou: “Tivemos um voo bem-sucedido, colaborando com os demais caças, para testar o IRST e também verificar a resolução da imagem obtida, o que é fundamental para o piloto entender se há um ou mais alvos e planejar suas ações”.

O IRST pode detectar e identificar alvos a longas distâncias através de suas assinaturas infravermelhas, ou seja, o calor emitido. Localizado na frente do caça, o sistema funciona como um sensor passivo que identifica objetos de interesse em diversos ambientes, sejam aeronaves em voo, embarcações no mar ou veículos em terra.