O ministro da Educação, Camilo Santana, explicou nesta sexta-feira (19), em entrevista à TV Verdes Mares como será o funcionamento da unidade do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em Fortaleza.

O presidente Lula e o ministro estão na capital cearense nesta sexta-feira para lançar oficialmente o ITA no estado, o primeiro do país fora de São Paulo.

"É uma forma de reconhecer que, historicamente, 30% dos aprovados no vestibular do ITA ou são cearenses, ou fizeram curso aqui no Ceará. Vamos aproveitar todo o espaço da base aérea, já conseguimos empenhar R$ 50 milhões para o Governo do Estado, que vamos repassar para recuperar novos prédios para iniciar de imediato as obras, construir novos prédios no padrão ITA de São Paulo", detalhou.

Conforme Camilo Santana, haverá vestibular neste ano, com dois cursos e vagas para 25 alunos cada.

"Os cursos serão na área de engenharia de energias, até porque o Ceará é responsável por grande parte das energias renováveis geradas no Brasil, energia solar, energia eólica e agora o hidrogênio verde; e energia de sistema, que é na área de tecnologia da informação. São cursos diferentes dos ofertados em São Paulo para não haver concorrência."

As aulas ocorrerão na Base Aérea Militar, que terá um espaço reformulado para receber os cursos. Camilo Santana assegurou que tão logo assinado a autorização da instalação do ITA em Fortaleza, os recursos serão repassados para o Governo do Ceará para o início das instalações.

"Já vai haver vestibular esse ano para a seleção das duas turmas. Serão 25 vagas para cada curso. Serão 50 alunos no total. E já de imediato, logo após a assinatura, vamos repassar os recursos para o Governo do Estado para que ele possa fazer todas as obras. Construção de laboratórios, salas de aulas, alojamentos, dentre outras coisas", afirmou.

O ministro ainda adiantou que ainda neste ano haverá seleção para a contratação de professores.

"Vamos fazer a seleção para professores esse ano para contratação de novos professores que vão fazer parte do ITA Ceará e a presença do ITA aqui vai atrair empresas como aconteceu em São Paulo. O ITA não é só um centro de formação, mas também um centro de pesquisa e isso consegue atrair muitos investimentos. Empresas na área de tecnologia por conta da presença do ITA. Isso vai atrair empresas e aproveitar a mão de obra desses profissionais que serão formados aqui".

Em continuidade às ações de assistência humanitária aos Yanomami, as Forças Armadas transportarão mais 15 mil cestas de alimentos para o território indígena, ao norte do país. A nova ação faz parte da Operação Catrimani, instituída por meio da Portaria n° 263, publicada na última quinta-feira (18). 

Desde janeiro de 2023, o Ministério da Defesa integra a força-tarefa do Governo Federal para a proteção dos indígenas, além de atuar nas ações de combate a crimes transfronteiriços e de garimpo ilegal na região. Neste período, as Forças Armadas entregaram 36,6 mil cestas de alimentos aos yanomamis. E o total de cestas entregues pelo Governo Federal soma 58,4 mil, sendo 47,1 mil em Roraima e 11,5 mil no Amazonas.

A Defesa coordenará as ações da Marinha, do Exército e da Força Aérea no apoio operacional e logístico à distribuição de cestas na Terra Indígena, por intermédio do Comando Operacional Conjunto Catrimani, até 31 de março, como estabelece a Portaria.

As Forças Armadas devem realizar a entrega de cestas de alimentos, em caráter emergencial, até que seja firmado contrato entre o Governo Federal e a iniciativa privada para essa logística, o que está previsto para ocorrer até o mês de março de 2024.   

Ação Humanitária

Desde o início das ações, iniciadas no final de janeiro de 2023, cerca de 1.400 militares da Marinha do Brasil, do Exército e da Aeronáutica foram empregados na operação. As ações das Forças resultaram na realização de 3.029 atendimentos médicos aos indígenas e 205 evacuações aeromédicas. As Forças Armadas empregaram 17 aeronaves, 14 embarcações, 38 veículos, 5 lanchas blindadas e 2 navios. O esforço aéreo das aeronaves militares somou cerca de 7, 4 mil horas de voo, o que equivale a mais de 40 voltas na terra ou, ainda, duas idas e vindas à lua.

Neste contexto, o transporte aéreo novamente desempenhará um papel fundamental na distribuição das 15 mil cestas de alimentos. A utilização de aeronaves permite superar desafios logísticos e geográficos, garantindo a rápida e segura entrega dos suprimentos essenciais, ressaltando, assim, a importância estratégica desse meio de transporte na eficácia das operações humanitárias em regiões de difícil acesso.

A Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) realizou, nesta quarta-feira (17), o primeiro processo de captação de órgão deste ano. Graças à solidariedade da família dos doadores, cinco pacientes de três estados terão chance de vida.

A captação foi concluída na noite de quarta-feira, no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). A cirurgia iniciou às 16h10 e possibilitou a doação de um fígado, dois rins e duas córneas para cinco pacientes, sendo eles de Mato Grosso, Distrito Federal e São Paulo. 

A ação foi coordenada pelas equipes de Mato Grosso e integrou profissionais de saúde de Brasília. A logística para execução do procedimento teve apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Vemos a importância do SUS desde o trabalho dos profissionais na sensibilização da família do potencial doador até a conclusão do processo. A SES investe na qualificação dos profissionais da saúde desta área, para que outras pessoas tenham a chance de sobreviver através de um gesto tão nobre, que nos deixa eternamente gratos”, diz o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

A SES tem investido na reestruturação da Central Estadual de Transplantes com a ampliação da equipe, implantação da comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplante e capacitação dos profissionais médicos dos hospitais públicos e privados. Essas ações visam a ampliação do número de captações de órgãos no estado.

A secretária adjunta de Regulação da SES, Fabiana Bardi, destaca a atuação dos profissionais envolvidos nas ações. Ela entende que este é um trabalho árduo que exige amor, paciência e tempo das equipes.

"Trabalhamos diuturnamente para desmistificar a temática. Entendemos a importância do diálogo nesse processo, por isso estamos investindo na criação das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes dentro dos hospitais públicos e privados do Estado. Essas comissões são responsáveis pela entrevista familiar e pelas orientações quanto ao processo de doação", afirmou Fabiana.