EXPEDIÇÃO YANOMAMI
Com apoio da FAB e do Exército, médicos realizam cerca de 400 atendimentos
Um helicóptero H-60 Black Hawk da Força Aérea Brasileira (FAB) realizou durante esse fim de semana uma verdadeira ponte aérea entre aldeias indígenas Yanomami e o Pelotão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro em Maturacá (AM), na fronteira do Brasil com a Venezuela. Em dois dias, mais de cem índios foram levados para o local, onde a ONG Expedicionários da Saúde montou um hospital com centro cirúrgico móvel.
Foram realizadas mais de 70 cirurgias e cerca de 400 atendimentos. Há casos de cirurgias mais simples, como catarata, e também de urgência, como a paciente Ameia, Yanomami que estava com hérnia de disco avançada.
Até a próxima sexta-feira (07/08), 45 profissionais de saúde estarão no local, em uma parceria que envolve as Forças Armadas e órgãos civis, como a Funai. "Nós, como uma organização não governamental, reunimos esses ministérios numa proposta conjunta, para que a gente possa realmente trabalhar junto para cuidar de uma população indígena geograficamente isolada", explica o presidente da ONG Expedicionários da Saúde, o médico Ricardo Afonso Ferreira.
A Força Aérea Brasileira está engajada na missão desde o dia 18 de julho, quando começou o transporte de 15 toneladas de material para o Pelotão Especial de Fronteira. No dia 31, houve o transporte da equipe de médicos e durante toda a semana haverá os traslados dos pacientes entre as 35 aldeias da região e o hospital.
“São brasileiros que estão aqui e, realmente, a gente se sente muito grato e muito satisfeito de estar prestando esse apoio”, afirma o Tenente Tiago Vargas, um dos pilotos do helicóptero H-60 Black Hawk. Dois aviões C-105 Amazonas, ideal para pistas curtas como as da Amazônia, e um jato C-99 também foram empregados nessa missão. Ao todo, a Força Aérea envolve 42 militares e mais de 82 horas de voo.