MINUSTAH

Militares da FAB que faziam parte do contingente brasileiro no Haiti retornam ao País

O regresso marca o fim da participação do Brasil na MINUSTAH
Publicada em: 26/09/2017 17:05
Imprimir
Fonte: Ala 13, por Tenente Beatriz Kramer
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Gabrielli

Na madrugada desta terça-feira (26/09), os militares da Força Aérea Brasileira (FAB) integrantes da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) desembarcaram na Ala 13, em São Paulo (SP). O retorno do 26° Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT) foi dividido em três voos nos quais foram transportados os 816 militares do Exército, da Marinha e da FAB que compunham a missão. Esse voo, que foi o último, trouxe a bordo também 72 militares da Companhia de Engenharia Paraguaia. Os peacekeepers foram homenageados com uma solenidade militar presidida pelo Comandante Militar do Sudeste, General João Camilo Campos, e receberam os cumprimentos de diversas autoridades militares e civis.

O regresso do contingente marca o fim da participação do Brasil na MINUSTAH. Após 4 meses de missão, o Tenente João Lourenço Espolaor Neto fala sobre a experiência vivida no Haiti. "Foi uma emoção muito grande ter participado deste contingente, ainda mais por ser o último. Tudo o que vivenciei agregou muito ao meu crescimento pessoal e profissional. Tive a oportunidade de comandar um pelotão num território hostil e de conhecer um povo que passa por reais necessidades, vendo de perto o que é miséria e pobreza", avalia.

Um dos desafios encarados pelos militares do último batalhão foi a passagem do Furacão Irma, que, classificado inicialmente como de categoria 5, devastou áreas do caribe e dos Estados Unidos. O Tenente Espolaor conta que o fenômeno atrasou o regresso da tropa. "Estávamos preparados para atuar em prol da população haitiana, mas graças a Deus não fomos atingidos", complementa.

Para os peacekeepers que retornam ao País, a sensação comum é de dever cumprido. "Nunca mais vou esquecer do Haiti. A missão foi incrível, entre ajudas humanitárias, patrulhas e furacões, vivemos de tudo um pouco. Trabalhar com os companheiros de todas as Forças, unidos pelo mesmo ideal, não tem preço", diz o Soldado José Gabriel Meritello do Carmo.

O Comandante da Ala 13, Coronel Aviador Kennedy Fernandes Ferreira, enfatizou que o sucesso do emprego da tropa da FAB no Haiti foi fruto de dedicação e preparo profissional. "Os militares que ora retornam dessa nobre missão são homens de Força Aérea testados em terreno hostil, fato este que impulsiona a instrução de nossas tropas com a força de seu exemplo prático", conclui.

Fotos: Soldado Siqueira/ Ala 13