A SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, vai levar ao espaço dois satélites brasileiros. O lançamento está marcado para esta quarta-feira (25), às 15h25, no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. A Força Aérea Brasileira (FAB) acompanhará o evento de Brasília.

Os satélites possuem dimensões de 1 m³ e pesam 100 kg cada. São cinco painéis solares com 3.000 W de potência. Os equipamentos foram batizados de Carcará I e Carcará II.

De acordo com a empresa norte-americana, os satélites-radar de sensoriamento remoto (SRR), que serão lançados por meio do foguete Falcon 9, são de baixa órbita, uma especialidade da SpaceX, e terão capacidade de visualização entre as nuvens, predominantes na Amazônia ocidental na maior parte do tempo.

Os satélites têm maior facilidade para identificar metais com precisão, o que poderá colaborar com a fiscalização de garimpos ilegais. Como as imagens captadas não são processadas em tempo real, os equipamentos serão usados para definir estratégias de inteligência.

O projeto, chamado de Lessonia, consiste na aquisição de uma constelação de satélites de órbita baixa. De emprego dual, visam atender às necessidades operacionais das Forças Armadas, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, bem como de agências governamentais.

O sistema de imageamento do projeto utiliza um sensor ativo de detecção capaz de gerar imagens de altíssima resolução, que podem ser obtidas a qualquer hora do dia ou da noite, independentemente das condições meteorológicas, uma vez que o sinal emitido atravessa as nuvens. Dessa forma é possível realizar o monitoramento continuado de áreas de interesse do Brasil, segundo a FAB.

As imagens captadas serão utilizadas em apoio ao combate ao tráfico de drogas e à mineração ilegal, atualização de produtos cartográficos, determinação da navegabilidade dos rios, visualização de queimadas, monitoramento de desastres naturais, vigilância da Zona Econômica Exclusiva e apoio às operações de vigilância e controle das fronteiras.

"Buscando cumprir plenamente o programa estratégico de sistemas espaciais, no futuro, também está prevista a implantação de um conjunto de satélites, de fabricação nacional, para obtenção de imagens óticas. Ele complementará a capacidade do Ministério da Defesa de imagear o território nacional, atendendo, assim, a todas as demandas", diz a força.

Musk e Bolsonaro
Recentemente, o dono da SpaceX se reuniu com o presidente da República, Jair Bolsonaro. Em encontro realizado na última sexta-feira (20) em um hotel de luxo no interior de São Paulo, Bolsonaro chamou Musk de "mito da liberdade" e disse que o anúncio da compra do Twitter pelo bilionário, suspensa de forma temporária, é um "sopro de esperança".

"O mais importante da presença dele [Elon Musk] é algo que é imaterial. Hoje em dia, poderíamos chamá-lo de mito da liberdade. É aquilo que nos fará falta para qualquer coisa que porventura possamos pensar no futuro", disse o presidente.

"E um exemplo disso, que ele nos deu há poucos dias, quando se anunciou a compra do Twitter, para nós aqui foi como um sopro de esperança", continuou. “O mundo todo passa por pessoas que têm a vontade de roubar a liberdade de todos nós, e a liberdade é a semente do futuro."

Na ocasião, o empresário, que é o homem mais rico do mundo, anunciou que pretende usar seus satélites para conectar 19 mil escolas na Amazônia e monitorar o meio ambiente na região. "Super animado por estar no Brasil para o lançamento do Starlink para 19.000 escolas desconectadas em áreas rurais e monitoramento ambiental da Amazônia", escreveu Musk nas redes sociais.

A Starlink é uma empresa de tecnologia via satélite de alta velocidade da SpaceX, uma de suas companhias, e possui mais de 2.000 satélites lançados, cobrindo quase todo o planeta.

A vinda de Musk ao Brasil foi costurada por Fábio Faria, ministro das Comunicações. No fim do ano passado, ambos se encontraram para discutir eventual parceria entre a SpaceX e o governo brasileiro para conectar escolas em áreas rurais e fortalecer a proteção da Amazônia.

Após dois anos sendo realizado em ambiente virtual por conta da pandemia, o Drone Show retornou em sua oitava edição ao modelo presencial. Organizado pela MundoGEO, a Feira ocorreu de 17 a 19 de maio, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e reuniu 4.200 participantes de mais de 30 países, entre fabricantes e importadores de drones, tecnologia embarcada, plataformas de processamento de dados, além de prestadores de serviços, entidades reguladoras, universidades, startups, usuários públicos e privados destas tecnologias.

No mesmo local, em paralelo ao Drone Show, também aconteceram outros dois eventos com grande sinergia: o MundoGEO Connect, sobre geotecnologias; e o SpaceBR Show, sobre a cadeia produtiva do setor e as soluções que vêm do espaço.

Em três dias, o Centro de Convenções Frei Caneca recebeu 84 expositores, 180 palestrantes e 80 horas de conteúdo. Segundo a MundoGeo, a realização simultânea dos três eventos, integrando a comunidade de geotecnologias, drones e espacial, foi aprovada por 95% dos participantes.

Novidades
Os destaques desta edição foram as aplicações dos drones para segurança, mapeamento de precisão, inspeções em obras e pulverização na agricultura. “O crescimento mais significativo na feira foram dos drones para pulverização. A quantidade de aeronaves quadruplicou desde 2019, na última edição presencial”, disse o CEO da MundoGEO, Emerson Granemann.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) tiveram a oportunidade de divulgar as atualizações dos seus sistemas. Na abertura, a ANAC lançou o novo Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (SISANT), onde é possível cadastrar novos tipos de drones (incluindo BVLOS e classe 2), trazer novas funções para atender as demandas da atualidade, bem como atender às necessidades e oportunidades do futuro.

Já o DECEA, apresentou as novas funcionalidades do SARPAS NG, como o acesso com login e senha únicos do Governo Federal, centralizados pelo site do Governo do Brasil. Os usuários também poderão explorar um mapa muito mais informativo e com recursos como a localização baseada no navegador e a ferramenta de medição à distância.

A edição também foi marcada pelo encontro inédito com representantes das instituições reguladoras do setor de drones no Brasil: DECEA, ANAC, Ministério da Defesa e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os quatro órgãos estão modernizando os seus sistemas específicos para promover um melhor atendimento ao público e aprimorar o voo de drones no Brasil.

O SARPAS NG, que será lançado em breve pelo DECEA, trabalhará de forma integrada ao SISANT incorporando os dados de ambos os sistemas de forma automática e proporcionando mais praticidade e rapidez na solicitação de voo. Com a mesma vertente, o Ministério da Defesa estuda a possibilidade de também ser incorporado ao SARPAS através do Sistema de Cadastro de Levantamentos Aeroespaciais do Território Nacional (SisCLATEN).

Uma das novidades deste ano, aprovada pela maioria dos participantes, foram as Arenas de Conteúdo onde os cursos, palestras e debates aconteceram. Sem as tradicionais paredes de auditórios, os ambientes da feira e dos conteúdos ficaram mais próximos, facilitando a integração dos participantes.

Estande do DECEA
Durante os três dias de evento, o estande recebeu empresários, órgãos do governo, operadores de RPAS e curiosos. Militares do DECEA e do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE) tiraram dúvidas sobre a legislação e normas, além de apresentar o SARPAS NG com a presença dos desenvolvedores do sistema.

Um dos visitantes do estande, Felipe Moreno, diretor da empresa OneSolve – que realiza cinematografia aérea para longa-metragem, séries, eventos esportivos e publicidades – aproveitou para conferir a atualização do novo SARPAS. “Todos os dias nossas equipes estão conectadas na plataforma para realizar solicitações de voo. Ter este contato físico com os profissionais do DECEA durante todo o evento, certamente, deixa o Departamento muito mais próximo de cada piloto e empresário do setor”, relatou.

A presença do DECEA foi vista como uma oportunidade de firmar a aproximação com os usuários corporativos, que já conhecem a lei e as normas, mas também com o cidadão que deseja fazer o uso de sua aeronave de forma profissional ou recreativa, mas desconhece as regras de uso. Diante do crescimento anual da demanda de solicitações de voo, o DECEA segue trabalhando para informar e educar os operadores sobre a importância técnica da atividade com aeronaves não tripuladas e o risco que estão desenvolvendo quando realizam voos sem registro.

“Cumprimos a missão de orientar o público no que diz respeito as regras de uso do espaço aéreo. Durante todo o evento recebemos em nosso estande pessoas interessadas em aprender, focadas em tirar dúvidas e com desejo de incorporar a este mercado de maneira legal. O balanço da nossa participação no evento foi altamente positiva”, avaliou o Chefe da Seção de Planejamento de Sistema de Aeronaves não Tripuladas, Major Andrei Oliveira da Silva.

Outro destaque foi o interesse do público na nova versão do SARPAS. Atualmente, o sistema possui 90 mil usuários cadastrados e registrou um aumento de 40% no último comparativo anual referente aos anos de 2020 e 2021. A tendência, segundo o Major Andrei, é que o crescimento se mantenha principalmente pela atualização para o SARPAS NG e suas novas funcionalidades.

O sistema está em fase final de desenvolvimento e tem o lançamento previsto para o mês de junho. Até lá, o DECEA está aberto para sugestões dos usuários. “Durante o evento o público interagiu junto com os desenvolvedores. Nosso objetivo era justamente receber críticas e sugestões para entregarmos um produto muito melhor que o atual, que foi revolucionário em 2016, mas que hoje necessita de melhorias para atender a demanda de forma mais prática”, explicou o oficial.

A Força Aérea Brasileira (FAB) realiza, nesta quarta-feira (25/05). às 15h25, o lançamento dos primeiros satélites do Projeto Lessonia – 1.

Os dois satélites de sensoriamento remoto radar (SRR), denominados Carcará I e Carcará II. serão lançados por meio do foguete Falcon 9, da SpaceX, no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. A ação será acompanhada a partir do Centro de Operações Espaciais (COPE), em Brasília (DF), com transmissão, ao vivo, pelo canal Oficial da SpaceX no Youtube.

O Projeto Lessonia consiste na aquisição de uma constelação de satélites de órbita baixa. De emprego dual, visam atender às necessidades operacionais das Forças Armadas do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazónia (CENSIPAM), bem como de agências governamentais.

O sistema de imageamento do Projeto Lessonia utiliza um Sensor Ativo de Detecção capaz de gerar imagens de altíssima resolução, que podem ser obtidas a qualquer hora do dia ou da noite, independentemente das condições meteorológicas, pois o sinal emitido atravessa as nuvens. Dessa forma, é possivel o monitoramento continuado de áreas de interesse do Brasil.

As imagens captadas serão utilizadas em apoio ao combate ao tráfico de drogas e mineração ilegal, atualização de produtos cartográficos, determinação da navegabilidade dos rios, visualização de queimadas, monitoramento de desastres naturais, vigilância da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e apoio às operações de vigilância e controle das fronteiras, entre outras capacidades.

O Projeto Lessonia integra o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE). Executado pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), ele disponibiliza produtos duais (civil e militar) a serem utilizados de forma integrada em beneficio de toda a sociedade brasileira.

Buscando cumprir plenamente o programa estratégico de sistemas espaciais, no futuro, também está prevista a implantação de um conjunto de satélites, de fabricação nacional, para obtenção de imagens óticas. Ele complementará a capacidade do Ministério da Defesa de imagear o território nacional, atendendo, assim, a todas as demandas governamentais.

Características dos satélites
Dimensões: 1m3
Peso: 100kg
Painéis Solares: 5
Potência: 300W

Evento: Lançamento dos satélites do Projeto Lessonia – 1
Data e Horário: quarta-feira (25/05), às 15h25
Link da transmissão ao vivo: https://www.youtube.com/spacex

A Força Aérea Brasileira anunciou que os dois satélites de sensoriamento remoto Carcará I e Carcará II serão lançados por um foguete Falcon 9, da SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk.

O lançamento ocorrerá amanhã (25), às 15h25, a partir do Centro Espacial Kennedy, no Cabo Canaveral, na Flórida. O local é o mesmo onde a SpaceX lança seus foguetes em contratos com a Nasa e a força aérea dos Estados Unidos.

O lançamento será acompanhado do Centro de Operações Espaciais (Cope), sediado em Brasília. Além disto, haverá transmissão ao vivo do canal da SpaceX no YouTube, onde será possível acompanhar todo o processo.

Os satélites fazem parte do Projeto Lessonia 1, que consiste na aquisição de uma constelação de satélites de baixa órbita, que vão atender as necessitadas estratégicas das Forças Armadas e de outros órgãos governamentais.

A SpaceX foi a escolhida para este lançamento há vários meses, sem qualquer ligação com a recente visita de Elon Musk ao Brasil. O contrato com a empresa espacial foi assinado em 2019.

O Projeto tem um sistema de imageamento que utiliza um sensor ativo de detecção capaz de gerar imagens de alta resolução que irão ajudar contra tráfico de drogas e a mineração ilegal.

Também está incluso no projeto a atualização de produtos cartográficos, determinação da navegabilidade dos rios e visualização de queimadas, entre outros objetivos em prol da Zona Econômica Exclusiva.

Outras características técnicas do Carcará I e Carcará II é seu baixo peso, com apenas 100 kg. Os satélites serão alimentados através dos cinco paneis solares com potência de 300W.